Refletir no passado preparando o futuro
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Publication Date: | 2013 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.14/14714 |
Summary: | Devido à crescente preocupação com os fenómenos do abandono e do insucesso escolares, com esta reflexão sobre o meu percurso profissional enquanto professora, pretendo compreender melhor os processos de aprendizagem que conduzem ao sucesso e insucesso dos alunos do Ensino Básico, principalmente na disciplina de matemática. Ao longo destes quinze anos de docência, tenho procurado sempre o sucesso educativo e esta reflexão contribui para o aperfeiçoamento da minha prática docente. De modo a cumprir esse objetivo, procurei fazer uma revisão da literatura de forma a compreender melhor algumas das temáticas da procrastinação, das abordagens à aprendizagem e os processos autorregulatórios utilizados pelos alunos, pois são fenómenos observados e que se relacionam com o (in)sucesso. Torna-se necessária a adoção, na sala de aula, de um modelo de ensino que defenda uma visão interativa do processo de ensino aprendizagem, onde tanto os alunos como os professores compreendam a complementaridade dos seus papéis e implementem modelos realistas de autorregulação (Rosário, 2001). Com este relatório reflexivo, julgo poder sugerir que na sala de aula os alunos devem ser estimulados a utilizar estratégias autorregulatórias, assumindo a responsabilidade pela sua aprendizagem, e generalizando as estratégias adquiridas a outras disciplinas e contextos educativos. Ao mesmo tempo, os alunos deverão evitar estratégias procrastinatórias, sobretudo se estas não são funcionais para si, uma vez por vezes não conseguem equilibrar eficazmente a velocidade e a qualidade de precisão de desempenho quando as exigências da tarefa são elevadas. Assim, urge a necessidade de, na prática, o ensino e o treino de estratégias constituírem um objetivo primordial de trabalho, sendo fundamental promover percursos de sucesso, otimizando o desempenho dos alunos. Assim, considero urgente incrementar o treino intencionalizado de processos de autorregulação da aprendizagem, partindo do perfil de cada aluno, apetrechando-os de ferramentas suscetíveis de contribuírem para a assunção da sua própria responsabilidade e autocontrolo do processo, renunciando abordagens intuitivas e inconsistentes às tarefas de estudo. Considero que os alunos com percursos académicos de insucesso utilizam competências autorregulatórias menos eficazes e recorrem frequentemente a uma abordagem superficial da aprendizagem, voltada para a reprodução dos conteúdos. Geralmente estes alunos estabelecem metas académicas menos ambiciosas e quando confrontados com tarefas complexas facilmente desistem. É importante na prática profissional, proporcionar aos alunos formas de se tornarem competentes e adotarem abordagens profundas ao estudo como meio para atingirem o sucesso. O professor deve orientar o aluno de forma a que este consolide o seu conhecimento, de forma a que organize eficazmente o seu tempo de estudo, a tomando apontamentos e a planificando atempadamente as atividades académicas. Outra das tarefas do professor deverá ser a construção de ambientes de aprendizagem ativos e motivadores para os alunos. A participação dos professores em formações que lhes possibilitem desenvolver estratégias práticas que lhes permitam conduzir os seus alunos ao sucesso académico é também essencial para o sucesso educativo dos alunos. É, no meu entender, crucial o envolvimento dos vários elementos da comunidade educativa neste contínuo de comunicação entre a investigação e a prática, no sentido de incrementar processos autorregulatórios eficazes e abordagens profundas à aprendizagem. |
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Refletir no passado preparando o futuroSucesso/insucesso educativoAutorregulação da aprendizagemProcrastinaçãoAbordagens à aprendizagemSuccess/insuccess of educationSelf-regulation of learningProcrastinationApproaches to learningDevido à crescente preocupação com os fenómenos do abandono e do insucesso escolares, com esta reflexão sobre o meu percurso profissional enquanto professora, pretendo compreender melhor os processos de aprendizagem que conduzem ao sucesso e insucesso dos alunos do Ensino Básico, principalmente na disciplina de matemática. Ao longo destes quinze anos de docência, tenho procurado sempre o sucesso educativo e esta reflexão contribui para o aperfeiçoamento da minha prática docente. De modo a cumprir esse objetivo, procurei fazer uma revisão da literatura de forma a compreender melhor algumas das temáticas da procrastinação, das abordagens à aprendizagem e os processos autorregulatórios utilizados pelos alunos, pois são fenómenos observados e que se relacionam com o (in)sucesso. Torna-se necessária a adoção, na sala de aula, de um modelo de ensino que defenda uma visão interativa do processo de ensino aprendizagem, onde tanto os alunos como os professores compreendam a complementaridade dos seus papéis e implementem modelos realistas de autorregulação (Rosário, 2001). Com este relatório reflexivo, julgo poder sugerir que na sala de aula os alunos devem ser estimulados a utilizar estratégias autorregulatórias, assumindo a responsabilidade pela sua aprendizagem, e generalizando as estratégias adquiridas a outras disciplinas e contextos educativos. Ao mesmo tempo, os alunos deverão evitar estratégias procrastinatórias, sobretudo se estas não são funcionais para si, uma vez por vezes não conseguem equilibrar eficazmente a velocidade e a qualidade de precisão de desempenho quando as exigências da tarefa são elevadas. Assim, urge a necessidade de, na prática, o ensino e o treino de estratégias constituírem um objetivo primordial de trabalho, sendo fundamental promover percursos de sucesso, otimizando o desempenho dos alunos. Assim, considero urgente incrementar o treino intencionalizado de processos de autorregulação da aprendizagem, partindo do perfil de cada aluno, apetrechando-os de ferramentas suscetíveis de contribuírem para a assunção da sua própria responsabilidade e autocontrolo do processo, renunciando abordagens intuitivas e inconsistentes às tarefas de estudo. Considero que os alunos com percursos académicos de insucesso utilizam competências autorregulatórias menos eficazes e recorrem frequentemente a uma abordagem superficial da aprendizagem, voltada para a reprodução dos conteúdos. Geralmente estes alunos estabelecem metas académicas menos ambiciosas e quando confrontados com tarefas complexas facilmente desistem. É importante na prática profissional, proporcionar aos alunos formas de se tornarem competentes e adotarem abordagens profundas ao estudo como meio para atingirem o sucesso. O professor deve orientar o aluno de forma a que este consolide o seu conhecimento, de forma a que organize eficazmente o seu tempo de estudo, a tomando apontamentos e a planificando atempadamente as atividades académicas. Outra das tarefas do professor deverá ser a construção de ambientes de aprendizagem ativos e motivadores para os alunos. A participação dos professores em formações que lhes possibilitem desenvolver estratégias práticas que lhes permitam conduzir os seus alunos ao sucesso académico é também essencial para o sucesso educativo dos alunos. É, no meu entender, crucial o envolvimento dos vários elementos da comunidade educativa neste contínuo de comunicação entre a investigação e a prática, no sentido de incrementar processos autorregulatórios eficazes e abordagens profundas à aprendizagem.Xavier, Maria Raul Andrade Martins LoboTrigo, Maria Luísa da Mota Teixeira RibeiroVeritatiAlves, Anabela Leite2014-06-26T15:34:27Z2013-02-2720132013-02-27T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/14714porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-13T12:54:37Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/14714Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T01:52:20.404704Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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