Prevenção secundária da doença cardiovascular: importância da consulta de enfermagem na adesão à terapêutica farmacológica

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Main Author: Ferreira, Paulo Alexandre Carvalho
Publication Date: 2015
Format: Other
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
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Summary: Introdução As doenças cardiovasculares (DCV) são a mais importante causa de mortalidade em Portugal, sendo uma área de intervenção que deve ser considerada prioritária. Uma vez instalada a DCV, continua a ser imperioso o controlo dos fatores de risco cardiovascular assim como a adesão à terapêutica, pois na prática verifica-se que os doentes frequentemente mantêm comportamentos de risco cardiovascular. Evidencia-se a pertinência do acompanhamento de enfermagem para fomentar um estilo de vida saudável e a adesão ao regime terapêutico proposto. Objetivo geral: Analisar os efeitos de um programa de prevenção secundária da doença cardiovascular nos doentes a quem foi diagnosticada Síndrome Coronária Aguda (SCA). Objetivo específico: Analisar as diferenças entre os diferentes momentos do programa de ensino sobre a adesão à terapêutica farmacológica. Estudo experimental "antes-após" com grupo testemunho, de âmbito quantitativo/descritivo Metodologia Grupo experimental - procedimentos Seis meses, com consulta mensal Consultas domiciliárias (+ família) Guião operacional das consultas (avaliação clínica/ensinos) Cada consulta ± 45 minutos Instrumento de recolha de dados "grande", mas só iremos abordar a adesão à terapêutica farmacológica (MAT). 24 participantes (dois grupos): 13 grupo experimental 11 grupo de controlo Randomização (características idênticas) Doentes após SCA de 2013 (alta) Resultados Para avaliar a adesão à terapêutica farmacológica foi utilizada a escala Medida de Adesão aos Tratamentos (MAT) elaborada, adaptada e validada em Portugal por Delgado e Lima, em que valores mais elevados significam maior nível de adesão. Verificou-se que no GE o nível de adesão à terapêutica foi aumentando gradualmente durante o período de acompanhamento No GC, o nível de adesão manteve-se praticamente igual Corroborando estes dados, a Sociedade Europeia de Cardiologia (2012) refere que os programas de prevenção secundária coordenados por enfermeiros, mais intensivos e com contactos mais frequentes são eficazes, tendo demonstrado melhorias significativas na redução dos fatores de risco, tolerância ao exercício, controlo da glucose, adesão à terapêutica, assim como redução nos eventos cardíacos e mortalidade, regressão da aterosclerose coronária e uma melhor percepção da saúde por parte dos doentes em comparação com os cuidados usuais. Está também demonstrado existir um maior sucesso na prevenção secundária do que na prevenção primária. Conclusões Os enfermeiros assumem um papel pedagógico fundamental junto do doente, no sentido de compreender as suas dificuldades, motivar e promover um processo relacional que permita garantir o sucesso do tratamento proposto, atuando como agente facilitador da adaptação da pessoa à sua condição de saúde, nomeadamente nos seus comportamentos de autocuidado e, consequentemente, na forma como gere a sua situação de saúde [1,3-4]. No sentido de fomentar a adesão à terapêutica é essencial uma intervenção personalizada, ajudando a pessoa a ultrapassar eventuais constrangimentos através de intervenções eficazes, que só o serão se forem adaptadas às necessidades da pessoa e à sua situação [3]. Palavras-chave Doença cardiovascular, Prevenção secundária, Consulta de enfermagem, Adesão à terapêutica Referências bibliográficas 1) Camarneiro, A. (2002) - Em torno da adesão aos protocolos terapêuticos. Revista Referência, 9(1), 25-30. 2) European Society Of Cardiology (ESC) (2012) - European Guidelines on cardiovascular disease prevention in clinical practice (version 2012). European Heart Journal, 33(1), p. 1635-1701. Recuperado de http://www.escardio.org/guidelines-surveys/esc-guidelines/GuidelinesDocuments/guidelines-CVD-prevention.pdf>. doi: 10.1093/eurheartj/ehs092. 3) Santos, A. & José, H. (2011) - A pessoa idosa com doença cardíaca: dificuldades sentidas na manutenção da terapêutica medicamentosa. Nursing, 23(276), p. 21-31. 4) Sousa, M.; Landeiro, M.; Pires, R. & Santos, C. (2011) - Coping e adesão ao regime terapêutico. Revista de Enfermagem Referência, 4, p. 151-160. Recuperado de http://www.scielo.mec.pt/pdf/ref/vserIIIn4/serIIIn4a16.pdf>.
