Regulação emocional, estratégias de coping e sobrecarga de cuidadores informais de doentes com demência

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Main Author: Mateus, Ana Madalena Ribeiro
Publication Date: 2021
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/11144/5058
Summary: À medida que avançamos para uma sociedade cada vez mais envelhecida, o papel do cuidador informal tem-se revelado cada vez mais importante, apesar de acarretar consequências para os próprios, a diferentes níveis. São cada vez mais as pessoas que se confrontam com a necessidade de assumir a árdua tarefa de cuidar, muitas delas cuidando de doentes com demência. Aquilo que é exigido ao cuidador, nos dias de hoje, revela-se numa missão difícil que é necessário valorizar; as exigências com que se deparam desencadeiam consequências negativas, nomeadamente uma sobrecarga extrema (burden), devido a inúmeros fatores, entre os quais se destacam os sintomas neuropsiquiátricos da pessoa doente. Contudo, a diversidade de respostas entre os cuidadores conduz à necessidade de perceber que variáveis internas poderão ser protetoras da sua saúde mental. Assim, o objetivo deste e studo foi averiguar se as estratégias de coping e de regulação emocional utilizadas pelos cuidadores mediavam a relação entre os sintomas neuropsiquiátricos e a sobrecarga do cuidador, assim como a existência de diferenças, nessas variáveis. A amostra foi de 138 participantes, divididos por dois grupos – um formado por díades (constituídas pelo grupo de cuidadores e grupo dos “seus” pacientes) e o grupo de não cuidadores. Ambos os grupos responderam ao Questionário de Regulação Emocional e à Escala Toulosiana de Coping (versão reduzida). A Entrevista de Zarit de Sobrecarga do Cuidador (versão breve) e o Inventário Neuropsiquiátrico (versão breve), foram respondidos apenas pelos cuidadores. Os resultados revelaram diferenças significativas entre os dois grupos relativamente à estratégia de regulação emocional Supressão Emocional, com valores superiores para o grupo dos cuidadores. Já em relação às estratégias de coping, não foram encontradas diferenças significativas. Verificou-se ainda que, à medida que aumentam os sintomas neuropsiquiátricos, aumentam os níveis de sobrecarga do cuidador. Contudo, as estratégias de coping e de regulação emocional não mediaram a relação entre os sintomas neuropsiquiátricos e a sobrecarga do cuidador. Desta forma, verificámos que, de facto, o ato de cuidar causa um grande sofrimento, sendo, por isso, necessário a realização de ações que possam contribuir para esta população fornecendo-lhe ferramentas, de forma, a poderem optar por estratégias mais adaptativas, bem como formações que ajudem tanto no cuidado, como a suportar a sobrecarga a que estão sujeitos.
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