Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades? : transição para a idade adulta e expectativas sobre a conjugalidade e a parentalidade

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Main Author: Ferreira, Maria Margarida Amaro
Publication Date: 2017
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.14/24073
Summary: Na sociedade moderna, algumas alterações têm levado a que a expressão ‘casar e ter filhos’ esteja a ganhar novos contornos para os jovens no conjunto de objetivos que estabelecem, levando a que a transição para a idade adulta seja mais tardia e se faça com base numa maior diversidade de trajetórias (Brückner & Mayer, 2005; Lesnard et al., 2016). Grande parte dos jovens adultos tem como objetivo terminar os estudos (Plotnick, 2007), conseguir estabilidade num emprego e alcançar a autonomia financeira (Gassanov et al., 2008). Deste modo, acontecimentos considerados centrais nesta transição, como casar ou tornar-se pai ou mãe, estão a ser adiados (Arnett, 2001). Este estudo de natureza qualitativa e exploratória pretende investigar as expectativas de jovens adultos relativamente à conjugalidade e à parentalidade, procurando compreender os fatores que determinam essas expectativas, como o contexto familiar, religioso e a ambição académica. Conta com 18 participantes, 10 do sexo feminino e 8 do masculino, com idades compreendidas entre 19 e 25 anos (M = 21,4), que se situam na faixa etária da Idade Adulta Emergente (Arnett, 2000), que compreende a fase final da adolescência e o início da idade adulta. Relativamente aos instrumentos utilizados, aplicou-se individualmente um Questionário Sociodemográfico e uma Entrevista Semiestruturada. Os resultados evidenciam que a construção de expectativas acerca da conjugalidade e da parentalidade depende, para estes jovens, dos seguintes fatores: ‘O próprio’, ‘Família’, ‘Religião’, ‘Amigos’, ‘Escola’ e ‘Situação económica e profissional’. De acordo com os dados deste estudo, a maioria dos jovens atribuiu mais importância ao casamento do que à coabitação sem casamento e não se verificaram diferenças significativas entre os elementos masculinos e femininos ou entre grupos religiosos quanto às suas expectativas. A maioria dos jovens religiosos valorizou o estabelecimento da conjugalidade através de celebração religiosa. Considera-se que será relevante a realização de mais intensa investigação a nível longitudinal na área das expectativas conjugais e parentais por parte de jovens adultos.
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