Magmatitos e metamorfitos de alto grau no contacto entre as zonas de Ossa Morena e Centro Ibérica: significado geodinâmico
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Publication Date: | 2013 |
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
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Magmatitos e metamorfitos de alto grau no contacto entre as zonas de Ossa Morena e Centro Ibérica: significado geodinâmicoMetamorfismoMagmatismoGeocronologiaGeodinâmicaTese de doutoramento em Geologia, especialidade de Mineralogia, Petrologia e Geoquímica, apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade de CoimbraNa Zona de Ossa Morena próximo do contacto com a Zona Centro Ibérica na região de Abrantes, afloram três unidades tectonostratigráficas de orientação geral NW-SE, que da base para o topo compreendem a Série Negra, o Complexo Ígneo Ácido e Básico do Sardoal (CIABS) e o Complexo Ígneo Máfico de Mouriscas (CIMM) e que contactam através de carreamentos. A Série Negra é constituída por filitos, quartzo-filitos, micaxistos, xistos quartzo-micáceos, metavulcanitos, metavulcanoclastitos, xistos quartzo-feldpsáticos, chertes e quartzitos negros. Estas litologias são intercaladas por xistos verdes e anfibolitos e intruídas por filões de riodacito. Os anfibolitos são subalcalinos e apresentam afinidades geoquímicas MORB e intra-placa. Terão sido gerados a partir de magmas relativamente oxidados. O CIABS é constituído por xistos quartzo-feldspáticos com uma idade ígnea de 692 + 77/-60 Ma, por ortognaisses finos com uma idade ígnea de 569 ± 3 Ma, ortognaisses grosseiros com uma idade ígnea de 548 ± 4 Ma e migmatitos. Ocorrem intercalações de anfibolitos com idades metamórficas de 539 ± 3 Ma e 529 ± 5 Ma e intrusões de filões de riodacito com idade ígnea de 308 ± 1 Ma. Os protólitos dos ortognaisses são subalcalinos, peraluminosos e não se encontram relacionados entre si por processos de cristalização fraccionada. Têm características isotópicas híbridas. Terão sido gerados em ambiente de margem continental activa, a partir da fusão da crusta continental inferior meta-sedimentar e meta-ígnea e média superior meta-ígnea. As composições dos minerais dos ortognaisses foram reequilibradas, especialmente biotite e moscovite e menos intensamente a plagioclase. Os protólitos dos anfibolitos do CIABS são toleíticos e calco-alcalinos com assinatura geoquímica de MORB N e E e terão sido gerados em ambiente de arco-ilha. No xisto quartzo-feldspático e em dois ortognaisses foram encontradas monazites com idade ca. 540 Ma, interpretada como a idade do evento metamórfico. Esta idade é idêntica à do zircão metamórfico dum anfibolito (539 ± 3 Ma) e anterior à idade de arrefecimento da titanite de outro anfibolito (529 ± 5 Ma) após o pico metamórfico (ca. 539 Ma). Este evento metamórfico de grande amplitude terá conduzido à formação dos migmatitos. O riodacito é subalcalino, pertence à série calco-alcalina e terá sido gerado em ambiente de margem continental activa a partir duma fonte empobrecida e de composição próxima da do manto litosférico Europeu e é uma rocha ígnea. O CIMM é constituído por anfibolitos subalcalinos Neoproterozóicos com protólitos de assinaturas geoquímicas distintas (MORB, intra-placa e margem continental activa) mas idades ígneas idênticas (ca. 544 Ma). Os dados isotópicos indicam protólitos da litosfera subcontinental com variável contaminação crustal. O CIMM contém dois litótipos de idade Ordovícica: o protomilonito trondjemítico intrusivo com idade ígnea de 483,0 ± 1,5 Ma e o anfibolito com almandina com uma idade ígnea de 477 ± 2 Ma. O protólito do protomilonito trondjemítico é peraluminoso e corresponde a uma pulsação magmática distinta da dos protólitos dos ortognaisses do CIABS. Os dados isotópicos indicam uma fonte mista com influência de fonte mantélica empobrecida e contaminação crustal. A geoquímica de elementos maiores e traço sugere génese por fusão parcial de anfibolitos locais. O protomilonito apresenta reequilíbrio das composições químicas das micas. O anfibolito com almandina apresenta localmente texturas metatexíticas discretas com neossoma. O protólito deste anfibolito corresponde a uma pulsação magmática distinta dos protólitos dos anfibolitos Neoproterozóicos e possui assinaturas MORB e intra-placa. Os dados isotópicos indicam que os protólitos terão sido gerados a partir duma fonte MORB e duma fonte mantélica empobrecida com composição próxima da do manto litosférico Europeu. As condições de P-T obtidas para as rochas Neoproterozóicas e Ordovícicas caem no campo da fácies anfibolítica, havendo uma amostra de anfibolito do CIABS com valores próximos da transição para a fácies granulítica. Os valores negativos de εNd(t) das rochas Neoproterozóicas (-8.1 a -2.9) e os valores antigos das idades modelo TDM (1.51 a 1.81 Ga) são característicos de terrenos do tipo cadomiano observados noutras áreas da Cadeia Varisca Europeia. A idade dos zircões herdados (1.6-2.8 Ga) comprova a antiguidade dos tempos de residência crustal dos seus protólitos. Foram estabelecidos vários estádios de evolução tectono-magmática na região desde o Neoproterozóico até ao Paleozóico tardio. O primeiro estádio corresponde à presença dum arco-ilha durante o Criogeniano, o segundo à formação do arco cadomiano durante o Criogeniano/Edicariano, o terceiro a um episódio metamórfico de médio a alto grau que teve lugar no tempo da passagem do Pré-câmbrico-Câmbrico, o quarto a um episódio magmático durante o Ordovícico relacionado com a abertura do Rheic e o último a um evento ígneo durante o Carbónico. A Zona de Cisalhamento Tomar-Badajoz-Córdoba constitui uma sutura cadomiana retomada durante a orogenia varisca.2013-11-26doctoral thesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionhttps://hdl.handle.net/10316/23574https://hdl.handle.net/10316/23574TID:101262191porHENRIQUES, Susana Branco dos Anjos - Magmatitos e metamorfitos de alto grau no contacto entre as zonas de Ossa Morena e Centro Ibérica: significado geodinâmico. Coimbra : [s.n.], 2013. Tese de doutoramentoHenriques, Susanainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2021-10-01T14:24:39Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/23574Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T05:14:18.702429Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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