Uso terapêutico dos Helmintas

Bibliographic Details
Main Author: Coelho, Pedro Bernardo Sales Barreto das Neves
Publication Date: 2017
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.26/18458
Summary: Ao longo dos últimos 70 anos tem havido um aumento exponencial na incidência de doenças do foro auto-imune, alérgico e inflamatório. Com o aumento do número de doentes afectados por patologias como Diabetes Mellitus, Esclerose Múltipla, Doença Reumática, Doença Alérgica, Asma, entre outras, surgiu a necessidade de entender os mecanismos fisiopatológicos das mesmas, bem como as suas causas etiológicas e possíveis tratamentos e/ou estratégias de prevenção. Este aumento apenas se tem verificado nos países ocidentais industrializados, devido à melhoria das condições de vida, com mudanças a nível alimentar, higiénico, ambiental ou medicamentoso, enquanto que nos países não desenvolvidos estas doenças continuam a ter uma prevalência reduzida. Por outro lado, estes países continuam a ter uma incidência bastante elevada de parasitoses, sendo as helmintoses um dos tipos mais comuns. Vários estudos epidemiológicos apuraram que existe uma proporcionalidade inversa entre a prevalência de infecções helmínticas e a incidência das doenças supramencionadas, o que está de acordo com a "Hipótese de Higiene". Esta teoria atribui o incremento das referidas patologias em países desenvolvidos à falta de Sistema Imunitário humano com determinados parasitas, impedindo-o assim de estabelecer os mecanismos imunológicos na sua plenitude. Devido ao facto dos Helmintas colonizarem o organismo humano há milénios, estes adaptaram-se com vista a maximizar o tempo de permanência dentro do hospedeiro, desenvolvendo complexas "estratégias" de imunomodulação que lhes permite atenuar respostas inflamatórias excessivas no hospedeiro que possam causar danos a ambos. Esta monografia constitui uma revisão bibliográfica sobre os conhecimentos obtidos relativamente a esta matéria, na tentativa de potenciar um uso terapêutico dos Helmintas. Após análise dos mecanismos de imunomodulação e de apurar quais os resultados experimentais positivos obtidos tanto em animais como em humanos, esta revisão conclui que a investigação sobre um uso terapêutico dos Helmintas está ainda no início e que existem vários entraves a ultrapassar para conseguir aplicar todo o potencial existente desta terapia na prática clínica.
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