Habilidades funcionais, nível de actividade, integração na comunidade e saúde em idosos institucionalizados em lar: resultados preliminares
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2013 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.26/6095 |
Summary: | São escassos os estudos portugueses que avaliam o nível de funcionalidade, o nível de actividade e a saúde em idosos institucionalizados em lar. Objectivos: Estimar os meses de institucionalização dos idosos e as causas que conduziram à institucionalização em lar, bem como o número de idosos que partilha o seu quarto com outros. Estimar as Habilidades Funcionais dos idosos, o tipo de actividades relatadas, dentro e fora da instituição (Nível de Actividade e Integração na Comunidade) e o grau de saúde (objectiva e subjectiva). Analisar a relação entre estas quatro dimensões e analisar a relação destas com algumas variáveis demográficas (idade, género). Métodos: 35 idosos institucionalizados em lar (idade média=80.20 anos; DP=6.263) completaram o Questionário de Informação Pessoal (QIP; Fernándes-Ballesteros, 1995; Maia et al., 2013). Para a análise dos dados recorremos ao SPSS 21. Resultados: A grande generalidade dos idosos está institucionalizada há mais de 16 meses, por motivos maioritariamente de saúde (65,7%), partilha o quarto com terceiros (71.4%) e é autónoma, não necessitando de ajuda (56.7%) em actividades como o cuidado pessoal, comer, vestir/despir, andar, levantar/deitar. Quando se trata das actividades mais complexas, como a administração de dinheiro, uso do telefone ou ida às compras, o grau de dependência aumenta (27.6% dos sujeitos necessitam de muita ajuda e 35.2% de alguma ajuda). Verifica-se que 72.9% da população está inactiva, visto limitar-se a ver televisão ou a ouvir rádio e apenas 14.3% dos idosos se dedicam a actividades fora da Instituição. Os actos religiosos têm uma larga adesão (88.6%). 79.4% dos idosos reporta problemas de mobilidade e 35.3% problemas de foro psicológico. Verifica-se que 45.7% percepcionam a saúde como má, com as mulheres a percepcionarem a sua saúde mais negativamente do que os homens. Nenhum dos idosos, de ambos os géneros, percepciona a sua saúde como boa ou excelente (0%). A dimensão Nível de Actividade apresenta uma correlação positiva com a dimensão Integração na Comunidade (r=.448*). O género apresenta uma correlação significativa com a dimensão Habilidades Funcionais (rho=.383*) e com a dimensão Saúde (r=.414*). O estado civil apresentou uma correlação positiva com as Habilidades Funcionais (rho=.419*) e o grau de escolaridade apresentou uma correlação negativa e com a dimensão Saúde (r=-.446*). Conclusões: Na nossa amostra a institucionalização é causada maioritariamente devido a problemas de saúde. A maioria dos idosos partilha o seu quarto o que pode afectar a sua intimidade e bem-estar. Apesar da maioria dos idosos ser funcionalmente autónoma, a grande generalidade apresenta uma vida pautada pela inactividade e por fracos laços com o exterior. As mulheres percepcionam a sua saúde mais negativamente do que os homens. Importa assim, desenvolver estratégias que conduzam a um envelhecimento activo destes idosos. |
id |
RCAP_75add6b653fcbc81f91cec9f79cf698d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:comum.rcaap.pt:10400.26/6095 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository_id_str |
https://opendoar.ac.uk/repository/7160 |
spelling |
Habilidades funcionais, nível de actividade, integração na comunidade e saúde em idosos institucionalizados em lar: resultados preliminaresLares de idososInstitucionalizaçãoEnvelhecimentoHabilidades funcionaisSão escassos os estudos portugueses que avaliam o nível de funcionalidade, o nível de actividade e a saúde em idosos institucionalizados em lar. Objectivos: Estimar os meses de institucionalização dos idosos e as causas que conduziram à institucionalização em lar, bem como o número de idosos que partilha o seu quarto com outros. Estimar as Habilidades Funcionais dos idosos, o tipo de actividades relatadas, dentro e fora da instituição (Nível de Actividade e Integração na Comunidade) e o grau de saúde (objectiva e subjectiva). Analisar a relação entre estas quatro dimensões e analisar a relação destas com algumas variáveis demográficas (idade, género). Métodos: 35 idosos institucionalizados em lar (idade média=80.20 anos; DP=6.263) completaram o Questionário de Informação Pessoal (QIP; Fernándes-Ballesteros, 1995; Maia et al., 2013). Para a análise dos dados recorremos ao SPSS 21. Resultados: A grande generalidade dos idosos está institucionalizada há mais de 16 meses, por motivos maioritariamente de saúde (65,7%), partilha o quarto com terceiros (71.4%) e é autónoma, não necessitando de ajuda (56.7%) em actividades como o cuidado pessoal, comer, vestir/despir, andar, levantar/deitar. Quando se trata das actividades mais complexas, como a administração de dinheiro, uso do telefone ou ida às compras, o grau de dependência aumenta (27.6% dos sujeitos necessitam de muita ajuda e 35.2% de alguma ajuda). Verifica-se que 72.9% da população está inactiva, visto limitar-se a ver televisão ou a ouvir rádio e apenas 14.3% dos idosos se dedicam a actividades fora da Instituição. Os actos religiosos têm uma larga adesão (88.6%). 79.4% dos idosos reporta problemas de mobilidade e 35.3% problemas de foro psicológico. Verifica-se que 45.7% percepcionam a saúde como má, com as mulheres a percepcionarem a sua saúde mais negativamente do que os homens. Nenhum dos idosos, de ambos os géneros, percepciona a sua saúde como boa ou excelente (0%). A dimensão Nível de Actividade apresenta uma correlação positiva com a dimensão Integração na Comunidade (r=.448*). O género apresenta uma correlação significativa com a dimensão Habilidades Funcionais (rho=.383*) e com a dimensão Saúde (r=.414*). O estado civil apresentou uma correlação positiva com as Habilidades Funcionais (rho=.419*) e o grau de escolaridade apresentou uma correlação negativa e com a dimensão Saúde (r=-.446*). Conclusões: Na nossa amostra a institucionalização é causada maioritariamente devido a problemas de saúde. A maioria dos idosos partilha o seu quarto o que pode afectar a sua intimidade e bem-estar. Apesar da maioria dos idosos ser funcionalmente autónoma, a grande generalidade apresenta uma vida pautada pela inactividade e por fracos laços com o exterior. As mulheres percepcionam a sua saúde mais negativamente do que os homens. Importa assim, desenvolver estratégias que conduzam a um envelhecimento activo destes idosos.Repositório ComumMagalhães, Carine Isabel Paulo2014-03-14T18:35:44Z2013-102013-10-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/6095urn:tid:201098555porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-05-13T13:43:12Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/6095Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T07:14:48.538709Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Habilidades funcionais, nível de actividade, integração na comunidade e saúde em idosos institucionalizados em lar: resultados preliminares |
title |
Habilidades funcionais, nível de actividade, integração na comunidade e saúde em idosos institucionalizados em lar: resultados preliminares |
spellingShingle |
Habilidades funcionais, nível de actividade, integração na comunidade e saúde em idosos institucionalizados em lar: resultados preliminares Magalhães, Carine Isabel Paulo Lares de idosos Institucionalização Envelhecimento Habilidades funcionais |
title_short |
Habilidades funcionais, nível de actividade, integração na comunidade e saúde em idosos institucionalizados em lar: resultados preliminares |
title_full |
Habilidades funcionais, nível de actividade, integração na comunidade e saúde em idosos institucionalizados em lar: resultados preliminares |
title_fullStr |
Habilidades funcionais, nível de actividade, integração na comunidade e saúde em idosos institucionalizados em lar: resultados preliminares |
title_full_unstemmed |
Habilidades funcionais, nível de actividade, integração na comunidade e saúde em idosos institucionalizados em lar: resultados preliminares |
title_sort |
