Acompanhamento Haptonómico no Pré-Natal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Outros |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Texto Completo: | http://repositorio.esenfc.pt/?url=H5RTEH9g |
Resumo: | O Acompanhamento Haptonómico Pré-Natal é o acompanhamento do desenvolvimento da relação afetiva pai/mãe/filho durante a gravidez. Favorece os laços de parentalidade, permitindo o estabelecimento de uma relação recíproca afetiva entre pai/mãe/filho antes do nascimento, transformando a vivência da gravidez e ensinando o pai/mãe a acompanhar o filho durante o nascimento. Favorece também a vivência do nascimento e o desenvolvimento afetivo do recém-nascido, de forma a poder alcançar a maturidade como pessoa em pleno equilíbrio físico, psíquico e afetivo (Torres, 2006; Dolto, 2005). A natureza da relação afetiva entre a tríade, estabelecida durante este acompanhamento, acentua o sentimento de parentalidade e de responsabilidade afetiva antes do nascimento. O pai "assume o direito de o ser antes do nascimento", garantindo um lugar precoce na relação triangular afectiva, sendo um importante recurso afetivo para a mãe, e no momento do nascimento tem um papel fundamental no encontro do bebé com o mundo exterior. O sentimento de bem-estar que se instala na mãe, ajuda-a a viver uma gravidez mais feliz e confortável, tanto a nível físico como emocional. A evidência científica demonstrado que o acompanhamento haptonómico durante a gravidez contribui para melhorar a estática materna, o bem-estar e diminuir as tensões e desconfortos comuns da gravidez. Uma série de ajustes pélvicos praticados pelo terapeuta e pelo pai, ao longo da gravidez, contribuem para este bem-estar. Durante o trabalho de parto, verifica-se redução da dor, sofrimento, angústia e medicação, devido à diminuição das hormonas de stress - endorfinas e cortisol. O bebé tende a posicionar-se de forma adequada, as contrações tendem a ser mais eficazes e menos dolorosas, e o bebé dirigido pelos seus pais participa ativamente no seu nascimento, fazendo-se nascer "a si mesmo". Em lugar de empurrar para expulsar, a mãe abre a sua base para acompanhar o seu filho no caminho do parto, sem necessidade de bloquear a respiração, nem de realizar tensões supérfluas. Verifica-se maior ocorrência de partos normais, menos distócias e partos prematuros (Torres, 2006). Não é um método de preparação para o parto, ainda que este acompanhamento sensibilize para o nascimento. Não se associa a uma técnica ou a determinado tipo de exercícios. Também não é um método de estimulação fetal ou do recém-nascido. O acompanhamento é progressivo e adaptado às fases de desenvolvimento da gravidez. Em cada encontro, o casal descobre como relacionar-se com o seu filho através do contacto psicotáctil afetivo-confirmante. Este intercâmbio exige um compromisso afetivo por parte do casal, posteriormente renovado e desenvolvido no domicílio. Pode iniciar-se antes da conceção para preparar a gravidez e tem uma ação preventiva sobre transtornos posteriores de desenvolvimento e da relação entre mãe-pai-bebé. No período pré-natal, as sessões podem começar no quarto mês de gestação, mas podem começar até ao sexto mês, desde que haja tempo para a realização de um mínimo de oito encontros. As sessões nunca são realizadas em grupo porque a privacidade é condição essencial ao saudável brotar das emoções. A relação afetiva adquirida durante a gravidez não se interrompe após o nascimento, pois ao fazê-lo seria uma frustração para o bebé. Neste sentido, são planeadas sessões com o recém-nascido, dependendo do seu desenvolvimento e das necessidades parentais. Bibliografia: Dolto, Catherine - Haptonomía pre-y postnatal, por una ética de la seguridad afectiva. Buenos Aires: Editorial Creavida, 2005, ISBN 987-98696-4-8. Torres, Jaime - Haptonomía: Ciência de la afectividad - El acompanhamento afectivo haptonómico desde la concepción hasta la muerte. Zaragoza, Fundación de la Haptonomía - C.I.R.D.H., 2006, ISBN: 84-607-9513-6. |
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