Evolução das propriedades químicas de um cambissolo sujeitas à produção de suínos ao ar livre
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Publication Date: | 2006 |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.11/174 |
Summary: | A produção de suínos ao ar livre é actualmente uma alternativa à produção agro-pecuária tradicional principalmente em zonas desfavorecidas. Relativamente à produção intensiva tem como vantagens um baixo encabeçamento e, o facto de contar com o solo como o meio de deposição natural dos resíduos orgânicos produzidos. Esta forma de produção pode ter no entanto efeitos ambientais negativos, no que diz respeito à poluição do solo e transporte dessa poluição para áreas adjacentes ou águas subterrâneas. O objectivo deste trabalho foi o de avaliar a evolução das propriedades químicas do solo e caracterizar as águas de drenagem interna, numa unidade experimental de produção de suínos parqueados ao ar livre. Esta unidade experimental situa-se na quinta da Escola Superior Agrária de Castelo Branco – Portugal, consta de uma área total de 2.8 ha e está dividida em 6 parques. Os animais encontram-se distribuídos por estes parques de acordo com a idade, estado fisiológico e sexo. Assim, existe um parque para leitões, quatro para porcas reprodutoras e um parque para varrascos. As raças em estudo são: Alentejana e Bízara O solo onde se instalou a unidade de demonstração é um cambisol dístrico (FAO, 1994), de textura média pouco ácido e pobre em matéria orgânica. O declive dos parques varia entre os 5 e os 30 % com um valor médio de 14%. Antes da instalação da unidade experimental foi caracterizado o solo, quanto ao seu teor em Corg, N, P, K, Ca, Mg, Na, Cl, Cu e Zn, pH e CE. O nível inicial destes elementos constituiu o nível base de referência deste solo. A data de início do projecto foi em Janeiro de 2005. Estabeleceu-se um plano de monitorização desta área que consta de amostragens ao solo com periodicidade mensal e de recolha de lixiviados após a ocorrência de precipitação. A colheita de terra iniciou-se em Maio analisando-se os parâmetros acima referidos. Para a recolha da água de drenagem interna, instalaram-se cápsulas de recolha de lixiviados que foram colocadas a 60 cm de profundidade. A água lixiviada foi recolhida após a ocorrência de precipitação e nesta amostra foi quantificado o azoto na forma de NH4+ e de NO3-. Os resultados obtidos após o primeiro ano permitem-nos concluir o seguinte: i) Os níveis no solo de todos os parâmetros analisados aumentaram acentuadamente e ii) A variabilidade destes parâmetros é elevada espacial e temporalmente. A variabilidade entre parques é elevada e é função da razão nº animais/área e idade/alimentação. A acumulação no solo de elementos minerais é fortemente influenciada pela precipitação. A intensidade da precipitação e o declive dos parques favorece o arrastamento da zona superficial mais contaminada, para zonas de menor declive. A concentração em NH4+ nos lixiviados apresentava um valor médio de 2.1 mg L-1 (± 3.2), com um coeficiente de variabilidade (CV) entre parques de 152 % e o NO3- apresentava um valor médio de 5.1 mg L-1 (± 2.5) e 66% de CV. |
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