O ambiente das enfermarias pediátricas favorece o sono das crianças?

Bibliographic Details
Main Author: Oliveira, Lia Franco
Publication Date: 2014
Other Authors: Ferreira, Rosário Trindade
Format: Article
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: https://doi.org/10.25754/pjp.2014.2706
Summary: Introdução: Doentes hospitalizados estão mais vulneráveis a problemas do sono devido à doença e exposição a tratamentos médicos e ambiente hospitalar. A privação de sono prejudica a recuperação do estado de saúde. É essencial o conhecimento da realidade vivida nas enfermarias, de forma a identificar aspetos passíveis de intervenção. Objetivos: Caraterizar as condições de sono em enfermarias pediátricas de um hospital terciário e comparar, entre médicos e enfermeiros, o conhecimento sobre as rotinas do sono em internamento. Métodos: Desenvolveu-se um questionário para o efeito, focando a organização e rotinas da enfermaria, e distribuiu-se por 150 profissionais de saúde (50 médicos, 100 enfermeiros). Análise estatística baseada no software estatístico SPSS v.19.0: estatística descritiva e comparativa (testes não-paramétricos, p<0,05). Resultados: Foram obtidas 81 respostas (23 médicos e 58 enfermeiros). As crianças ficam com um acompanhante durante a noite e todos os quartos têm televisão. A presença de brinquedos nos quartos é referida pela maioria dos profissionais (83,5%). Cerca de metade dos profissionais (55,8%) indica que as crianças adormecem no período 20-22h. Considera-se que a luminosidade (96,3%) e o ruído (75,0%) são reduzidos durante a noite. A sesta é considerada um hábito comum (90,4%). Um número significativo de profissionais refere não existir horário limite de brincar (18,4%), de adormecer (13,0%) nem para desligar os aparelhos eletrónicos (32,9%). Os conhecimentos de médicos e enfermeiros diferem significativamente em relação a vários aspetos das rotinas e horários noturnos. Conclusões: Este estudo demonstra que embora exista redução da luz e do ruído durante a noite, existem fatores disruptores do sono. A diferença de conhecimentos entre os dois grupos profissionais pode traduzir a ausência de regras definidas. É essencial informar e educar profissionais de saúde para a importância do sono (qualidade e quantidade) durante o internamento.
id RCAP_628ff226a17b193192c48c8f2b68f1a8
oai_identifier_str oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/2706
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository_id_str https://opendoar.ac.uk/repository/7160
spelling O ambiente das enfermarias pediátricas favorece o sono das crianças?Original articlesIntrodução: Doentes hospitalizados estão mais vulneráveis a problemas do sono devido à doença e exposição a tratamentos médicos e ambiente hospitalar. A privação de sono prejudica a recuperação do estado de saúde. É essencial o conhecimento da realidade vivida nas enfermarias, de forma a identificar aspetos passíveis de intervenção. Objetivos: Caraterizar as condições de sono em enfermarias pediátricas de um hospital terciário e comparar, entre médicos e enfermeiros, o conhecimento sobre as rotinas do sono em internamento. Métodos: Desenvolveu-se um questionário para o efeito, focando a organização e rotinas da enfermaria, e distribuiu-se por 150 profissionais de saúde (50 médicos, 100 enfermeiros). Análise estatística baseada no software estatístico SPSS v.19.0: estatística descritiva e comparativa (testes não-paramétricos, p<0,05). Resultados: Foram obtidas 81 respostas (23 médicos e 58 enfermeiros). As crianças ficam com um acompanhante durante a noite e todos os quartos têm televisão. A presença de brinquedos nos quartos é referida pela maioria dos profissionais (83,5%). Cerca de metade dos profissionais (55,8%) indica que as crianças adormecem no período 20-22h. Considera-se que a luminosidade (96,3%) e o ruído (75,0%) são reduzidos durante a noite. A sesta é considerada um hábito comum (90,4%). Um número significativo de profissionais refere não existir horário limite de brincar (18,4%), de adormecer (13,0%) nem para desligar os aparelhos eletrónicos (32,9%). Os conhecimentos de médicos e enfermeiros diferem significativamente em relação a vários aspetos das rotinas e horários noturnos. Conclusões: Este estudo demonstra que embora exista redução da luz e do ruído durante a noite, existem fatores disruptores do sono. A diferença de conhecimentos entre os dois grupos profissionais pode traduzir a ausência de regras definidas. É essencial informar e educar profissionais de saúde para a importância do sono (qualidade e quantidade) durante o internamento.Sociedade Portuguesa de Pediatria2014-06-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25754/pjp.2014.2706por2184-44532184-3333Oliveira, Lia FrancoFerreira, Rosário Trindadeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2024-05-06T15:07:47Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/2706Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T14:34:07.053670Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv O ambiente das enfermarias pediátricas favorece o sono das crianças?
