Contribuição da barra da Armona para as trocas de matéria entre o setor oeste da Ria Formosa e o Oceano
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Publication Date: | 2019 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.1/15036 |
Summary: | Este trabalho pretendeu estudar a variabilidade das características físicas e químicas da água na barra da Armona, uma das mais importantes na circulação do setor oeste da Ria Formosa, e avaliar a sua contribuição para a troca de matéria (água, nutrientes, clorofila a e sólidos em suspensão) com o oceano adjacente. Realizaram-se quatro campanhas de amostragem durante ciclos de maré completos nas duas estações do ano mais produtivas, outono e primavera, em maré viva e maré morta. Os resultados mostram que as características da água não dependem somente da altura da maré, das estações do ano e de processos internos de interação sedimento-água e biológicos, mas também de processos externos como afloramento costeiro, que foi particularmente evidente na primavera, com reflexo notório na concentração dos nutrientes e clorofila a. A variabilidade das características da água foi maior em maré viva, pelo maior volume de água trocado. Os valores dos parâmetros analisados foram semelhantes aos das outras barras do setor oeste, pois as três barras estão em permanente ligação com o oceano adjacente, notando-se uma melhoria na qualidade da água desde os anos 80. Comparativamente com outros sistemas lagunares, onde a pressão antropogénica é maior e/ou a renovação menor, a qualidade da água da Ria Formosa é superior. Quanto ao transporte de matéria, como seria de esperar, as trocas foram maiores nas marés vivas de que nas marés mortas. O transporte dos parâmetros analisados nem sempre seguiu o sentido da água, revelando que estes balanços de matéria variam temporal e espacialmente. A barra da Armona contribuiu com ca. 30%-40% para o total das trocas de matéria nas três barras do setor oeste, tendo um papel importante na importação, particularmente durante eventos de afloramento costeiro, que aumentam a produtividade da Ria Formosa, mas também na exportação de compostos, particularmente amónia e sólidos orgânicos que fertilizam o oceano adjacente. |
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