Casuística de uma unidade de acidente vascular cerebral: 2010-2014
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Publication Date: | 2017 |
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Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10198/14261 |
Summary: | O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de dependência funcional na população portuguesa. Para melhorar a abordagem destes doentes é importante o conhecimento da situação actual relativamente aos níveis de dependência funcional em diferentes momentos desde o internamento. OBJETIVO Avaliar os graus de dependência em doentes com AVC internados numa Unidade de Saúde, no momento do internamento, da alta e da primeira consulta após a alta. METODOLOGIA Estudo de coorte retrospectivo, utilizando a base de dados hospitalar para doentes admitidos por AVC entre 2010 e 2014. O Índice de Barthel (IB) na admissão, na alta e na primeira consulta após alta foi usado para avaliar dependência funcional. Com base no score do IB os doentes foram categorizados em dependência total (score: 0 a 20), dependência grave (score: 21 a 60), dependência moderada (score: 61 a 90), dependência leve (score: 91 a 99) e independência (score: 100). A proporção de indivíduos em cada categoria e respectivo intervalo de confiança a 95% (IC95%) foi obtida com base na estatística de Wald. RESULTADOS Há 483 doentes com avaliação nos três momentos, com idade média à data de internamento de 74,2 (±10,9) anos, dos quais 59% (n=285) são homens, 25,1% (n=121) com PACI, 27,3% (n=131) com LACI, 19,3% (n=93) com TACI, 12,8% (n=62) com POCI e 15,7% (n=76) com AVC hemorrágico. Entre a admissão e a 1ª consulta após a alta verificou-se redução significativa da proporção de indivíduos com dependência total, qualquer que seja o tipo de AVC, embora a redução seja mais expressiva entre admissão e alta. A proporção de dependência total nos vários momentos é maior para TACI e menor para LACI, mantendo as restantes tipologias valores intermédios. Relativamente a TACI verificou-se uma proporção de dependência total de 84,9% (IC95%: 77,7; 92,2) no momento da admissão que reduziu significativamente para 44,1% (IC95%: 34,0; 54,2) na alta e de forma menos expressiva para 36,6% (IC95%: 26,8; 46,4) na primeira consulta. Nos doentes com AVC do tipo LACI, a proporção de dependência total foi de 34,4% (IC95%: 26,2; 42,5) na admissão, reduzindo significativamente para 8,4% (IC95%: 3,7; 13,2) na alta, observando-se na primeira consulta após a alta uma proporção de 9,2% (IC95%: 4,2; 14,1). CONCLUSÃO Os resultados sugerem um intenso investimento da unidade de AVC na reabilitação destes doentes durante o internamento. Considera-se pertinente a continuidade do processo de reabilitação após a alta. |
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