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Perfil dos Operadores Prisionais: aspetos psicológicos e profissionais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nogueira, Susana Isabel Leal
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Pocinho, Margarida (Orientadora)
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/1105
Resumo: Contexto: O presente estudo está enquadrado no projeto Fighting Against Inmates' Radicalisation. 763538 - FAIR - JUST-AG-2016/JUST-AG-2016-03 projeto número 763538, que se centra em três princípios - PREVENIR a radicalização violenta de reclusos; PROMOVER a desradicalização e FACILITAR a reintegração na sociedade. Através de diversas atividades, o FAIR aborda e inclui ativamente os seguintes grupos-alvo: Profissionais do Sistema, Reclusos e Stakeholders. Objetivo: o objetivo é identificar o perfil psicológico dos operadores prisionais que lidam com crime violento cometidos por reclusos radicalizados. Metodologia: recurso a entrevista diretiva (questionários) para avaliação dos profissionais que estiveram ou estão em contacto com reclusos/as que cometeram crimes de radicalização violenta. No âmbito deste trabalho contribuímos com 10 avaliações do total dos 137 avaliados pelo grupo do FAIR. Resultados: A maioria dos operadores prisionais são homens, com escolaridade média ou superior, maioritariamente guardas prisionais, PSP, GNR e Advogados. Os valores de maior referência deste grupo de profissionais são honestidade, respeito e confiança. Estes operadores contactaram com vários tipos de radicalização entre eles os de Extrema direita; Extrema esquerda; Político-religiosos e Extremismos de causas singulares (radicalistas ambientais, extremismos homofóbicos, etc.). referem que a mais de metade deste tipo de reclusos não têm acesso a nenhum tipo de programa de Reinserção Social e consideram como indicadores de Radicalização os pensamentos/ comportamentos extremistas, agressividade e isolamento. Para estes profissionais um programa sobre a radicalização violenta para profissionais, que lidam com esta problemática deveria contemplar acompanhamento psicológico, formação, prevenção para radicalização. Em termos perturbações psicológicas verificámos que 7,3% dos colaboradores tem psicopatologia e a maioria apresenta sintomatologia relevante, sendo que, os que não tem sintomas, são os mais resilientes e por isso com maiores recursos internos e externos para lidar com a adversidade. Quanto à personalidade as pessoas que tem perturbação são menos extrovertidas, menos amáveis, menos conscienciosidade, menos abertura á experiência e menos estabilidade emocional. Os operadores prisionais que revelaram mais sintomas são os que tem maior sensibilidade interpessoal, acentuada ideação paranoide, Sintomas de depressão, ansiedade, psicotismo com valores compatíveis em perturbações. Em termos de personalidade não há diferenças significativas por género. / Most of the prison operators are men, with middle level or higher education, mostly prison guards, PSP, GNR and Lawyers. The most important values of this group of professionals are honesty, respect and trust. These operators came in contact with various types of radicalization among them the extremism of right or left extremism; Religious-Political and Extremisms of singular causes (environmental extremists, homophobic extremisms, etc.). They report that more than half of these prisoners do not have access to any type of Social Reintegration program and consider extremist thoughts / behaviors, aggression and isolation as radicalization indicators. For these professionals a program on violent radicalization specific for who deal with this problem should include psychological accompaniment, training, prevention for radicalization. In terms of psychological disorders, we found that 7.3% of employees have psychopathology and most have relevant symptoms. People without symptoms are the most resilient and therefore with greater internal and external resources to deal with adversity. Relatively of personality, disturbed people are less extroversion, less agreeableness, less conscientiousness, less openness to experience, and less neuroticism. The most symptoms of prison operators are greater interpersonal sensitivity, paranoid ideation, symptoms of depression, anxiety and psychotism with high values. In terms of personality there are no significant differences by gender.
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Metodologia: recurso a entrevista diretiva (questionários) para avaliação dos profissionais que estiveram ou estão em contacto com reclusos/as que cometeram crimes de radicalização violenta. No âmbito deste trabalho contribuímos com 10 avaliações do total dos 137 avaliados pelo grupo do FAIR. Resultados: A maioria dos operadores prisionais são homens, com escolaridade média ou superior, maioritariamente guardas prisionais, PSP, GNR e Advogados. Os valores de maior referência deste grupo de profissionais são honestidade, respeito e confiança. Estes operadores contactaram com vários tipos de radicalização entre eles os de Extrema direita; Extrema esquerda; Político-religiosos e Extremismos de causas singulares (radicalistas ambientais, extremismos homofóbicos, etc.). referem que a mais de metade deste tipo de reclusos não têm acesso a nenhum tipo de programa de Reinserção Social e consideram como indicadores de Radicalização os pensamentos/ comportamentos extremistas, agressividade e isolamento. Para estes profissionais um programa sobre a radicalização violenta para profissionais, que lidam com esta problemática deveria contemplar acompanhamento psicológico, formação, prevenção para radicalização. Em termos perturbações psicológicas verificámos que 7,3% dos colaboradores tem psicopatologia e a maioria apresenta sintomatologia relevante, sendo que, os que não tem sintomas, são os mais resilientes e por isso com maiores recursos internos e externos para lidar com a adversidade. Quanto à personalidade as pessoas que tem perturbação são menos extrovertidas, menos amáveis, menos conscienciosidade, menos abertura á experiência e menos estabilidade emocional. Os operadores prisionais que revelaram mais sintomas são os que tem maior sensibilidade interpessoal, acentuada ideação paranoide, Sintomas de depressão, ansiedade, psicotismo com valores compatíveis em perturbações. Em termos de personalidade não há diferenças significativas por género. / Most of the prison operators are men, with middle level or higher education, mostly prison guards, PSP, GNR and Lawyers. The most important values of this group of professionals are honesty, respect and trust. These operators came in contact with various types of radicalization among them the extremism of right or left extremism; Religious-Political and Extremisms of singular causes (environmental extremists, homophobic extremisms, etc.). They report that more than half of these prisoners do not have access to any type of Social Reintegration program and consider extremist thoughts / behaviors, aggression and isolation as radicalization indicators. For these professionals a program on violent radicalization specific for who deal with this problem should include psychological accompaniment, training, prevention for radicalization. In terms of psychological disorders, we found that 7.3% of employees have psychopathology and most have relevant symptoms. People without symptoms are the most resilient and therefore with greater internal and external resources to deal with adversity. Relatively of personality, disturbed people are less extroversion, less agreeableness, less conscientiousness, less openness to experience, and less neuroticism. The most symptoms of prison operators are greater interpersonal sensitivity, paranoid ideation, symptoms of depression, anxiety and psychotism with high values. 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