Utilização da extração em fase sólida seguida de análise por GC-MS na caracterização aromática de uvas da casta Alvarinho
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2012 |
Other Authors: | , |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/1822/23872 |
Summary: | Uma das características mais significativas dos vinhos é o aroma[1]. De acordo com a sequência biotecnológica empregue na elaboração do vinho, o aroma está geralmente dividido em três grupos: aroma primário, que engloba o varietal e o préfermentativo, aroma secundário ou fermentativo e aroma terciário ou pós-fermentativo[1]. Embora seja elevado o número de constituintes voláteis de um vinho passíveis de contribuir para o seu aroma, a tipicidade aromática é principalmente devida aos compostos que procedem das uvas, isto é os compostos de origem varietal. O aroma varietal é constituído por substâncias voláteis presentes numa forma livre, odorífera, e na forma de precursores glicoconjugados, inodoros; estes precursores são suscetíveis de ser hidrolisados durante todas as etapas, desde a produção à abertura da garrafa, originando compostos voláteis. Vários estudos têm sido desenvolvidos no sentido de verificar quais os compostos voláteis presentes em diversas variedades de uva e de que modo estes compostos permanecem, desaparecem ou se transformam durante a vinificação, a conservação e o envelhecimento dos vinhos. O presente trabalho, inserido no âmbito do projeto AGROCONTROL, co-financiado pelo “ON.2 – O Novo Norte” e QREN através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), teve como objetivo a identificação e quantificação dos compostos voláteis de amostras de uvas da casta Alvarinho da colheita de 2011[2-4]. As amostras de uvas deram origem a sumos por trituração num liquidificador, dos quais foram extraídos os compostos voláteis na forma livre e na forma de glicoconjugados, por extração em fase sólida (SPE – Solid Phase Extraction), obtendo-se extratos que foram analisados por GC-MS (GasChromatography-Mass Spectrometry). A extração foi realizada pela passagem de 100 mL de sumo de uva por cartuxos de Lichrolute® EN (Merck), sendo, posteriormente, os compostos aromáticos da fração livre eluídos com 5 mL de mistura azeotrópica pentano-diclorometano (2:1) e os precursores glicoconjugados extraídos com 7 mL de acetato de etilo. Os compostos glicoconjugados foram depois hidrolisados enzimaticamente, com um preparado enzimático comercial (AR 2000), de modo a ser libertados as agliconas aromáticas. A determinação, semi-quantitativa, foi efetuada pelo método do padrão interno, usando 4-nonanol para o efeito. . A identificação dos compostos voláteis foi realizada por comparação dos índices de retenção e dos espectros de massas dos compostos com os de substâncias de referência puras. Os ensaios foram realizados em triplicado. Os resultados obtidos foram comparados com os resultados anteriormente descritos para a mesma casta[5]. Verificou-se que, para os compostos terpénicos analisados, quer na fração livre, quer na fração glicoconjugada, o perfil de compostos terpénicos foi semelhante ao descrito[5]. Os resultados obtidos mostraram uma boa repetibilidade do método utilizado. Este trabalho demonstra a grande aplicabilidade das técnicas analíticas como SPE e GC-MS em áreas como a vinicultura e a enologia. |
id |
RCAP_8376341ef1e94a8a6bb0249540bf53f6 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/23872 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository_id_str |
https://opendoar.ac.uk/repository/7160 |
spelling |
Utilização da extração em fase sólida seguida de análise por GC-MS na caracterização aromática de uvas da casta AlvarinhoAlvarinho GC-MS compostos voláteis SPEUma das características mais significativas dos vinhos é o aroma[1]. De acordo com a sequência biotecnológica empregue na elaboração do vinho, o aroma está geralmente dividido em três grupos: aroma primário, que engloba o varietal e o préfermentativo, aroma secundário ou fermentativo e aroma terciário ou pós-fermentativo[1]. Embora seja elevado o número de constituintes voláteis de um vinho passíveis de contribuir para o seu aroma, a tipicidade aromática é principalmente devida aos compostos que