Petrologia e geoquímica de rochas granitóides da área de Castelo Branco-Idanha-a-Nova (Centro de Portugal)
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Publication Date: | 2010 |
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.11/689 |
Summary: | Na região de Castelo Branco-Idanha-a-Nova ocorrem dois plutões que instruíram o Complexo Xisto-Grauváquico Câmbrico. O plutão pre-Varisco de Oledo-Idanha-a-Nova e constituído por granitóides com idade de 479 – 480 Ma, do Ordovícico inferior. O plutão de Castelo Branco e concêntrico, inversamente zonado e formado por granodioritos e granitos Variscos, 310 + 1 Ma, tardi-tectónicos relativamente a D3. No plutão de Oledo-Idanha-a-Nova, o granodiorito biotítico e o granodiorito de duas micas possuem encraves tonaliticos biotiticos e granodioríticos biotíticos. Estas rochas formam uma sequência de encrave tonalitico biotitico a granodiorito. Os encraves granodioriticos e o granodiorito biotítico hospedeiro derivaram do magma tonalítico por cristalização fraccionada de plagioclase, grunerite, biotite e ilmenite. As variações isotópicas podem ser atribuídas a heterogeneidades da fonte magmática de origem ou a processos locais de contaminação. O granodiorito biotítico-moscovítico e híbrido, com um contacto nítido com o granodiorito biotítico e não se relaciona com a sequencia. O granodiorito de duas micas resulta da mistura do magma dos encraves granodioríticos e do granodiorito hospedeiro, mas os encraves tonalíticos não se relacionam com estes. O granito moscovitico-biotitico e o mais evoluído e corresponde a uma pulsação magmática distinta. No plutão zonado de Castelo Branco, o granito moscovítico-biotítico ocorre no centro do plutão e rodeado sucessivamente pelo granodiorito biotítico-moscovítico, granodiorito porfiróide biotítico-moscovítico passando gradualmente a um granito porfiróide de duas micas e, por ultimo, ao granito moscovítico-biotítico. As características geoquímicas das rochas e minerais dos dois granitos moscovítico -biotíticos e do granodiorito moscovítico-biotítico, indicam que representam três pulsações magmáticas, resultantes da fusão parcial dos materiais metassedimentares heterogéneos encaixantes. O granodiorito porfiroide biotitico-moscovitico e o granito de duas micas resultaram do magma do granodiorito biotiticomoscovitico por um processo de cristalização fraccionada de plagioclase, quartzo, biotite e ilmenite. As variações isotópicas irregulares sugerem a ocorrência de alguma contaminação. |
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Petrologia e geoquímica de rochas granitóides da área de Castelo Branco-Idanha-a-Nova (Centro de Portugal)Magmatismos ordovícico e variscoGranitóides de tipo I e SEncraves microgranularesCristalização fraccionadaMistura de magmasNa região de Castelo Branco-Idanha-a-Nova ocorrem dois plutões que instruíram o Complexo Xisto-Grauváquico Câmbrico. O plutão pre-Varisco de Oledo-Idanha-a-Nova e constituído por granitóides com idade de 479 – 480 Ma, do Ordovícico inferior. O plutão de Castelo Branco e concêntrico, inversamente zonado e formado por granodioritos e granitos Variscos, 310 + 1 Ma, tardi-tectónicos relativamente a D3. No plutão de Oledo-Idanha-a-Nova, o granodiorito biotítico e o granodiorito de duas micas possuem encraves tonaliticos biotiticos e granodioríticos biotíticos. Estas rochas formam uma sequência de encrave tonalitico biotitico a granodiorito. Os encraves granodioriticos e o granodiorito biotítico hospedeiro derivaram do magma tonalítico por cristalização fraccionada de plagioclase, grunerite, biotite e ilmenite. As variações isotópicas podem ser atribuídas a heterogeneidades da fonte magmática de origem ou a processos locais de contaminação. O granodiorito biotítico-moscovítico e híbrido, com um contacto nítido com o granodiorito biotítico e não se relaciona com a sequencia. O granodiorito de duas micas resulta da mistura do magma dos encraves granodioríticos