title O ambiente das enfermarias pediátricas favorece o sono das crianças?
spellingShingle O ambiente das enfermarias pediátricas favorece o sono das crianças?
Oliveira, Lia Franco
Original articles
title_short O ambiente das enfermarias pediátricas favorece o sono das crianças?
title_full O ambiente das enfermarias pediátricas favorece o sono das crianças?
title_fullStr O ambiente das enfermarias pediátricas favorece o sono das crianças?
title_full_unstemmed O ambiente das enfermarias pediátricas favorece o sono das crianças?
title_sort O ambiente das enfermarias pediátricas favorece o sono das crianças?
author Oliveira, Lia Franco
author_facet Oliveira, Lia Franco
Ferreira, Rosário Trindade
author_role author
author2 Ferreira, Rosário Trindade
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira, Lia Franco
Ferreira, Rosário Trindade
dc.subject.por.fl_str_mv Original articles
topic Original articles
description Introdução: Doentes hospitalizados estão mais vulneráveis a problemas do sono devido à doença e exposição a tratamentos médicos e ambiente hospitalar. A privação de sono prejudica a recuperação do estado de saúde. É essencial o conhecimento da realidade vivida nas enfermarias, de forma a identificar aspetos passíveis de intervenção. Objetivos: Caraterizar as condições de sono em enfermarias pediátricas de um hospital terciário e comparar, entre médicos e enfermeiros, o conhecimento sobre as rotinas do sono em internamento. Métodos: Desenvolveu-se um questionário para o efeito, focando a organização e rotinas da enfermaria, e distribuiu-se por 150 profissionais de saúde (50 médicos, 100 enfermeiros). Análise estatística baseada no software estatístico SPSS v.19.0: estatística descritiva e comparativa (testes não-paramétricos, p<0,05). Resultados: Foram obtidas 81 respostas (23 médicos e 58 enfermeiros). As crianças ficam com um acompanhante durante a noite e todos os quartos têm televisão. A presença de brinquedos nos quartos é referida pela maioria dos profissionais (83,5%). Cerca de metade dos profissionais (55,8%) indica que as crianças adormecem no período 20-22h. Considera-se que a luminosidade (96,3%) e o ruído (75,0%) são reduzidos durante a noite. A sesta é considerada um hábito comum (90,4%). Um número significativo de profissionais refere não existir horário limite de brincar (18,4%), de adormecer (13,0%) nem para desligar os aparelhos eletrónicos (32,9%). Os conhecimentos de médicos e enfermeiros diferem significativamente em relação a vários aspetos das rotinas e horários noturnos. Conclusões: Este estudo demonstra que embora exista redução da luz e do ruído durante a noite, existem fatores disruptores do sono. A diferença de conhecimentos entre os dois grupos profissionais pode traduzir a ausência de regras definidas. É essencial informar e educar profissionais de saúde para a importância do sono (qualidade e quantidade) durante o internamento.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-06-26
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.25754/pjp.2014.2706
url https://doi.org/10.25754/pjp.2014.2706
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 2184-4453
2184-3333
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron:RCAAP
instname_str FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
collection Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository.name.fl_str_mv Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
repository.mail.fl_str_mv info@rcaap.pt
_version_ 1833594716126445568