Estudo da comunidade macrofúngica associada a souto (Castanea sativa), pinhal (Pinus pinaster) e carvalhal (Quercus pyrenaica), no Nordeste Transmontano
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2005 |
Other Authors: | , , , , , , |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10198/5744 |
Summary: | No Nordeste Transmontano existem sistemas florestais e agro-florestais de grande importância sócio-económica, como o castanheiro (Castanea sativa), o pinheiro (Pinus pinaster) e o carvalho negral (Quercus pyrenaica), que estabelecem associações simbióticas com fungos do solo, resultando a formação de ectomicorrizas. A maioria destes fungos, produz estruturas reprodutoras macroscópicas, os carpóforos, esporóforos ou macrofungos, alguns dos quais com elevada valorização comercial. O trabalho que se apresenta desenvolve-se no âmbito de um Projecto AGRO 689 “Demonstração do papel dos macrofungos na vertente agronómica, económica e ambiental no Nordeste Transmontano. Aplicação à produção de plantas de castanheiro, pinheiro e carvalho”, no qual se pretende demonstrar a biodiversidade da flora micológica que ocorre nestes três habitates (souto, pinhal e carvalhal), por forma a sensibilizar para a importância do uso sustentado de um recurso natural de grande valor social e ambiental.Neste sentido, seleccionou-se um carvalhal, um souto e um pinhal, na área do Parque Natural de Montesinho. Em cada um dos povoamentos estabeleceram-se 3 parcelas, cada uma com área de 100 m2 onde, durante o período de Outono- Inverno de 2004, se procedeu, semanalmente, à colheita de macrofungos. Após transporte, no laboratório, foram separados e identificados até à espécie ou ao género. No Carvalhal foram colhidas 48 espécies de macrofungos pertencentes a 25 géneros, sendo os mais representados Mycena (8 espécies), Inocybe e Cortinarius (7 espécies cada). As espécies que surgiram em maior quantidade (expressa em número de carpóforos encontrados) foram Mycena rosea e Cortinarius helobius. Cerca de 69% do total das espécies colhidas são micorrízicas, sendo as restantes 31% não micorrízicas. No souto foi colhido um menor número de espécies (8), pertencentes a 5 géneros, sendo os mais representados Inocybe (3 espécies) e Tricholoma (2 espécies). As espécies que surgiram em maior quantidade foram Inocybe geophylla, Inocybe flocculosa e Hebeloma crustuliniforme. No souto, surge uma clara dominância dos macrofungos micorrízicos, que perfazem 87% do total de espécies encontradas.No pinhal foram colhidas, ao longo da época de amostragem, somente sete espécies, pertencentes a 4 géneros, sendo o mais representado Mycena, com 4 espécies. As espécies que surgiram em maior quantidade foram Mycena pura e Collybia sp.1. Todas as espécies colhidas neste habitate são saprófitas. Comparando os três habitates, torna-se evidente a maior diversidade de espécies de macrofungos no carvalhal, assim como o maior número de carpóforos. Discute-se a diversidade macrofúngica dos três ecossistemas, tendo em conta as condições climáticas particulares da época em estudo. |
id |
RCAP_3b457df02976be9d1bb42cd3e874b1d0 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/5744 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository_id_str |
https://opendoar.ac.uk/repository/7160 |
spelling |
Estudo da comunidade macrofúngica associada a souto (Castanea sativa), pinhal (Pinus pinaster) e carvalhal (Quercus pyrenaica), no Nordeste Transmontanodiversidade macrofúngicaPinus pinasterQuercus pyrenaicaCastanea sativaNo Nordeste Transmontano existem sistemas florestais e agro-florestais de grande importância sócio-económica, como o castanheiro (Castanea sativa), o pinheiro (Pinus pinaster) e o carvalho negral (Quercus pyrenaica), que estabelecem associações simbióticas com fungos do solo, resultando a formação de ectomicorrizas. A maioria destes fungos, produz estruturas reprodutoras macroscópicas, os carpóforos, esporóforos ou macrofungos, alguns dos quais com elevada valorização comercial. O trabalho que se apresenta