Teste à cabeceira no HFF: a última oportunidade para evitar transfusões ABO incompatíveis
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Publication Date: | 2015 |
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.10/1763 |
Summary: | Introdução: O teste à cabeceira é utilizado desde há cerca de 12 anos no Hospital Fernando Fonseca (HFF). Este teste é um teste realizado imediatamente antes da transfusão para a determinação do grupo ABO do doente à cabeceira do doente a transfundir. Este teste (cartão Medtro NK4®Medtro GmbH) permite, de uma maneira rápida e fácil (aproximadamente 2 minutos) confrontar o resultado obtido com o resultado do grupo obtido na amostra estudada pelo Serviço de Sangue e Medicina Transfusional. Este resultado deverá ser o mesmo. O resultado do teste é ainda comparado com o grupo da unidade de concentrado eritrocitário (CE) a transfundir, determinan-do assim a sua compatibilidade com o grupo do receptor. O teste é constituído por um soro anti-A (clone Birma-1) e outro anti-B (clone-LB2), sendo de execução fácil e o seu preço é convidativo (1,57€/teste). Os enfermeiros que realizam o teste devem registar na ficha de confirmação positiva da transfusão (CPT) que o efectuaram e se está ou não conforme. A ficha de CPT faz também, como o teste à cabeceira, parte integrante do sistema de hemovigilância implementado no Hospital. Objetivo Analisar a efectiva implementação do teste à cabeceira e da confirmação positiva da transfusão no nosso hospital e a sua contribuição para o aumento da segurança transfusional. Material e métodos: Analisámos as fichas de confirmação positiva da transfusão que foram entregues no nosso serviço entre 21 de Novembro de 2012 e 20 de Setembro de 2014, num total de 17284 e que incluem o registo dos testes à cabeceira efetuados antes da transfusão de CEs. Resultados: Durante o período analisado, foram transfundidas 23954 unidades de CE correspondentes a 17284 pedidos. Foram registados 16195 testes à cabeceira, ficando por registar 1089 (6,3%), ficando por se saber se estes não foram efectuados ou simplesmente não registada a sua execução. Todas as fichas de confirmação positiva da transfusão, relativas aos pedidos efectuados, foram devolvidas ao serviço (100%). Conclusão: A confirmação positiva da transfusão está, na nossa opinião, totalmente implementada no HFF, permitindo o registo, rastreabilidade e arquivo dos dados relativos à transfusão de todos os componentes eritrocitários transfundidos aos doentes. A fácil execução e a rapidez na obtenção de resultados do teste à cabeceira permitiu uma grande adesão à sua execução pelos enfermeiros responsáveis pela transfusão (93,7%). É, por isso, imprescindível continuar o reforço da formação em Segurança Transfusional, já em curso no Hospital, para que o risco de transfusão de componentes ABO incompatíveis se aproxime do zero, tendo o Hospital classificado esta possibilidade como "Não Evento". |
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