A pessoa com demência em Portugal : acessibilidade a cuidados paliativos e evolução do local de morte
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/48055 |
Resumo: | Introdução: A demência é uma condição crónica e progressiva de elevada prevalência e impacto, tendo sido considerada uma prioridade de saúde pública a nível mundial. A introdução precoce de cuidados paliativos e a sua intervenção ao longo da trajetória de doença oferece benefícios, nomeadamente na elaboração de um plano avançado de cuidados. As preferências nos cuidados em final de vida, têm sido associadas ao conceito de “boa morte” e refletem o cuidado centrado na pessoa. Este estudo pretende analisar a evolução dos locais de morte da pessoa com demência, a sua distribuição e acesso a cuidados paliativos. Metodologia: Estudo epidemiológico, transversal, analítico e observacional. Os dados referentes à evolução dos locais de morte foram obtidos através do Instituto Nacional de Estatística. A análise de tendências e regressão linear foi efetuada através do software JoinPoint. A distribuição pelos cuidados de saúde foi evidenciada através da aplicação de um questionário em Microsoft Forms às equipas da RNCCI, RNCP e ERPI, sendo os dados trabalhados em tabelas de cálculo de percentagens. Resultados: Em Portugal faleceram por demência 68 542 pessoas entre 1980 e 2020, 25 492 (37,2%) em domicílio, 31 624 (46,1%) em hospital/ clínica e 11 426 (16,7%) noutro local. As tendências apontam para um decréscimo de mortes em domicílio, com aumento progressivo em hospital/ clínica, e especial relevância noutros locais, como lares. As ERPI admitiram uma percentagem superior de pessoas com diagnóstico de demência entre 2018 e 2022. O crescente número de óbitos neste contexto reflete necessidades paliativas importantes. Conclusões: Os resultados deste estudo revelam incongruências entre o local efetivo de morte e as preferências da população portuguesa. O aumento da permanência e óbito em contexto de ERPI, traduz a importância de elaboração de ações para a melhoria da acessibilidade da pessoa com demência a cuidados paliativos. Os dados obtidos sugerem a necessidade de investigação no âmbito das preferências de final de vida e nível de capacitação das ERPI na abordagem desta população. |
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A pessoa com demência em Portugal : acessibilidade a cuidados paliativos e evolução do local de morteThe dementia patient in Portugal : accessibility to palliative care and place of death evolutionDemênciaCuidados paliativosLocal de morteDementiaPalliative carePlace of deathIntrodução: A demência é uma condição crónica e progressiva de elevada prevalência e impacto, tendo sido considerada uma prioridade de saúde pública a nível mundial. A introdução precoce de cuidados paliativos e a sua intervenção ao longo da trajetória de doença oferece benefícios, nomeadamente na elaboração de um plano avançado de cuidados. As preferências nos cuidados em final de vida, têm sido associadas ao conceito de “boa morte” e refletem o cuidado centrado na pessoa. Este estudo pretende analisar a evolução dos locais de morte da pessoa com demência, a sua distribuição e acesso a cuidados paliativos. Metodologia: Estudo epidemiológico, transversal, analítico e observacional. Os dados referentes à evolução dos locais de morte foram obtidos através do Instituto Nacional de Estatística. A análise de tendências e regressão linear foi efetuada através do software JoinPoint. A distribuição pelos cuidados de saúde foi evidenciada através da aplicação de um questionário em Microsoft Forms às equipas da RNCCI, RNCP e ERPI, sendo os dados trabalhados em tabelas de cálculo de percentagens. Resultados: Em Portugal faleceram por demência 68 542 pessoas entre 1980 e 2020, 25 492 (37,2%) em domicílio, 31 624 (46,1%) em hospital/ clínica e 11 426 (16,7%) noutro local. As tendências apontam para um decréscimo de mortes em domicílio, com aumento progressivo em hospital/ clínica, e especial relevância noutros locais, como lares. As ERPI admitiram uma percentagem superior de pessoas com diagnóstico de demência entre 2018 e 2022. O crescente número de óbitos neste contexto reflete necessidades paliativas importantes. Conclusões: Os resultados deste estudo revelam incongruências entre o local efetivo de morte e as preferências da população portuguesa. O aumento da permanência e óbito em contexto de ERPI, traduz a importância de elaboração de ações para a melhoria da acessibilidade da pessoa com demência a cuidados paliativos. Os dados obtidos sugerem a necessidade de investigação no âmbito das preferências de final de vida e nível de capacitação das ERPI na abordagem desta população.Capelas, Manuel Luís VilaVeritatiSantos, Inês Filipa de Matos2025-02-04T17:08:17Z2024-11-1120242024-11-11T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/48055urn:tid:203772113porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-13T13:38:42Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/48055Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T01:58:13.502253Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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