Velocidade confinada
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| Publication Date: | 2021 |
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| Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
| Download full: | http://hdl.handle.net/11144/4968 |
Summary: | Todos os que tiveram a experiência do confinamento relatam uma estranha sensação em que o tempo subjectivo ora acelerava ora se tornava lento. Como se estivessem numa cápsula do tempo ficcional, em que as deslocações se fazem a velocidades inimagináveis, sem que os indivíduos se deem conta disso fisicamente. Designo esta desconexão espaço-temporal como a velocidade do confinamento. E esta sensação tem tudo a ver com a actividade física e o desporto, porque nos habituámos a ver neles o arquétipo da velocidade, do movimento e da mobilidade. Neste sentido, a situação de confinamento que vivemos é completamente paradoxal e contraria alguns adquiridos da actividade física e desportiva. Se pensarmos em algumas formas alternativas de actividade física surgidas neste período, sobretudo as que envolveram treino remoto, a utilização de formas simuladas de exercício físico, ou de preenchimento da lentidão do tempo com e-sports, verificaremos que em todas elas se dá uma inversão da lógica motora habitual: o movimento tende a ser substituído pela quietude ansiosa. |
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