Estudo TABU: Tratamento e Abordagem da Bronquiolite Aguda na Urgência

Bibliographic Details
Main Author: Gomes, Catarina
Publication Date: 2015
Other Authors: Gil, Joana, Fernandes, Ana Sofia, Araújo e Sá, Gabriela, Bandeira, Teresa, Fernandes, Ricardo M
Format: Article
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: https://doi.org/10.25754/pjp.2015.6567
Summary: Introdução: É reconhecida a variabilidade na abordagem diagnóstica e terapêutica da bronquiolite aguda. O objetivo primário deste estudo foi caracterizar os meios complementares de diagnóstico e terapêutica efetuados em crianças com bronquiolite aguda no serviço de urgência pediátrica. Métodos: Estudo de coorte retrospetivo realizado a partir da consulta dos processos informatizados do serviço de urgência pediátrica de um centro académico, entre novembro de 2011 e abril de 2012. Foram incluídos lactentes (< 1 ano) com primeiro episódio de bronquiolite aguda (código ICD9 466.1). Analisaram-se descritivamente os procedimentos diagnósticos e terapêuticos na ocasião da primeira visita e nos 21 dias subsequentes. Estudaram-se potenciais preditores de intervenção por análise univariada e multivariada. Resultados: Incluíram-se 241 crianças, 127 (52,7%) do sexo masculino, com mediana de idades de 4 meses (percentis 25-75: 2-6 meses). Foram internadas 36 crianças (14,9%) na primeira visita e 52 (21,6%) nos 21 dias subsequentes. Na primeira visita, efetuou-se radiografia de tórax em 24 doentes (10%) e avaliação laboratorial em 12 (5%). No serviço de urgência pediátrica foi prescrito broncodilatador em 96 (39,8%) lactentes, mais frequentemente salbutamol. A presença de sinais de dificuldade respiratória e/ou a saturação de oxigénio = 92% associou-se a prescrição de broncodilatador (p = 0,002). Os lactentes medicados com broncodilatador tinham uma média de idades significativamente superior (p < 0,001) e mais frequentemente apresentavam sibilos (p = 0,009). Discussão: Verificou-se que a requisição de exames complementares de diagnóstico é residual. No entanto, constatou-se uma utilização exagerada de terapêuticas não baseadas na evidência, o que justifica intervenções estruturadas para implementação da recente norma de orientação.
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