Barreiras Linguísticas nos Tribunais Portugueses. Pistas para um diagnóstico
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Publication Date: | 2024 |
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.22/25568 |
Summary: | É hoje comummente aceite que um processo equitativorequer que quem não fale nem compreenda a língua do processo seja assistido por intérprete e tenhaacesso atradução das principais peças processuais para língua que compreenda. O direito a assistência por intérprete em processo penal tem já longa tradição no Direito internacional dos direitos humanos e conheceu um desenvolvimento significativo no quadro do Direito da União Europeia com a Diretiva 2010/64/UE de 20.10.2010. O legislador português reconhece explicitamente odireitonosCódigo de Processo Penale Civilenas leis de asilo e de imigração. Todavia, à semelhança do que se verifica noutros países, a garantia de assistência linguística nos tribunais portugueses deixa muito a desejar, com obstáculos de vária ordem, desde a falta de intérpretes qualificados atéà insensibilidade dos atoresjudiciais para as especificidades do trabalho com intérpretes e para o impacto das barreiras linguísticas no acesso à justiça por quem não fala nem compreende a língua portuguesa.Este texto fazum ponto de situaçãodo estado da questão, a partir da análise do quadro normativo de Direito internacionale nacional aplicável, dedecisões judiciais em que os tribunais portugueses sepronunciaram sobre a (ir)relevância da ausência ou insuficiente assistência por intérpretee dos resultados deentrevistas coletivas e individuais realizadas com stakeholderssobre eventuais dificuldades associadas ao trabalho em contextos multilinguísticos e o grau de satisfação com as respostas dadas pelos tribunais portugueses. |
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