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A importância e a aceitação de aconselhamento contracetivo pós-parto na maternidade do Hospital Nacional Simão Mendes Guiné

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Main Author: Costa, Inácio Alfredo da
Publication Date: 2016
Format: Article
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: https://hdl.handle.net/10316/41351
Summary: Introdução: Milhões de mulheres no mundo ficam grávidas de forma não planeada e não desejada. África tem a maior taxa de fertilidade do mundo para a qual também contribui a verificada menor prevalência de uso de contraceção resultante da elevada necessidade não satisfeita em planeamento familiar. A Guiné-Bissau é um dos países do continente com a maior taxa de fertilidade e de mortalidade materna e infantil. O espaçamento da gravidez diminui o risco de complicações e melhora a qualidade da assistência da mãe à família, contribuindo deste modo para a diminuição da morbilidade e mortalidade materno-infantil. Um dos desafios da OMS é a melhoria da saúde materna. O pós-parto constitui uma oportunidade de promoção do planeamento familiar possibilitando assim prevenir uma gravidez não desejada, programar o espaçamento entre as gestações permitindo melhorar as condições de saúde maternas até uma nova gravidez. Objetivos: Avaliar a importância e a aceitação do aconselhamento contracetivo no pós-parto na maternidade do Hospital Nacional Simão Mendes / Bissau, Guiné- Bissau. Material e Métodos: Estudo descritivo, observacional de tipo transversal realizado através da aplicação de um questionário anónimo, pré-codificado, maioritariamente com perguntas fechadas, às mulheres que tiveram o parto no período de Outubro a Novembro de 2015. Resultados: Foram incluídas 725 puérperas. Tinham idade inferior a 30 anos 76,1%. Tinham conhecimento. Eram adolescentes 22,4% das quais 44,5% eram casadas. Metade da população estudada era analfabeta ou tinha a escolaridade básica. Afirmaram conhecer a existência de métodos de contraceção 65,5% das mulheres. Apenas 37,5% usam ou usaram em alguma fase da sua vida um método de contraceção. A prevalência de respostas afirmativas aumentou com o nível de escolaridade, residência em meio urbano, primeira gravidez fora da adolescência. Afirmaram não esperar engravidar / não planear engravidar 50,3% das mulheres. Aceitaram a hipótese de usar um método contracetivo no futuro 83,4%. Conclusões: A maioria das mulheres conhecem os métodos contracetivos mas, não os utiliza. A baixa literacia, a residência em meio rural, primeira gravidez na adolescência, casamento na adolescência e a grande multiparidade foram as características predominantes associadas à menor utilização de contraceção, elevada prevalência de gravidez não planeada e com um intervalo inferior a dois anos conforme recomendado. A maioria das mulheres se tiver oportunidade aceita o uso de contraceção após o parto.
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