Biomarcadores farmacogenómicos como fonte de evidência para a efetividade e segurança na terapêutica da depressão
| Main Author: | |
|---|---|
| Publication Date: | 2021 |
| Format: | Master thesis |
| Language: | por |
| Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
| Download full: | http://hdl.handle.net/10400.1/17705 |
Summary: | Introdução: A depressão é uma doença mental comum e debilitante, cuja prevalência tem vindo a aumentar nos últimos anos. Embora não se conheça totalmente a sua fisiopatologia, existem algumas hipóteses que permitem explicar, em parte, como é que esta doença se desenvolve. O tratamento da depressão conta com diversas alternativas, nomeadamente fármacos, os quais atuam de formas distintas, mas que têm como finalidade comum atingir a remissão da doença. A terapêutica farmacológica apresenta, muitas vezes, efeitos adversos ou falta de efetividade, o que pode culminar na não adesão à medicação por parte dos doentes ou até mesmo em toxicidade, antes de atingida a remissão. Assim, torna-se importante garantir a efetividade e a segurança da terapêutica antidepressiva em cada doente, podendo isso ser efetuado a partir da identificação de biomarcadores farmacogenómicos que permitam prever a resposta ao antidepressivo, prevenindo tanto a ocorrência de alguns efeitos adversos, como a toxicidade ou a falta de efetividade. Método: O trabalho desenvolveu-se em duas fases: i) a pesquisa de biomarcadores farmacogenómicos nos resumos das características dos medicamentos (RCM) antidepressivos com autorização de introdução no mercado em Portugal; e ii) a realização de uma revisão sistemática da literatura (RSL) com base nos dados obtidos na primeira fase, cujo o objetivo foi procurar estudos disponíveis na literatura internacional, que descrevessem e caracterizassem, tanto os biomarcadores encontrados nos RCM, como outros potencialmente relevantes. No final, procedeu-se à classificação dos níveis de evidência e dos graus de recomendação para cada estudo identificado. Resultados: Dos 26 fármacos com RCM em Portugal, apenas 16 continham informação farmacogenómica. O biomarcador farmacogenómico mais vezes identificado foi o CYP2D6, seguido do CYP3A4. Estes resultados foram apoiados, em parte, pela RSL, que apresentou um maior número de estudos para o CYP2D6, seguido do CYP2C19. A RSL revelou também a existência outros biomarcadores relevantes, especialmente no caso da fluoxetina e da venlafaxina. Por fim, quanto ao nível de evidência e grau de recomendação, concluiu-se que a maioria dos estudos apresentam um bom nível de evidência, o que assegura a confiabilidade e consequentemente um bom grau de recomendação. Quanto à base de dados, os resultados obtidos foram meramente informativos, não resultando em nenhuma recomendação específica. Conclusão: A maior parte das variantes farmacogenómicas não são estudadas ou reconhecidas pelos testes genéticos e precisam ainda de alguma investigação científica que comprove a sua utilidade. Assim, apenas um pequeno número de variantes é considerado aquando da prescrição de medicamentos antidepressivos. Além disso, a genotipagem do doente não é uma prática clínica comum, sendo por isso necessário um maior investimento na formação dos profissionais de saúde, no que a este assunto diz respeito. |
| id |
RCAP_3d886b87a4a8b5505d1929e34313e475 |
|---|---|
| oai_identifier_str |
oai:sapientia.ualg.pt:10400.1/17705 |
| network_acronym_str |
RCAP |
| network_name_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
| repository_id_str |
https://opendoar.ac.uk/repository/7160 |
| spelling |
Biomarcadores farmacogenómicos como fonte de evidência para a efetividade e segurança na terapêutica da depressãoAntidepressivosBiomarcadoresDepressãoFarmacogenómicaFarmacoterapiaIntrodução: A depressão é uma doença mental comum e debilitante, cuja prevalência tem vindo a aumentar nos últimos anos. Embora não se conheça totalmente a sua fisiopatologia, existem algumas hipóteses que permitem explicar, em parte, como é que esta doença se desenvolve. O tratamento da depressão conta com diversas alternativas, nomeadamente fármacos, os quais atuam de formas distintas, mas que têm como finalidade comum atingir a remissão da doença. A terapêutica farmacológica apresenta, muitas vezes, efeitos adversos ou falta de efetividade, o