Anticorpos monoclonais na dor articular em animais de companhia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Meyer, Valentin
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/49079
Resumo: A artrose é uma doença crónica degenerativa, e a gestão da dor relacionada com esta doença é um dos grandes desafios clínicos desta década em medicina humana e veterinária. Os anticorpos monoclonais, amplamente utilizados em investigação, começam a despontar na medicina pelas suas propriedades inovadoras. Os anticorpos monoclonais anti-fator de crescimento neuronal (NGF), como o bedinvetmab e o frunevetmab, são imunoglobulinas obtidas respetivamente pela técnica de "single B cell" em cães e " PETização" em gatos, técnicas que visam aumentar a especificidade dos anticorpos em relação às espécies alvos, a fim de limitar a resposta de imunogenicidade induzida. As propriedades de farmacocinética e farmacodinamia dos anticorpos monoclonais são complexos e ainda pouco conhecidos, e diferem muito de outras terapias convencionais e de largo espectro atualmente utilizadas. A utilização dos anticorpos monoclonais anti-NGF no tratamento da dor crónica associada à artrose em animais de companhia tem mostrado resultados muito promissores, permitindo associar uma eficácia analgésica a longo prazo (cerca de quatro semanas) após uma única administração subcutânea, uma especificidade de ação elevada e uma elevada inocuidade relacionada na sua eliminação. O objetivo dos anticorpos monoclonais anti-NGF é inibir a ação do NGF, um dos principais fatores responsáveis pela neuroplasticidade associada à dor osteoarticular crónica. O NGF atua na via da dor e amplifica os mecanismos de hipersensibilização periférica e central. Os anticorpos monoclonais antiNGF impedem a ligação do NGF ao domínio cinase do recetor da tropomiosina A (TrkA), limitando os sinais de dor. Os ensaios clínicos duplos-cegos randomizados realizados em cães e gatos demonstraram uma eficácia analgésica em vários casos de artrose. Os efeitos adversos severos documentados em humanos relativos ao desenvolvimento de uma artrose destrutiva aguda e de distúrbios neurológicos não foram descritos até o momento no cão e no gato, e os vários ensaios clínicos parecem confirmar a segurança dos anticorpos monoclonais anti-NGF nos animais de companhia.
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