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Determinantes de burnout em enfermeiros do pré-hospitalar

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Main Author: Nunes, Tiago Manuel Malaquias
Publication Date: 2019
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.19/5547
Summary: Enquadramento: A síndrome de burnout associada ao stresse tem sido documentada em profissionais de saúde de muitas especialidades, sendo o pré-hospitalar um ambiente altamente stressante. Portanto, este estudo foi realizado para estudar os determinantes do burnout em enfermeiros que exercem no pré-hospitalar Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e socioprofissionais que interferem no burnout em enfermeiros do pré-hospitalar; determinar se o apoio em relação aos amigos interfere no burnout em enfermeiros do pré-hospitalar; verificar se existe relação ente as variáveis contextuais ao trabalho e oburnout em enfermeiros do pré-hospitalar; verificar se existe relação entre o estilo de vida e o burnout em enfermeiros do pré-hospitalar; verificar se existe relação entre as variáveis contextuais à saúde e o burnout em enfermeiros do pré-hospitalar; determinar se existe relação entre o burnout em enfermeiros do pré-hospitalar e a inteligência emocional. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo analítico-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 139 enfermeiros a exercerem no INEM a nível de Portugal continental, maioritariamente do género masculino (60,4%) e na faixa etária dos 30-39 anos (56,8%). O instrumento de recolha de dados contém um questionário de caracterização sociodemográfica e profissional, estilos de vida, contexto de trabalho, a Escala de Apgar Familiar (Smilkstein, 1978), versão portuguesa de Agostinho e Rebelo (1988), o Inventário de Burnout de Maslach (MBI), Maslach e Jackson (1978), versão de Carlotto e Câmara (2004) e a Escala de Inteligência Emocional validada para a população portuguesa por Rego e Fernandes (2005). Resultados: As estatísticas relativas ao burnout indicam uma média mais elevada para a realização pessoal (M=4,14±1,03), seguindo-se a exaustão emocional (M=2,22±1,18). Os enfermeiros do género masculino têm níveis superiores de despersonalização (p=0,019). Os enfermeiros que residem no mesmo concelho onde trabalham têm maiores níveis de exaustão emocional e de despersonalização (p=0,048). Os participantes inseridos em famílias com maior funcionalidade apresentam níveis inferiores de exaustão emocional (p=0,003) e de despersonalização (p=0,04) e níveis superiores de realização profissional (p=0,002). Os enfermeiros com um contrato por tempo indeterminado têm níveis de exaustão emocional e de despersonalização inferiores (p=0,003). Os enfermeiros que deixariam a instituição onde trabalham, caso pudessem, apresentam maior exaustão emocional, maior despersonalização e menor realização profissional (p=0,000). Os enfermeiros muito satisfeitos com o seu trabalho revelam mais realização profissional, menor exaustão emocional e menor despersonalização (exaustão emocional p=0,000; despersonalização p=0,000; realização profissional p=0,000); os que têm muito boas relações com os colegas de trabalho revelam menor exaustão emocional, sendo os que admitem ter más relações com os colegas de aqueles que apresentam mais despersonalização, com maior realização profissional os enfermeiros que têm muito más relações com os colegas de trabalho, (exaustão emocional p=0,000; despersonalização p=0,000; realização profissional p=0,008); com maior exaustão emocional os enfermeiros que consideram o seu trabalho bastante stressante e com maior realização profissional os que avaliam o seu trabalho como pouco stressante (exaustão emocional p=0,000). Os enfermeiros que já recorreram ao serviço de psicologia do INEM e/ou outro apresentam um nível de exaustão emocional e de despersonalização superior, revelando mais realização profissional (exaustão emocional p=0,040); os enfermeiros que consideram a sua saúde como “muito boa” têm menores níveis de exaustão emocional, enquanto os que consideram a sua saúde como “pouco boa” apresentam maiores níveis de exaustão emocional (p=0,001), aqueles que manifestam mais despersonalização avaliam a sua saúde como “pouco boa” e os que a avaliam como “muito boa” revelam mais realização profissional. O autocontrolo perante as críticas, a empatia, a compreensão das emoções próprias, o auto-encorajamento, a compreensão das emoções dos outros e o autocontrolo emocional são variáveis preditoras de burnout. Conclusão: O ambiente de trabalho determina as tensões físicas, sociais e mentais, que afetam a saúde dos enfermeiros. A equipa de enfermagem do pré-hospitalar, devido à natureza peculiar do seu trabalho, está exposta às tensões de situações de emergência que podem afetar a sua saúde, resultando em burnout.
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Portanto, este estudo foi realizado para estudar os determinantes do burnout em enfermeiros que exercem no pré-hospitalar Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e socioprofissionais que interferem no burnout em enfermeiros do pré-hospitalar; determinar se o apoio em relação aos amigos interfere no burnout em enfermeiros do pré-hospitalar; verificar se existe relação ente as variáveis contextuais ao trabalho e oburnout em enfermeiros do pré-hospitalar; verificar se existe relação entre o estilo de vida e o burnout em enfermeiros do pré-hospitalar; verificar se existe relação entre as variáveis contextuais à saúde e o burnout em enfermeiros do pré-hospitalar; determinar se existe relação entre o burnout em enfermeiros do pré-hospitalar e a inteligência emocional. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo analítico-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 139 enfermeiros a exercerem no INEM a nível de Portugal continental, maioritariamente do género masculino (60,4%) e na faixa etária dos 30-39 anos (56,8%). O instrumento de recolha de dados contém um questionário de caracterização sociodemográfica e profissional, estilos de vida, contexto de trabalho, a Escala de Apgar Familiar (Smilkstein, 1978), versão portuguesa de Agostinho e Rebelo (1988), o Inventário de Burnout de Maslach (MBI), Maslach e Jackson (1978), versão de Carlotto e Câmara (2004) e a Escala de Inteligência Emocional validada para a população portuguesa por Rego e Fernandes (2005). Resultados: As estatísticas relativas ao burnout indicam uma média mais elevada para a realização pessoal (M=4,14±1,03), seguindo-se a exaustão emocional (M=2,22±1,18). Os enfermeiros do género masculino têm níveis superiores de despersonalização (p=0,019). 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Os enfermeiros que já recorreram ao serviço de psicologia do INEM e/ou outro apresentam um nível de exaustão emocional e de despersonalização superior, revelando mais realização profissional (exaustão emocional p=0,040); os enfermeiros que consideram a sua saúde como “muito boa” têm menores níveis de exaustão emocional, enquanto os que consideram a sua saúde como “pouco boa” apresentam maiores níveis de exaustão emocional (p=0,001), aqueles que manifestam mais despersonalização avaliam a sua saúde como “pouco boa” e os que a avaliam como “muito boa” revelam mais realização profissional. O autocontrolo perante as críticas, a empatia, a compreensão das emoções próprias, o auto-encorajamento, a compreensão das emoções dos outros e o autocontrolo emocional são variáveis preditoras de burnout. Conclusão: O ambiente de trabalho determina as tensões físicas, sociais e mentais, que afetam a saúde dos enfermeiros. 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