que pode culminar na não adesão à medicação por parte dos doentes ou até mesmo em toxicidade, antes de atingida a remissão. Assim, torna-se importante garantir a efetividade e a segurança da terapêutica antidepressiva em cada doente, podendo isso ser efetuado a partir da identificação de biomarcadores farmacogenómicos que permitam prever a resposta ao antidepressivo, prevenindo tanto a ocorrência de alguns efeitos adversos, como a toxicidade ou a falta de efetividade. Método: O trabalho desenvolveu-se em duas fases: i) a pesquisa de biomarcadores farmacogenómicos nos resumos das características dos medicamentos (RCM) antidepressivos com autorização de introdução no mercado em Portugal; e ii) a realização de uma revisão sistemática da literatura (RSL) com base nos dados obtidos na primeira fase, cujo o objetivo foi procurar estudos disponíveis na literatura internacional, que descrevessem e caracterizassem, tanto os biomarcadores encontrados nos RCM, como outros potencialmente relevantes. No final, procedeu-se à classificação dos níveis de evidência e dos graus de recomendação para cada estudo identificado. Resultados: Dos 26 fármacos com RCM em Portugal, apenas 16 continham informação farmacogenómica. O biomarcador farmacogenómico mais vezes identificado foi o CYP2D6, seguido do CYP3A4. Estes resultados foram apoiados, em parte, pela RSL, que apresentou um maior número de estudos para o CYP2D6, seguido do CYP2C19. A RSL revelou também a existência outros biomarcadores relevantes, especialmente no caso da fluoxetina e da venlafaxina. Por fim, quanto ao nível de evidência e grau de recomendação, concluiu-se que a maioria dos estudos apresentam um bom nível de evidência, o que assegura a confiabilidade e consequentemente um bom grau de recomendação. Quanto à base de dados, os resultados obtidos foram meramente informativos, não resultando em nenhuma recomendação específica. Conclusão: A maior parte das variantes farmacogenómicas não são estudadas ou reconhecidas pelos testes genéticos e precisam ainda de alguma investigação científica que comprove a sua utilidade. Assim, apenas um pequeno número de variantes é considerado aquando da prescrição de medicamentos antidepressivos. Além disso, a genotipagem do doente não é uma prática clínica comum, sendo por isso necessário um maior investimento na formação dos profissionais de saúde, no que a este assunto diz respeito.Advinha, Ana Margarida MolhinhoSapientiaCorreia, Catarina Augusta Rodrigues2022-03-22T11:22:29Z2021-07-192021-07-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/17705urn:tid:202803767porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-02-18T17:45:46Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/17705Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T20:34:41.645174Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
| dc.title.none.fl_str_mv |
Biomarcadores farmacogenómicos como fonte de evidência para a efetividade e segurança na terapêutica da depressão |
| title |
Biomarcadores farmacogenómicos como fonte de evidência para a efetividade e segurança na terapêutica da depressão |
| spellingShingle |
Biomarcadores farmacogenómicos como fonte de evidência para a efetividade e segurança na terapêutica da depressão Correia, Catarina Augusta Rodrigues Antidepressivos Biomarcadores Depressão Farmacogenómica Farmacoterapia |
| title_short |
Biomarcadores farmacogenómicos como fonte de evidência para a efetividade e segurança na terapêutica da depressão |
| title_full |
Biomarcadores farmacogenómicos como fonte de evidência para a efetividade e segurança na terapêutica da depressão |
| title_fullStr |
Biomarcadores farmacogenómicos como fonte de evidência para a efetividade e segurança na terapêutica da depressão |
| title_full_unstemmed |
Biomarcadores farmacogenómicos como fonte de evidência para a efetividade e segurança na terapêutica da depressão |
| title_sort |
Biomarcadores farmacogenómicos como fonte de evidência para a efetividade e segurança na terapêutica da depressão |
| author |
Correia, Catarina Augusta Rodrigues |
| author_facet |
Correia, Catarina Augusta Rodrigues |
| author_role |
author |
| dc.contributor.none.fl_str_mv |
Advinha, Ana Margarida Molhinho Sapientia |
| dc.contributor.author.fl_str_mv |
Correia, Catarina Augusta Rodrigues |
