A vida social do espaço público: desenho urbano e space syntax

Bibliographic Details
Main Author: Guerreiro, M. R.
Publication Date: 2012
Other Authors: Eloy, S., Guarda, I.
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: https://ciencia.iscte-iul.pt/id/ci-pub-7086
http://hdl.handle.net/10071/14483
Summary: A redescoberta dos centros urbanos, enquanto espaços pedonais e de sociabilização, é um fenómeno mais ou menos universal desde os anos 60. Copenhaga é um exemplo surpreendente que deve o seu sucesso a um desenho urbano com características bottom-up liderado por Jan Gehl e que se baseia essencialmente na observação de comportamentos das pessoas face ao ambiente exterior. Projectistas (arquitectos e urbanistas) e observadores (cientistas sociais) executam tarefas mais ou menos separadas e/ou complementares com consequentes efeitos ao nível da vida das cidades. Acreditando que a cidade não é um problema mas sim uma solução para promover a sociabilização, e que o desenho urbano é uma ferramenta capaz de promover a cooperação entre diversas disciplinas, o objectivo deste estudo consiste na análise de padrões emergentes que resultam das relações entre as pessoas e o espaço. Procura-se compreender quais as características físicas do espaço público urbano que actuam como estímulos da sociabilização partindo do pressuposto que a cidade resulta do somatório de acções individuais e colectivas, planeadas e/ou emergentes e que os lugares são tanto melhor sucedidos quanto mais e melhor forem ocupados e vividos pelas pessoas. Pretende-se ainda mostrar como as teorias Space Syntax (Hillier and Hanson, 1984) permitem compreender as leis espaciais presentes no sistema do espaço urbano, nomeadamente os movimentos pedonais, a localização de actividades, etc. O modelo espacial Space Syntax, permite-nos perceber padrões e testar estratégias de desenho que melhorem a interacção e sociabilização entre as pessoas. Através do Space Syntax é possível analisar espaços individuais mas de um modo integrado na rede global da cidade compreendendo de que modo uma acção local pode influenciar toda a rede. Esta análise, que recorre a dados mensuráveis como a integração, a acessibilidade e a visibilidade, permite-nos identificar as razões do sucesso da promoção de sociabilização de determinadas áreas em detrimento de outras. Com este conhecimento é possível basear decisões futuras ao nível da regeneração do desenho do espaço urbano de modo a criar espaços mais atractivos e dinâmicos que promovam a sociabilização da população e onde se aprecie andar a pé e passar o tempo livre. Pretende-se apresentar a análise de um espaço público da cidade de Lisboa cujo desenho urbano contribui visivelmente para o seu sucesso enquanto espaço promotor da sociabilização. Este estudo procura identificar os factores físicos que promovem a ida das pessoas a estes espaços e que fomentam a sua permanência. Apresentar-se-ão também outros exemplos apoiados na análise Space Syntax que conduziram a espaços públicos mais agregadores e complementares à dinâmica urbana.
id RCAP_85d034c8af6153f1e467a2fbcb006a6d
oai_identifier_str oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/14483
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository_id_str https://opendoar.ac.uk/repository/7160
spelling A vida social do espaço público: desenho urbano e space syntaxDesenho urbanoSociabilizaçãoEspaço públicoSpace syntaxA redescoberta dos centros urbanos, enquanto espaços pedonais e de sociabilização, é um fenómeno mais ou menos universal desde os anos 60. Copenhaga é um exemplo surpreendente que deve o seu sucesso a um desenho urbano com características bottom-up liderado por Jan Gehl e que se baseia essencialmente na observação de comportamentos das pessoas face ao ambiente exterior. Projectistas (arquitectos e urbanistas) e observadores (cientistas sociais) executam tarefas mais ou menos separadas e/ou complementares com consequentes efeitos ao nível da vida das cidades. Acreditando que a cidade não é um problema mas sim uma solução para promover a sociabilização, e que o desenho urbano é uma ferramenta capaz de promover a cooperação entre diversas disciplinas, o objectivo deste estudo consiste na análise de padrões emergentes que resultam das relações entre as pessoas e o espaço. Procura-se compreender quais as características físicas do espaço público urbano que actuam como estímulos da sociabilização partindo do pressuposto que a cidade resulta do somatório de acções individuais e colectivas, planeadas e/ou emergentes e que os lugares são tanto melhor sucedidos quanto mais e melhor forem ocupados e vividos pelas pessoas. Pretende-se ainda mostrar como as teorias Space Syntax (Hillier and Hanson, 1984) permitem compreender as leis espaciais presentes no sistema do espaço urbano, nomeadamente os movimentos pedonais, a localização de actividades, etc. O modelo espacial Space Syntax, permite-nos perceber padrões e testar estratégias de desenho que melhorem a interacção e sociabilização entre as pessoas. Através do Space Syntax é possível analisar espaços individuais mas de um modo integrado na rede global da cidade compreendendo de que modo uma acção local pode influenciar toda a rede. Esta análise, que recorre a dados mensuráveis como a integração, a acessibilidade e a visibilidade, permite-nos identificar as razões do sucesso da promoção de sociabilização de determinadas áreas em detrimento de outras. Com este conhecimento é possível basear decisões futuras ao nível da regeneração do desenho do espaço urbano de modo a criar espaços mais atractivos e dinâmicos que promovam a sociabilização da população e onde se aprecie andar a pé e passar o tempo livre. Pretende-se apresentar a análise de um espaço público da cidade de Lisboa cujo desenho urbano contribui visivelmente para o seu sucesso enquanto espaço promotor da sociabilização. Este estudo procura identificar os factores físicos que promovem a ida das pessoas a estes espaços e que fomentam a sua permanência. Apresentar-se-ão também outros exemplos apoiados na análise Space Syntax que conduziram a espaços públicos mais agregadores e complementares à dinâmica urbana.Associação Portuguesa de Sociologia2017-09-26T11:51:45Z2012-01-01T00:00:00Z20122017-09-26T11:50:44Zconference objectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ciencia.iscte-iul.pt/id/ci-pub-7086http://hdl.handle.net/10071/14483por978-989-97981-0-6Guerreiro, M. R.Eloy, S.Guarda, I.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2024-07-07T02:47:03Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/14483Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T18:06:52.930832Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv A vida social do espaço público: desenho urbano e space syntax
title A vida social do espaço público: desenho urbano e space syntax
spellingShingle A vida social do espaço público: desenho urbano e space syntax
Guerreiro, M. R.
