Prevalência e abordagem à pessoa com úlcera de perna
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/17107 |
Resumo: | Introdução: As úlceras de perna são um problema de saúde devido ao número de pessoas afetadas e sua cronicidade, com impacto na qualidade de vida. Objetivos: Determinar a taxa de prevalência da úlcera de perna. Caracterizar e analisar a relação entre os aspetos sociodemográficos, os fatores de risco, as características da úlcera e as características do tratamento com a classificação da úlcera de perna. Metodologia: Estudo epidemiológico, analítico e transversal. A amostra engloba 63 utentes com úlcera de perna dos Centros de Saúde: Bom Jesus, Ponta de Sol, São Vicente, Santa e Arco da Calheta. Resultados: A taxa de prevalência foi de 1,57/mil habitantes e de incidência de 14,58/100 mil habitantes a 3 meses. Os sujeitos foram maioritariamente idosos, do género feminino, com baixo nível de escolaridade, aposentados/reformados e obesos. Os fatores de riscos mais evidenciados centraram-se na insuficiência venosa periférica, a obesidade, a hipertensão arterial e a diabetes mellitus tipo II. O método de diagnóstico mais utilizado foi a avaliação clínica (100%), com 14,3% que efetuaram o IPTB. A etiologia foi predominantemente venosa (90,5%), seguindo-se a mista (7,9%) e a arterial (1,6%). A cronicidade da ulceração teve duração média de 1097,3 dias. Nas características da úlcera, observou-se predomínio de tecido fibrinoso, com moderado exsudado e pele circundante seca. O tipo de desbridamento mais frequente foi o enzimático e o material de penso mais utilizado foi a colagenase. Sinais de infeção foram evidenciados em 42,9% dos sujeitos, com predominância no aumento do exsudado e sua viscosidade; aumento da dor e odor. Menos de metade, 48,1% efetuaram antibioterapia sistémica. A maioria apresentou dor (65,1%), com aumento após o tratamento, dos quais 63,4% efetuaram analgesia. A terapia compressiva foi efetuada em 11,1% dos utentes e 69,8% realizaram agentes farmacológicos. Verificou-se relação significativa entre: o fator de risco neoplasia e a classificação da úlcera (p=0,024); fraturas anteriores e a classificação da úlcera de perna (p=0,016); e relação entre presença de sinais de infeção com a área da úlcera (p=0,005). Conclusão: A prevalência da úlcera de perna é semelhante à visualizada em outros estudos realizados na Europa, com elevada carga de recursos e repercussões na vida dos utentes e família. Palavras-Chave: Ferida crónica; Úlcera de perna |
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