| dc.subject.por.fl_str_mv |
Antidepressivos Biomarcadores Depressão Farmacogenómica Farmacoterapia |
| topic |
Antidepressivos Biomarcadores Depressão Farmacogenómica Farmacoterapia |
| description |
Introdução: A depressão é uma doença mental comum e debilitante, cuja prevalência tem vindo a aumentar nos últimos anos. Embora não se conheça totalmente a sua fisiopatologia, existem algumas hipóteses que permitem explicar, em parte, como é que esta doença se desenvolve. O tratamento da depressão conta com diversas alternativas, nomeadamente fármacos, os quais atuam de formas distintas, mas que têm como finalidade comum atingir a remissão da doença. A terapêutica farmacológica apresenta, muitas vezes, efeitos adversos ou falta de efetividade, o que pode culminar na não adesão à medicação por parte dos doentes ou até mesmo em toxicidade, antes de atingida a remissão. Assim, torna-se importante garantir a efetividade e a segurança da terapêutica antidepressiva em cada doente, podendo isso ser efetuado a partir da identificação de biomarcadores farmacogenómicos que permitam prever a resposta ao antidepressivo, prevenindo tanto a ocorrência de alguns efeitos adversos, como a toxicidade ou a falta de efetividade. Método: O trabalho desenvolveu-se em duas fases: i) a pesquisa de biomarcadores farmacogenómicos nos resumos das características dos medicamentos (RCM) antidepressivos com autorização de introdução no mercado em Portugal; e ii) a realização de uma revisão sistemática da literatura (RSL) com base nos dados obtidos na primeira fase, cujo o objetivo foi procurar estudos disponíveis na literatura internacional, que descrevessem e caracterizassem, tanto os biomarcadores encontrados nos RCM, como outros potencialmente relevantes. No final, procedeu-se à classificação dos níveis de evidência e dos graus de recomendação para cada estudo identificado. Resultados: Dos 26 fármacos com RCM em Portugal, apenas 16 continham informação farmacogenómica. O biomarcador farmacogenómico mais vezes identificado foi o CYP2D6, seguido do CYP3A4. Estes resultados foram apoiados, em parte, pela RSL, que apresentou um maior número de estudos para o CYP2D6, seguido do CYP2C19. A RSL revelou também a existência outros biomarcadores relevantes, especialmente no caso da fluoxetina e da venlafaxina. Por fim, quanto ao nível de evidência e grau de recomendação, concluiu-se que a maioria dos estudos apresentam um bom nível de evidência, o que assegura a confiabilidade e consequentemente um bom grau de recomendação. Quanto à base de dados, os resultados obtidos foram meramente informativos, não resultando em nenhuma recomendação específica. Conclusão: A maior parte das variantes farmacogenómicas não são estudadas ou reconhecidas pelos testes genéticos e precisam ainda de alguma investigação científica que comprove a sua utilidade. Assim, apenas um pequeno número de variantes é considerado aquando da prescrição de medicamentos antidepressivos. Além disso, a genotipagem do doente não é uma prática clínica comum, sendo por isso necessário um maior investimento na formação dos profissionais de saúde, no que a este assunto diz respeito. |
| publishDate |
2021 |
| dc.date.none.fl_str_mv |
2021-07-19 2021-07-19T00:00:00Z 2022-03-22T11:22:29Z |
| dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
| dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
| format |
masterThesis |
| status_str |
publishedVersion |
| dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.1/17705 urn:tid:202803767 |
| url |
http://hdl.handle.net/10400.1/17705 |
| identifier_str_mv |
urn:tid:202803767 |
| dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
| language |
por |
| dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
| eu_rights_str_mv |
openAccess |
| dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
| dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia instacron:RCAAP |
| instname_str |
FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
| instacron_str |
RCAAP |
| institution |
RCAAP |
| reponame_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
| collection |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
| repository.name.fl_str_mv |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
| repository.mail.fl_str_mv |
info@rcaap.pt |
| _version_ |
1833598727832469504 |