Therapist´s facilitative interpersonal skills and persuasiveness in psychotherapy

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vaz, Alexandre Magalhães
Data de Publicação: 2017
Idioma: eng
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.12/8255
Resumo: A evidência empírica demonstra uma associação robusta entre as competências interpessoais do psicoterapeuta e os seus resultados clínicos. No entanto, existe um foco predominante no estudo de algumas competências interpessoais (por exemplo, empatia) em detrimento de outras. Especificamente, existe uma falta de contributos teóricos e científicos focados na persuasão do psicoterapeuta, uma competência interpessoal que engloba os comportamentos verbais e não-verbais do terapeuta que influenciam as expectativas e credibilidade do cliente quanto à intervenção psicológica. Os estudos aqui apresentados visam aumentar a base de conhecimento teórico e empírico para as competências interpessoais do terapeuta no geral, e para a persuasão terapêutica em particular. No primeiro estudo, revemos os principais contributos teóricos e literatura empírica sobre a persuasão do psicoterapeuta. Com base na investigação disponível, apresentamos um consenso sobre os principais comportamentos verbais e não-verbais do terapeuta que parecem influenciar as expectativas e credibilidade do cliente em relação à psicoterapia. Este estudo sugere que o fornecer de racionais clínicos dentro de sessão, tanto para a origem dos problemas do cliente como para a sua solução, é a tarefa persuasiva mais relevante no qual os terapeutas poderão ser treinados de modo a aumentar a eficácia clínica. Concluímos com implicações para o treino e investigação de persuasão psicoterapêutica. Destacamos a necessidade de desenvolver diretrizes de prática deliberada para persuasão clínica, e a análise de processo das competências interpessoais do terapeuta dentro de sessão. No segundo estudo, propomos diretrizes com suporte empírico para o treino de psicoterapeutas focado no fornecer de racionais clínicos convincentes. Apresentamos critérios para o treino sistemático desta competência, bem como um exemplo de implementação dessas diretrizes. Concluímos com implicações sobre como os métodos de prática deliberada poderão contribuir para o treino tradicional de psicoterapeutas. No último estudo, investigamos as competências interpessoais e persuasão terapêutica numa amostra de 18 psicoterapeutas de três modalidades clínicas e 54 sessões gravadas em vídeo. Os resultados indicam que as competências interpessoais do terapeuta são um preditor positivo significativo do envolvimento emocional e cognitivo do cliente (“experienciação”) dentro de sessão. Foi também encontrado que fornecer racionais clínicos foi um preditor negativo significativo da experienciação do cliente. Nenhuma diferença foi encontrada para as competências interpessoais do terapeuta entre diferentes modalidades, mas diferenças foram encontradas para a experienciação do cliente e o fornecer de racionais clínicos. Os contributos decorrentes destes estudos fornecem implicações para o treino de psicoterapeutas e investigação empírica futura, sugerindo próximos passos que poderão, em última instância, contribuir para o aumento da eficácia clínica de psicoterapeutas.
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