Desenho urbano
Sociabilização
Espaço público
Space syntax
title_short A vida social do espaço público: desenho urbano e space syntax
title_full A vida social do espaço público: desenho urbano e space syntax
title_fullStr A vida social do espaço público: desenho urbano e space syntax
title_full_unstemmed A vida social do espaço público: desenho urbano e space syntax
title_sort A vida social do espaço público: desenho urbano e space syntax
author Guerreiro, M. R.
author_facet Guerreiro, M. R.
Eloy, S.
Guarda, I.
author_role author
author2 Eloy, S.
Guarda, I.
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Guerreiro, M. R.
Eloy, S.
Guarda, I.
dc.subject.por.fl_str_mv Desenho urbano
Sociabilização
Espaço público
Space syntax
topic Desenho urbano
Sociabilização
Espaço público
Space syntax
description A redescoberta dos centros urbanos, enquanto espaços pedonais e de sociabilização, é um fenómeno mais ou menos universal desde os anos 60. Copenhaga é um exemplo surpreendente que deve o seu sucesso a um desenho urbano com características bottom-up liderado por Jan Gehl e que se baseia essencialmente na observação de comportamentos das pessoas face ao ambiente exterior. Projectistas (arquitectos e urbanistas) e observadores (cientistas sociais) executam tarefas mais ou menos separadas e/ou complementares com consequentes efeitos ao nível da vida das cidades. Acreditando que a cidade não é um problema mas sim uma solução para promover a sociabilização, e que o desenho urbano é uma ferramenta capaz de promover a cooperação entre diversas disciplinas, o objectivo deste estudo consiste na análise de padrões emergentes que resultam das relações entre as pessoas e o espaço. Procura-se compreender quais as características físicas do espaço público urbano que actuam como estímulos da sociabilização partindo do pressuposto que a cidade resulta do somatório de acções individuais e colectivas, planeadas e/ou emergentes e que os lugares são tanto melhor sucedidos quanto mais e melhor forem ocupados e vividos pelas pessoas. Pretende-se ainda mostrar como as teorias Space Syntax (Hillier and Hanson, 1984) permitem compreender as leis espaciais presentes no sistema do espaço urbano, nomeadamente os movimentos pedonais, a localização de actividades, etc. O modelo espacial Space Syntax, permite-nos perceber padrões e testar estratégias de desenho que melhorem a interacção e sociabilização entre as pessoas. Através do Space Syntax é possível analisar espaços individuais mas de um modo integrado na rede global da cidade compreendendo de que modo uma acção local pode influenciar toda a rede. Esta análise, que recorre a dados mensuráveis como a integração, a acessibilidade e a visibilidade, permite-nos identificar as razões do sucesso da promoção de sociabilização de determinadas áreas em detrimento de outras. Com este conhecimento é possível basear decisões futuras ao nível da regeneração do desenho do espaço urbano de modo a criar espaços mais atractivos e dinâmicos que promovam a sociabilização da população e onde se aprecie andar a pé e passar o tempo livre. Pretende-se apresentar a análise de um espaço público da cidade de Lisboa cujo desenho urbano contribui visivelmente para o seu sucesso enquanto espaço promotor da sociabilização. Este estudo procura identificar os factores físicos que promovem a ida das pessoas a estes espaços e que fomentam a sua permanência. Apresentar-se-ão também outros exemplos apoiados na análise Space Syntax que conduziram a espaços públicos mais agregadores e complementares à dinâmica urbana.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-01-01T00:00:00Z
2012
2017-09-26T11:51:45Z
2017-09-26T11:50:44Z
dc.type.driver.fl_str_mv conference object
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://ciencia.iscte-iul.pt/id/ci-pub-7086
http://hdl.handle.net/10071/14483
url https://ciencia.iscte-iul.pt/id/ci-pub-7086
http://hdl.handle.net/10071/14483
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 978-989-97981-0-6
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação Portuguesa de Sociologia
publisher.none.fl_str_mv Associação Portuguesa de Sociologia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron:RCAAP
instname_str FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
collection Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository.name.fl_str_mv Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
repository.mail.fl_str_mv info@rcaap.pt
_version_ 1833597196131368960