Perceção do Funcionamento e Resiliência Familiar: estudo exploratório com migrantes de língua oficial portuguesa a residir em Portugal

• Main Author: Evangelista, Gertrudes Diara Sprânger
• Publication Date: 2022
• Other Authors: Sequeira, Joana (Orientadora)
• Format: Master thesis
• Language: por
• Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Download full: http://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/1444
• topic: Migração - Migration; Funcionamento familiar - Family functioning; Resiliência familiar - Family resilience; Adaptação - Adaptation

Objetivo: Estudar a perceção de adaptação, funcionamento e resiliência familiar em de migrantes de várias nacionalidades, de Países de Língua Oficial Portuguesa. Metodologia: Participaram nesta investigação 168 sujeitos, dos quais 46 angolanos, 32 brasileiros, 31 cabo-verdianos, 30 guineenses e 30 moçambicanos, com idades compreendidas entre os 12 e os 65 anos. Os instrumentos utilizados foram o questionário de dados sociodemográficos, familiares e relativos ao processo de migração, a Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scale IV (FACES-IV), o Walsh Family Resilience Questionnaire (WFRQ). Resultados: Os participantes, independentemente da nacionalidade, percecionam o seu funcionamento familiar como equilibrado (Cluster 1) e elevada resiliência familiar. Os sujeitos Angolanos são os que percecionam melhor adaptação à migração (questões legais, trabalho/estudo, cultura, inserção social e língua) e os Brasileiros os que percecionam pior adaptação. Os participantes que vivem numa família acordeão percecionam pior satisfação familiar, em comparação com os que não são família acordeão. Os pais/esposos percecionam maior coesão familiar, em comparação com os sujeitos que ocupam outras posições familiares. Conclusão: Este estudo permitiu concluir que os sujeitos das famílias de diferentes nacionalidades apresentam perceção de um funcionamento familiar coeso, flexível e evidenciam satisfação com as suas famílias. Percebem também as suas famílias como resilientes, e parecem dispor de recursos para enfrentar o seu contexto migratório. As famílias acordeão poderão beneficiar de intervenção clínica, em contextos de maior stress, e esta deverá implicar o fortalecimento da coesão, entre os elementos e a promoção de padrões de funcionamento mais flexíveis, tendo em vista a promoção de uma maior capacidade de adaptação às circunstâncias específicas que enfrentam. / Objective: To study the perceptions of adaptation, functioning and family resilience of migrants from different nationalities, from Portuguese-speaking Countries, living in Portugal. Methodology: A total of 168 subjects participated in this research - 46 Angolans, 32 Brazilians, 31 Cape Verdeans, 30 Guineans and 30 Mozambicans - aged between 12 and 65 years. The instruments applyed were the sociodemographic, family and migration process data questionnaire, the Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scale IV (FACES-IV), the Walsh Family Resilience Questionnaire (WFRQ). Results: Regardless of nationality, participants, perceive their family functioning as balanced (Cluster 1) and having high family resilience. Angolans perceived the best adaptation to migration (legal issues, work/study, culture, social integration and language) and Brazilians perceived the worst adaptation. Participants who live in an accordion family perceive worse family satisfaction, compared to those who are not accordion family. Parents/spouses perceive greater family cohesion, compared to subjects occupying other family positions. Conclusion: Subjects from families of different nationalities have a perception of a cohesive and flexible family functioning and they are satisfacted with their families. participants also perceive their families as resilient and perceive to have resources to cope with their migratory context. Accordion families might benefit from clinical intervention in contexts of greater stress. Intervention should promote strengthening of cohesion, between the members, internal and external support and promotion of flexible patterns of functioning, to increase adaptive capacity, when facing specific circumstances related to their structure and organization.