e do granodiorito hospedeiro, mas os encraves tonalíticos não se relacionam com estes. O granito moscovitico-biotitico e o mais evoluído e corresponde a uma pulsação magmática distinta. No plutão zonado de Castelo Branco, o granito moscovítico-biotítico ocorre no centro do plutão e rodeado sucessivamente pelo granodiorito biotítico-moscovítico, granodiorito porfiróide biotítico-moscovítico passando gradualmente a um granito porfiróide de duas micas e, por ultimo, ao granito moscovítico-biotítico. As características geoquímicas das rochas e minerais dos dois granitos moscovítico -biotíticos e do granodiorito moscovítico-biotítico, indicam que representam três pulsações magmáticas, resultantes da fusão parcial dos materiais metassedimentares heterogéneos encaixantes. O granodiorito porfiroide biotitico-moscovitico e o granito de duas micas resultaram do magma do granodiorito biotiticomoscovitico por um processo de cristalização fraccionada de plagioclase, quartzo, biotite e ilmenite. As variações isotópicas irregulares sugerem a ocorrência de alguma contaminação.Associação Portuguesa de Geólogos / Sociedade Geológica de PortugalRepositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo BrancoAntunes, I.M.H.R.Neiva, A.M.R.Silva, M.M.V.G.2011-05-30T15:56:43Z20102010-01-01T00:00:00Zbook partinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.11/689porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-02-26T14:12:59Zoai:repositorio.ipcb.pt:10400.11/689Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T21:27:52.152941Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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Na região de Castelo Branco-Idanha-a-Nova ocorrem dois plutões que instruíram o Complexo Xisto-Grauváquico Câmbrico. O plutão pre-Varisco de Oledo-Idanha-a-Nova e constituído por granitóides com idade de 479 – 480 Ma, do Ordovícico inferior. O plutão de Castelo Branco e concêntrico, inversamente zonado e formado por granodioritos e granitos Variscos, 310 + 1 Ma, tardi-tectónicos relativamente a D3. No plutão de Oledo-Idanha-a-Nova, o granodiorito biotítico e o granodiorito de duas micas possuem encraves tonaliticos biotiticos e granodioríticos biotíticos. Estas rochas formam uma sequência de encrave tonalitico biotitico a granodiorito. Os encraves granodioriticos e o granodiorito biotítico hospedeiro derivaram do magma tonalítico por cristalização fraccionada de plagioclase, grunerite, biotite e ilmenite. As variações isotópicas podem ser atribuídas a heterogeneidades da fonte magmática de origem ou a processos locais de contaminação. O granodiorito biotítico-moscovítico e híbrido, com um contacto nítido com o granodiorito biotítico e não se relaciona com a sequencia. O granodiorito de duas micas resulta da mistura do magma dos encraves granodioríticos e do granodiorito hospedeiro, mas os encraves tonalíticos não se relacionam com estes. O granito moscovitico-biotitico e o mais evoluído e corresponde a uma pulsação magmática distinta. No plutão zonado de Castelo Branco, o granito moscovítico-biotítico ocorre no centro do plutão e rodeado sucessivamente pelo granodiorito biotítico-moscovítico, granodiorito porfiróide biotítico-moscovítico passando gradualmente a um granito porfiróide de duas micas e, por ultimo, ao granito moscovítico-biotítico. As características geoquímicas das rochas e minerais dos dois granitos moscovítico -biotíticos e do granodiorito moscovítico-biotítico, indicam que representam três pulsações magmáticas, resultantes da fusão parcial dos materiais metassedimentares heterogéneos encaixantes. O granodiorito porfiroide biotitico-moscovitico e o granito de duas micas resultaram do magma do granodiorito biotiticomoscovitico por um processo de cristalização fraccionada de plagioclase, quartzo, biotite e ilmenite. As variações isotópicas irregulares sugerem a ocorrência de alguma contaminação. |
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