procedem das uvas, isto é os compostos de origem varietal. O aroma varietal é constituído por substâncias voláteis presentes numa forma livre, odorífera, e na forma de precursores glicoconjugados, inodoros; estes precursores são suscetíveis de ser hidrolisados durante todas as etapas, desde a produção à abertura da garrafa, originando compostos voláteis. Vários estudos têm sido desenvolvidos no sentido de verificar quais os compostos voláteis presentes em diversas variedades de uva e de que modo estes compostos permanecem, desaparecem ou se transformam durante a vinificação, a conservação e o envelhecimento dos vinhos. O presente trabalho, inserido no âmbito do projeto AGROCONTROL, co-financiado pelo “ON.2 – O Novo Norte” e QREN através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), teve como objetivo a identificação e quantificação dos compostos voláteis de amostras de uvas da casta Alvarinho da colheita de 2011[2-4]. As amostras de uvas deram origem a sumos por trituração num liquidificador, dos quais foram extraídos os compostos voláteis na forma livre e na forma de glicoconjugados, por extração em fase sólida (SPE – Solid Phase Extraction), obtendo-se extratos que foram analisados por GC-MS (GasChromatography-Mass Spectrometry). A extração foi realizada pela passagem de 100 mL de sumo de uva por cartuxos de Lichrolute® EN (Merck), sendo, posteriormente, os compostos aromáticos da fração livre eluídos com 5 mL de mistura azeotrópica pentano-diclorometano (2:1) e os precursores glicoconjugados extraídos com 7 mL de acetato de etilo. Os compostos glicoconjugados foram depois hidrolisados enzimaticamente, com um preparado enzimático comercial (AR 2000), de modo a ser libertados as agliconas aromáticas. A determinação, semi-quantitativa, foi efetuada pelo método do padrão interno, usando 4-nonanol para o efeito. . A identificação dos compostos voláteis foi realizada por comparação dos índices de retenção e dos espectros de massas dos compostos com os de substâncias de referência puras. Os ensaios foram realizados em triplicado. Os resultados obtidos foram comparados com os resultados anteriormente descritos para a mesma casta[5]. Verificou-se que, para os compostos terpénicos analisados, quer na fração livre, quer na fração glicoconjugada, o perfil de compostos terpénicos foi semelhante ao descrito[5]. Os resultados obtidos mostraram uma boa repetibilidade do método utilizado. Este trabalho demonstra a grande aplicabilidade das técnicas analíticas como SPE e GC-MS em áreas como a vinicultura e a enologia.Universidade do MinhoUniversidade do MinhoCalado, ThalitaGenisheva, Zlatina AsenovaOliveira, J. M.2012-06-082012-06-08T00:00:00Zconference objectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/23872porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2024-05-11T04:52:00Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/23872Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T15:01:00.054504Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Utilização da extração em fase sólida seguida de análise por GC-MS na caracterização aromática de uvas da casta Alvarinho |
title |
Utilização da extração em fase sólida seguida de análise por GC-MS na caracterização aromática de uvas da casta Alvarinho |
spellingShingle |
Utilização da extração em fase sólida seguida de análise por GC-MS na caracterização aromática de uvas da casta Alvarinho Calado, Thalita Alvarinho GC-MS compostos voláteis SPE |
title_short |
Utilização da extração em fase sólida seguida de análise por GC-MS na caracterização aromática de uvas da casta Alvarinho |
title_full |
Utilização da extração em fase sólida seguida de análise por GC-MS na caracterização aromática de uvas da casta Alvarinho |
title_fullStr |
Utilização da extração em fase sólida seguida de análise por GC-MS na caracterização aromática de uvas da casta Alvarinho |
title_full_unstemmed |
Utilização da extração em fase sólida seguida de análise por GC-MS na caracterização aromática de uvas da casta Alvarinho |
title_sort |
Utilização da extração em fase sólida seguida de análise por GC-MS na caracterização aromática de uvas da casta Alvarinho |
author |
Calado, Thalita |
author_facet |
