Ingestão proteica na infância e risco de obesidade

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Main Author: Jesus, Sílvia Catarina Fonseca de
Publication Date: 2016
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10284/5727
Summary: Introdução: A obesidade é uma doença crónica não transmissível que afeta milhões de indivíduos em todo o mundo, traduzindo-se numa acumulação excessiva de gordura. Maioritariamente em resultado de um desequilíbrio energético positivo, acarreta frequentemente consequências metabólicas importantes, comprometendo a saúde física e psicológica. O tema assume uma maior importância quando é percetível o aumento vertiginoso do número de crianças que apresentam excesso de peso e/ou obesidade. O excesso de ingestão proteica (IP) tem sido apontado como um fator promotor da obesidade. Objetivo: Analisar a relação entre ingestão proteica na infância e risco de obesidade. Métodos: O método utilizado consistiu na revisão de artigos científicos publicados desde o ano 2000 até ao presente ano na plataforma online Pubmed, com as palavraschave “protein”, “intake”, “childood”, “obesity”, “BMI”. A pesquisa incluiu artigos em português e inglês, realizados em humanos e com avaliação do IMC, velocidade de crescimento ou massa gorda. Foram incluídos estudos clínicos e observacionais que avaliavam a ingestão proteica nos primeiros dois anos de vida e a sua relação com risco de obesidade em idade pediátrica. Dos 303 artigos iniciais, foram selecionados 21 que cumpriam os critérios. Resultados: Dos 21 estudos, 11 analisam a ingestão proteica durante o período de amamentação. Destes, 10 apresentaram uma associação positiva entre a ingestão proteica e a velocidade de crescimento. A massa gorda foi avaliada apenas em 3 dos 11 estudos, sendo que em 2 deles a associação mostrou-se positiva. Dos 21 estudos, 14 avaliam o período de alimentação complementar, sendo que 12 destes associam de forma positiva a ingestão proteica com um maior valor de IMC. A massa gorda foi avaliada em 5 estudos, tendo sido encontrada uma associação positiva com IP em 4. Conclusão: A excessiva ingestão proteica na infância parece induzir uma maior velocidade de crescimento e apresenta associação com um maior IMC em idade pediátrica. Estes fatores parecem levar a uma maior acumulação de gordura, e, portanto, a um maior risco de obesidade na infância.
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