Habilidades funcionais, nível de actividade, integração na comunidade e saúde em idosos institucionalizados em lar: resultados preliminares |
author |
Magalhães, Carine Isabel Paulo |
author_facet |
Magalhães, Carine Isabel Paulo |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório Comum |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Magalhães, Carine Isabel Paulo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Lares de idosos Institucionalização Envelhecimento Habilidades funcionais |
topic |
Lares de idosos Institucionalização Envelhecimento Habilidades funcionais |
description |
São escassos os estudos portugueses que avaliam o nível de funcionalidade, o nível de actividade e a saúde em idosos institucionalizados em lar. Objectivos: Estimar os meses de institucionalização dos idosos e as causas que conduziram à institucionalização em lar, bem como o número de idosos que partilha o seu quarto com outros. Estimar as Habilidades Funcionais dos idosos, o tipo de actividades relatadas, dentro e fora da instituição (Nível de Actividade e Integração na Comunidade) e o grau de saúde (objectiva e subjectiva). Analisar a relação entre estas quatro dimensões e analisar a relação destas com algumas variáveis demográficas (idade, género). Métodos: 35 idosos institucionalizados em lar (idade média=80.20 anos; DP=6.263) completaram o Questionário de Informação Pessoal (QIP; Fernándes-Ballesteros, 1995; Maia et al., 2013). Para a análise dos dados recorremos ao SPSS 21. Resultados: A grande generalidade dos idosos está institucionalizada há mais de 16 meses, por motivos maioritariamente de saúde (65,7%), partilha o quarto com terceiros (71.4%) e é autónoma, não necessitando de ajuda (56.7%) em actividades como o cuidado pessoal, comer, vestir/despir, andar, levantar/deitar. Quando se trata das actividades mais complexas, como a administração de dinheiro, uso do telefone ou ida às compras, o grau de dependência aumenta (27.6% dos sujeitos necessitam de muita ajuda e 35.2% de alguma ajuda). Verifica-se que 72.9% da população está inactiva, visto limitar-se a ver televisão ou a ouvir rádio e apenas 14.3% dos idosos se dedicam a actividades fora da Instituição. Os actos religiosos têm uma larga adesão (88.6%). 79.4% dos idosos reporta problemas de mobilidade e 35.3% problemas de foro psicológico. Verifica-se que 45.7% percepcionam a saúde como má, com as mulheres a percepcionarem a sua saúde mais negativamente do que os homens. Nenhum dos idosos, de ambos os géneros, percepciona a sua saúde como boa ou excelente (0%). A dimensão Nível de Actividade apresenta uma correlação positiva com a dimensão Integração na Comunidade (r=.448*). O género apresenta uma correlação significativa com a dimensão Habilidades Funcionais (rho=.383*) e com a dimensão Saúde (r=.414*). O estado civil apresentou uma correlação positiva com as Habilidades Funcionais (rho=.419*) e o grau de escolaridade apresentou uma correlação negativa e com a dimensão Saúde (r=-.446*). Conclusões: Na nossa amostra a institucionalização é causada maioritariamente devido a problemas de saúde. A maioria dos idosos partilha o seu quarto o que pode afectar a sua intimidade e bem-estar. Apesar da maioria dos idosos ser funcionalmente autónoma, a grande generalidade apresenta uma vida pautada pela inactividade e por fracos laços com o exterior. As mulheres percepcionam a sua saúde mais negativamente do que os homens. Importa assim, desenvolver estratégias que conduzam a um envelhecimento activo destes idosos. |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013-10 2013-10-01T00:00:00Z 2014-03-14T18:35:44Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.26/6095 urn:tid:201098555 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.26/6095 |
identifier_str_mv |
urn:tid:201098555 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia instacron:RCAAP |
instname_str |
FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
collection |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
repository.mail.fl_str_mv |
info@rcaap.pt |
_version_ |
1833602929053925376 |