Calado, Thalita Genisheva, Zlatina Asenova Oliveira, J. M. |
author_role |
author |
author2 |
Genisheva, Zlatina Asenova Oliveira, J. M. |
author2_role |
author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Universidade do Minho |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Calado, Thalita Genisheva, Zlatina Asenova Oliveira, J. M. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Alvarinho GC-MS compostos voláteis SPE |
topic |
Alvarinho GC-MS compostos voláteis SPE |
description |
Uma das características mais significativas dos vinhos é o aroma[1]. De acordo com a sequência biotecnológica empregue na elaboração do vinho, o aroma está geralmente dividido em três grupos: aroma primário, que engloba o varietal e o préfermentativo, aroma secundário ou fermentativo e aroma terciário ou pós-fermentativo[1]. Embora seja elevado o número de constituintes voláteis de um vinho passíveis de contribuir para o seu aroma, a tipicidade aromática é principalmente devida aos compostos que procedem das uvas, isto é os compostos de origem varietal. O aroma varietal é constituído por substâncias voláteis presentes numa forma livre, odorífera, e na forma de precursores glicoconjugados, inodoros; estes precursores são suscetíveis de ser hidrolisados durante todas as etapas, desde a produção à abertura da garrafa, originando compostos voláteis. Vários estudos têm sido desenvolvidos no sentido de verificar quais os compostos voláteis presentes em diversas variedades de uva e de que modo estes compostos permanecem, desaparecem ou se transformam durante a vinificação, a conservação e o envelhecimento dos vinhos. O presente trabalho, inserido no âmbito do projeto AGROCONTROL, co-financiado pelo “ON.2 – O Novo Norte” e QREN através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), teve como objetivo a identificação e quantificação dos compostos voláteis de amostras de uvas da casta Alvarinho da colheita de 2011[2-4]. As amostras de uvas deram origem a sumos por trituração num liquidificador, dos quais foram extraídos os compostos voláteis na forma livre e na forma de glicoconjugados, por extração em fase sólida (SPE – Solid Phase Extraction), obtendo-se extratos que foram analisados por GC-MS (GasChromatography-Mass Spectrometry). A extração foi realizada pela passagem de 100 mL de sumo de uva por cartuxos de Lichrolute® EN (Merck), sendo, posteriormente, os compostos aromáticos da fração livre eluídos com 5 mL de mistura azeotrópica pentano-diclorometano (2:1) e os precursores glicoconjugados extraídos com 7 mL de acetato de etilo. Os compostos glicoconjugados foram depois hidrolisados enzimaticamente, com um preparado enzimático comercial (AR 2000), de modo a ser libertados as agliconas aromáticas. A determinação, semi-quantitativa, foi efetuada pelo método do padrão interno, usando 4-nonanol para o efeito. . A identificação dos compostos voláteis foi realizada por comparação dos índices de retenção e dos espectros de massas dos compostos com os de substâncias de referência puras. Os ensaios foram realizados em triplicado. Os resultados obtidos foram comparados com os resultados anteriormente descritos para a mesma casta[5]. Verificou-se que, para os compostos terpénicos analisados, quer na fração livre, quer na fração glicoconjugada, o perfil de compostos terpénicos foi semelhante ao descrito[5]. Os resultados obtidos mostraram uma boa repetibilidade do método utilizado. Este trabalho demonstra a grande aplicabilidade das técnicas analíticas como SPE e GC-MS em áreas como a vinicultura e a enologia. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-06-08 2012-06-08T00:00:00Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
conference object |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1822/23872 |
url |
http://hdl.handle.net/1822/23872 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade do Minho |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade do Minho |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia instacron:RCAAP |
instname_str |
FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
collection |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
repository.mail.fl_str_mv |
info@rcaap.pt |
_version_ |
1833595043767648256 |