O enfermeiro no exercício de supervisão em ensino clínico: dificuldades e expectativas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carrageta, Maria do Céu Mestre
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://repositorio.esenfc.pt/?url=FGZDK4EK
Resumo: Introdução: A formação inicial em Enfermagem caracteriza-se por períodos de ensino na escola e em instituições de saúde. Os enfermeiros dos contextos clínicos colaboram com as escolas no processo de supervisão das aprendizagens dos estudantes e tem-se verificado que demonstram algumas dificuldades no processo de supervisão e, em simultâneo, revelam algumas expectativas enquanto colaboradores nesse processo. Estudos evidenciam que as dificuldades dos enfermeiros relacionadas com o processo de supervisão são de diversa natureza (Simões, Alarcão, & Costa, 2008). Objetivos: No âmbito de um estudo decorrente de um processo de doutoramento e evidenciando alguns resultados parcelares, consideram-se como objetivos: identificar dificuldades dos enfermeiros tutores no processo de supervisão em ensino clínico e identificar as expectativas que revelam face à colaboração com a escola. Metodologia: Foi desenvolvido um estudo exploratório, descritivo, com abordagem mista, com triangulação de métodos e de fontes, mas com uma ostentação essencialmente indutiva. Foram participantes do estudo 176 enfermeiros tutores (participantes principais), 15 estudantes; 5 docentes; 11 enfermeiros chefes; 9 enfermeiros não-tutores (participantes complementares). Amostras não-probabilísticas ou intencionais com recurso a diferentes técnicas de amostragem. Instrumentos: questionário, relato escrito e entrevista. Contextos: 1 escola e 3 instituições hospitalares. Análise dos dados: software SPSS e NVivo. Resultados: No global, 102 (58,6%) enfermeiros referiram sentir dificuldades na supervisão. Com maior expressividade surgiram dificuldades ao nível do desenvolvimento do processo de supervisão (44,1%) e com os docentes da escola (40,2%). Os outros participantes também consideraram estas dificuldades como as mais evidentes. Realçaram ainda que, o apoio facultado pela escola e pela instituição hospitalar é pouco adequado. Como estratégias para ultrapassar as dificuldades referiram momentos de reflexão individual, em grupo e a autoformação. Quanto às expectativas, revelam-se essencialmente em relação ao estudante enquanto futuro profissional reflexivo, com espírito crítico, promotor da mudança e da inovação e motivado para o exercício da profissão. Em relação à escola, revelam expectativas de natureza relacional entre os diferentes atores e instituições, e ainda relacionadas com orientação pedagógica e com formação pedagógica. Conclusões: Perante estes resultados, considera-se fundamental a criação de um Manual de Boas Práticas de Supervisão em Ensino Clínico assente num paradigma reflexivo e critico-construtivista, nos estilos de supervisão de Glickman (1990) não-diretivo e de colaboração e nas práticas de supervisão, baseadas nos cenários reflexivo e ecológico de Alarcão e Tavares (2003). Também a orientação pedagógica e a formação pedagógica são cruciais/indispensáveis na intervenção do enfermeiro tutor, tendo a escola uma (co)responsabilização nestas áreas.
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