Perceção dos alunos de medicina face à doença mental : estudo exploratório sobre diferenças de género
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/15579 |
Resumo: | O estigma relacionado com a doença mental é uma realidade que persiste sendo, atualmente, uma prioridade de investigação definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 2005). A este respeito, constatamos nos últimos anos uma abundante e, em geral, rica e estimulante produção científica que procura a compreensão desta problemática e objetiva a criação de diferentes níveis de intervenção. O presente estudo enquadra-se numa segunda fase do projeto “Perceção dos estudantes de medicina face à doença mental”, da Associação ENCONTRAR+SE, em curso desde 2009. Especificamente, numa perspetiva exploratória descritiva, procurou-se avaliar a perceção dos alunos de medicina face à doença mental e à psiquiatria, incidindo na identificação e caracterização de possíveis diferenças de género. Como instrumento de recolha de dados foi utilizada a Tradução Portuguesa da versão 2.0 da Mental Illness: Clinician’s Attitudes Scale – MICA (Kassam, Glozier, Leese, Henderson, & Thornicroft, 2010). A amostra, com uma distribuição equivalente nos dois sexos, foi constituída por 50 estudantes de medicina, de quatro Instituições de Ensino Superior de Portugal. Os resultados encontrados apontam para a presença de atitudes estigmatizantes face à doença mental na população estudada (Score Global da MICA = 36.42; DP = 6.85), embora não tenham sido encontradas diferenças significativas ao nível do score global da MICA em função das características sóciodemográficas avaliadas, inclusivamente o sexo. No entanto, as análises por item revelaram diferenças significativas em itens específicos, em função de varáveis como “Sexo”, “Ano Letivo”, “Alguma vez contactou com alguém com doença mental durante o seu trabalho clínico?” e “Gostaria de se especializar em Psiquiatria?”. Tendo em conta a literatura consultada, verifica-se que os resultados obtidos são consistentes com o referencial teórico analisado. As implicações mais evidentes deste estudo apontam para a redefinição e incentivo a novas estratégias de educação, junto dos estudantes de medicina. |
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