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Objetivo específico: Analisar as diferenças entre os diferentes momentos do programa de ensino sobre a adesão à terapêutica farmacológica. Estudo experimental "antes-após" com grupo testemunho, de âmbito quantitativo/descritivo Metodologia Grupo experimental - procedimentos Seis meses, com consulta mensal Consultas domiciliárias (+ família) Guião operacional das consultas (avaliação clínica/ensinos) Cada consulta ± 45 minutos Instrumento de recolha de dados "grande", mas só iremos abordar a adesão à terapêutica farmacológica (MAT). 24 participantes (dois grupos): 13 grupo experimental 11 grupo de controlo Randomização (características idênticas) Doentes após SCA de 2013 (alta) Resultados Para avaliar a adesão à terapêutica farmacológica foi utilizada a escala Medida de Adesão aos Tratamentos (MAT) elaborada, adaptada e validada em Portugal por Delgado e Lima, em que valores mais elevados significam maior nível de adesão. Verificou-se que no GE o nível de adesão à terapêutica foi aumentando gradualmente durante o período de acompanhamento No GC, o nível de adesão manteve-se praticamente igual Corroborando estes dados, a Sociedade Europeia de Cardiologia (2012) refere que os programas de prevenção secundária coordenados por enfermeiros, mais intensivos e com contactos mais frequentes são eficazes, tendo demonstrado melhorias significativas na redução dos fatores de risco, tolerância ao exercício, controlo da glucose, adesão à terapêutica, assim como redução nos eventos cardíacos e mortalidade, regressão da aterosclerose coronária e uma melhor percepção da saúde por parte dos doentes em comparação com os cuidados usuais. Está também demonstrado existir um maior sucesso na prevenção secundária do que na prevenção primária. Conclusões Os enfermeiros assumem um papel pedagógico fundamental junto do doente, no sentido de compreender as suas dificuldades, motivar e promover um processo relacional que permita garantir o sucesso do tratamento proposto, atuando como agente facilitador da adaptação da pessoa à sua condição de saúde, nomeadamente nos seus comportamentos de autocuidado e, consequentemente, na forma como gere a sua situação de saúde [1,3-4]. No sentido de fomentar a adesão à terapêutica é essencial uma intervenção personalizada, ajudando a pessoa a ultrapassar eventuais constrangimentos através de intervenções eficazes, que só o serão se forem adaptadas às necessidades da pessoa e à sua situação [3]. Palavras-chave Doença cardiovascular, Prevenção secundária, Consulta de enfermagem, Adesão à terapêutica Referências bibliográficas 1) Camarneiro, A. (2002) - Em torno da adesão aos protocolos terapêuticos. Revista Referência, 9(1), 25-30. 2) European Society Of Cardiology (ESC) (2012) - European Guidelines on cardiovascular disease prevention in clinical practice (version 2012). European Heart Journal, 33(1), p. 1635-1701. Recuperado de http://www.escardio.org/guidelines-surveys/esc-guidelines/GuidelinesDocuments/guidelines-CVD-prevention.pdf>. doi: 10.1093/eurheartj/ehs092. 3) Santos, A. & José, H. (2011) - A pessoa idosa com doença cardíaca: dificuldades sentidas na manutenção da terapêutica medicamentosa. Nursing, 23(276), p. 21-31. 4) Sousa, M.; Landeiro, M.; Pires, R. & Santos, C. (2011) - Coping e adesão ao regime terapêutico. Revista de Enfermagem Referência, 4, p. 151-160. 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