ESTUDO GEOLÓGICO E GEOQUÍMICO DAS SEQUÊNCIAS OFIOLÌTICAS DA ZONA DE OSSA-MORENA (PORTUGAL)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pedro, Jorge
Data de Publicação: 2004
Idioma: eng
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/2118
Resumo: As Sequências Ofiolíticas Internas correspondem a cinco fragmentos de crusta oceânica alóctones, próximos do limite SW da Zona de Ossa-Morena (Domínio de Évora-Beja), numa posição interna relativamente ao Complexo Ofiolítico de Beja-Acebuches. Ocorrem sob a forma de imbricações tectónicas ou “klippes”, no Complexo Filonítico de Moura e apresentam-se, regra geral, incompletas, por acção da deformação e recristalização metamórfica, nas fácies dos xistos verdes e anfibolítica. No seu conjunto, as Sequências Ofiolíticas Internas, definem uma estruturação interna idêntica à descrita para os ofiolitos, nomeadamente aos ofiolitos tipo LOT (“Lherzolitic Ophiolite Type”). Os dados geoquímicos revelam um quimismo toleítico heterogéneo, transicional entre dois membros finais, tipo N-MORB e E-MORB, resultante de heterogeneidades ao nível da fonte mantélica. As assinaturas geoquímicas mostram, de forma inequívoca, que os protólitos ígneos das Sequências Ofiolíticas Internas formaram-se num ambiente tectonomagmático anorogénico, ou seja, numa bacia oceânica, tipo oceano “aberto”, sem qualquer influência de componentes orogénicos resultante dos mecanismos de subducção. As características geoquímicas e a natureza dos protólitos das Sequências Ofiolíticas Internas contrastam, nitidamente, com o estabelecido para o Complexo Ofiolítico de Beja-Acebuches, onde são referidas assinaturas geoquímicas orogénicas, semelhantes às identificadas nas bacias “back-arc”. Os dados apresentados suportam o envolvimento de duas bacias oceânicas oceano “aberto” e bacia “back-arc”) durante a evolução geodinâmica do ramo SW da Cadeia Varisca Ibérica. A caracterização das Sequências Ofiolíticas Internas e o significado geodinâmico dos seus protólitos vêm colmatar a ausência, até à data, de magmatismo oceânico anorogénico no registo da Zona de Ossa-Morena, durante a Orogenia Varisca, complementando assim, em termos magmatogénicos, o ciclo de Wilson no ramo SW do Maciço Ibérico.
id RCAP_49dd7c47f8e9b6b90e8a548a06eaa286
oai_identifier_str oai:dspace.uevora.pt:10174/2118
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository_id_str https://opendoar.ac.uk/repository/7160
spelling ESTUDO GEOLÓGICO E GEOQUÍMICO DAS SEQUÊNCIAS OFIOLÌTICAS DA ZONA DE OSSA-MORENA (PORTUGAL)OfiolitosZona de Ossa-MorenaMagmatismo orogénico vs anorogénicoBacias OceânicasCadeia Varisca IbéricaAs Sequências Ofiolíticas Internas correspondem a cinco fragmentos de crusta oceânica alóctones, próximos do limite SW da Zona de Ossa-Morena (Domínio de Évora-Beja), numa posição interna relativamente ao Complexo Ofiolítico de Beja-Acebuches. Ocorrem sob a forma de imbricações tectónicas ou “klippes”, no Complexo Filonítico de Moura e apresentam-se, regra geral, incompletas, por acção da deformação e recristalização metamórfica, nas fácies dos xistos verdes e anfibolítica. No seu conjunto, as Sequências Ofiolíticas Internas, definem uma estruturação interna idêntica à descrita para os ofiolitos, nomeadamente aos ofiolitos tipo LOT (“Lherzolitic Ophiolite Type”). Os dados geoquímicos revelam um quimismo toleítico heterogéneo, transicional entre dois membros finais, tipo N-MORB e E-MORB, resultante de heterogeneidades ao nível da fonte mantélica. As assinaturas geoquímicas mostram, de forma inequívoca, que os protólitos ígneos das Sequências Ofiolíticas Internas formaram-se num ambiente tectonomagmático anorogénico, ou seja, numa bacia oceânica, tipo oceano “aberto”, sem qualquer influência de componentes orogénicos resultante dos mecanismos de subducção. As características geoquímicas e a natureza dos protólitos das Sequências Ofiolíticas Internas contrastam, nitidamente, com o estabelecido para o Complexo Ofiolítico de Beja-Acebuches, onde são referidas assinaturas geoquímicas orogénicas, semelhantes às identificadas nas bacias “back-arc”. Os dados apresentados suportam o envolvimento de duas bacias oceânicas oceano “aberto” e bacia “back-arc”) durante a evolução geodinâmica do ramo SW da Cadeia Varisca Ibérica. A caracterização das Sequências Ofiolíticas Internas e o significado geodinâmico dos seus protólitos vêm colmatar a ausência, até à data, de magmatismo oceânico anorogénico no registo da Zona de Ossa-Morena, durante a Orogenia Varisca, complementando assim, em termos magmatogénicos, o ciclo de Wilson no ramo SW do Maciço Ibérico.Universidade de Évora2010-10-21T09:06:32Z2010-10-212004-01-01T00:00:00Zdoctoral thesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion15330267 bytesapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10174/2118http://hdl.handle.net/10174/2118engÉvora225ÉvoraMunhá, JoséAraújo, AlexandreDoutoramentolivrend250Pedro, Jorgeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2024-01-03T18:38:19Zoai:dspace.uevora.pt:10174/2118Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T11:50:59.669978Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv ESTUDO GEOLÓGICO E GEOQUÍMICO DAS SEQUÊNCIAS OFIOLÌTICAS DA ZONA DE OSSA-MORENA (PORTUGAL)
