A segregação espacial de uma minoria na Lisboa medieval: as judiarias : séc. XII a 1383

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Main Author: Silva, Carlos Guardado da, 1971-
Publication Date: 2013
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10451/30035
Summary: Desde pelo menos o reinado do primeiro monarca, uma judiaria, datando a sua primeira menção de 1175, registada a aljazaria de Judeos num documento do cartório do mosteiro de Chelas . Uma presença na baixa lisboeta, muito provavelmente anterior à conquista cristã da cidade que poderá explicar a ocupação relativamente tardia do espaço mais afastado da muralha da “baixa” de Lisboa em redor da judiaria, apesar da presença da paróquia de Santa Maria Madalena ser anterior a 1164. A presença da comunidade judaica era consentida no arrabalde da cidade desde D. Afonso Henriques, em bairro próprio, tal como a mouraria, tendo-lhe sido destinada uma zona desprotegida, alvo das sucessivas incursões dos piratas muçulmanos, mais intensas no período anterior a 1217, que se apoiavam em Alcácer do Sal para as investidas levadas a cabo nas terras cristãs a norte. Um núcleo populacional judeu, no sítio mais tarde designado de Judiaria Velha, cuja fundação desconhecemos , localizando-se próximo de um provável pequeno núcleo populacional em torno da ermida de São Gião, indiciando o hagiotopónimo uma anterior moçarabia. Para os judeus, certamente a proximidade ao porto tornar-se-ia apetecida, dado o grande número na comunidade de "mercadores e gentes do trato" (...)
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