title ESTUDO GEOLÓGICO E GEOQUÍMICO DAS SEQUÊNCIAS OFIOLÌTICAS DA ZONA DE OSSA-MORENA (PORTUGAL)
spellingShingle ESTUDO GEOLÓGICO E GEOQUÍMICO DAS SEQUÊNCIAS OFIOLÌTICAS DA ZONA DE OSSA-MORENA (PORTUGAL)
Pedro, Jorge
Ofiolitos
Zona de Ossa-Morena
Magmatismo orogénico vs anorogénico
Bacias Oceânicas
Cadeia Varisca Ibérica
title_short ESTUDO GEOLÓGICO E GEOQUÍMICO DAS SEQUÊNCIAS OFIOLÌTICAS DA ZONA DE OSSA-MORENA (PORTUGAL)
title_full ESTUDO GEOLÓGICO E GEOQUÍMICO DAS SEQUÊNCIAS OFIOLÌTICAS DA ZONA DE OSSA-MORENA (PORTUGAL)
title_fullStr ESTUDO GEOLÓGICO E GEOQUÍMICO DAS SEQUÊNCIAS OFIOLÌTICAS DA ZONA DE OSSA-MORENA (PORTUGAL)
title_full_unstemmed ESTUDO GEOLÓGICO E GEOQUÍMICO DAS SEQUÊNCIAS OFIOLÌTICAS DA ZONA DE OSSA-MORENA (PORTUGAL)
title_sort ESTUDO GEOLÓGICO E GEOQUÍMICO DAS SEQUÊNCIAS OFIOLÌTICAS DA ZONA DE OSSA-MORENA (PORTUGAL)
author Pedro, Jorge
author_facet Pedro, Jorge
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Pedro, Jorge
dc.subject.por.fl_str_mv Ofiolitos
Zona de Ossa-Morena
Magmatismo orogénico vs anorogénico
Bacias Oceânicas
Cadeia Varisca Ibérica
topic Ofiolitos
Zona de Ossa-Morena
Magmatismo orogénico vs anorogénico
Bacias Oceânicas
Cadeia Varisca Ibérica
description As Sequências Ofiolíticas Internas correspondem a cinco fragmentos de crusta oceânica alóctones, próximos do limite SW da Zona de Ossa-Morena (Domínio de Évora-Beja), numa posição interna relativamente ao Complexo Ofiolítico de Beja-Acebuches. Ocorrem sob a forma de imbricações tectónicas ou “klippes”, no Complexo Filonítico de Moura e apresentam-se, regra geral, incompletas, por acção da deformação e recristalização metamórfica, nas fácies dos xistos verdes e anfibolítica. No seu conjunto, as Sequências Ofiolíticas Internas, definem uma estruturação interna idêntica à descrita para os ofiolitos, nomeadamente aos ofiolitos tipo LOT (“Lherzolitic Ophiolite Type”). Os dados geoquímicos revelam um quimismo toleítico heterogéneo, transicional entre dois membros finais, tipo N-MORB e E-MORB, resultante de heterogeneidades ao nível da fonte mantélica. As assinaturas geoquímicas mostram, de forma inequívoca, que os protólitos ígneos das Sequências Ofiolíticas Internas formaram-se num ambiente tectonomagmático anorogénico, ou seja, numa bacia oceânica, tipo oceano “aberto”, sem qualquer influência de componentes orogénicos resultante dos mecanismos de subducção. As características geoquímicas e a natureza dos protólitos das Sequências Ofiolíticas Internas contrastam, nitidamente, com o estabelecido para o Complexo Ofiolítico de Beja-Acebuches, onde são referidas assinaturas geoquímicas orogénicas, semelhantes às identificadas nas bacias “back-arc”. Os dados apresentados suportam o envolvimento de duas bacias oceânicas oceano “aberto” e bacia “back-arc”) durante a evolução geodinâmica do ramo SW da Cadeia Varisca Ibérica. A caracterização das Sequências Ofiolíticas Internas e o significado geodinâmico dos seus protólitos vêm colmatar a ausência, até à data, de magmatismo oceânico anorogénico no registo da Zona de Ossa-Morena, durante a Orogenia Varisca, complementando assim, em termos magmatogénicos, o ciclo de Wilson no ramo SW do Maciço Ibérico.
publishDate 2004
dc.date.none.fl_str_mv 2004-01-01T00:00:00Z
2010-10-21T09:06:32Z
2010-10-21
dc.type.driver.fl_str_mv doctoral thesis
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10174/2118
http://hdl.handle.net/10174/2118
url http://hdl.handle.net/10174/2118
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.none.fl_str_mv Évora
225
Évora
Munhá, José
Araújo, Alexandre
Doutoramento
livre
nd
250
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 15330267 bytes
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de Évora
publisher.none.fl_str_mv Universidade de Évora
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron:RCAAP
instname_str FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
collection Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository.name.fl_str_mv Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
repository.mail.fl_str_mv info@rcaap.pt
_version_ 1833592288480067584