desenvolve-se no âmbito de um Projecto AGRO 689 “Demonstração do papel dos macrofungos na vertente agronómica, económica e ambiental no Nordeste Transmontano. Aplicação à produção de plantas de castanheiro, pinheiro e carvalho”, no qual se pretende demonstrar a biodiversidade da flora micológica que ocorre nestes três habitates (souto, pinhal e carvalhal), por forma a sensibilizar para a importância do uso sustentado de um recurso natural de grande valor social e ambiental.Neste sentido, seleccionou-se um carvalhal, um souto e um pinhal, na área do Parque Natural de Montesinho. Em cada um dos povoamentos estabeleceram-se 3 parcelas, cada uma com área de 100 m2 onde, durante o período de Outono- Inverno de 2004, se procedeu, semanalmente, à colheita de macrofungos. Após transporte, no laboratório, foram separados e identificados até à espécie ou ao género. No Carvalhal foram colhidas 48 espécies de macrofungos pertencentes a 25 géneros, sendo os mais representados Mycena (8 espécies), Inocybe e Cortinarius (7 espécies cada). As espécies que surgiram em maior quantidade (expressa em número de carpóforos encontrados) foram Mycena rosea e Cortinarius helobius. Cerca de 69% do total das espécies colhidas são micorrízicas, sendo as restantes 31% não micorrízicas. No souto foi colhido um menor número de espécies (8), pertencentes a 5 géneros, sendo os mais representados Inocybe (3 espécies) e Tricholoma (2 espécies). As espécies que surgiram em maior quantidade foram Inocybe geophylla, Inocybe flocculosa e Hebeloma crustuliniforme. No souto, surge uma clara dominância dos macrofungos micorrízicos, que perfazem 87% do total de espécies encontradas.No pinhal foram colhidas, ao longo da época de amostragem, somente sete espécies, pertencentes a 4 géneros, sendo o mais representado Mycena, com 4 espécies. As espécies que surgiram em maior quantidade foram Mycena pura e Collybia sp.1. Todas as espécies colhidas neste habitate são saprófitas. Comparando os três habitates, torna-se evidente a maior diversidade de espécies de macrofungos no carvalhal, assim como o maior número de carpóforos. Discute-se a diversidade macrofúngica dos três ecossistemas, tendo em conta as condições climáticas particulares da época em estudo.Instituto Politécnico de ViseuBiblioteca Digital do IPBBaptista, PaulaRodrigues, PaulaSousa, Maria JoãoFernandes, MarianaMartins, AnabelaRodrigues, Ana PaulaDias, RuiBorges, António2011-07-05T10:44:39Z20052005-01-01T00:00:00Zconference objectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/5744porBaptista P.; Rodrigues P.; Sousa M.J.; Fernandes M.; Martins A.; Rodrigues A.P; Dias R.; Borges A. (2005). Estudo da comunidade macrofúngica associada a souto (Castanea sativa), pinhal (Pinus pinaster) e carvalhal (Quercus pyrenaica), no Nordeste Transmontano. In 5º Congresso Florestal Nacional. Viseuinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-02-25T11:57:15Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/5744Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T11:19:47.276998Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Estudo da comunidade macrofúngica associada a souto (Castanea sativa), pinhal (Pinus pinaster) e carvalhal (Quercus pyrenaica), no Nordeste Transmontano |
title |
Estudo da comunidade macrofúngica associada a souto (Castanea sativa), pinhal (Pinus pinaster) e carvalhal (Quercus pyrenaica), no Nordeste Transmontano |
spellingShingle |
Estudo da comunidade macrofúngica associada a souto (Castanea sativa), pinhal (Pinus pinaster) e carvalhal (Quercus pyrenaica), no Nordeste Transmontano Baptista, Paula diversidade macrofúngica Pinus pinaster Quercus pyrenaica Castanea sativa |
title_short |
Estudo da comunidade macrofúngica associada a souto (Castanea sativa), pinhal (Pinus pinaster) e carvalhal (Quercus pyrenaica), no Nordeste Transmontano |
title_full |
Estudo da comunidade macrofúngica associada a souto (Castanea sativa), pinhal (Pinus pinaster) e carvalhal (Quercus pyrenaica), no Nordeste Transmontano |
title_fullStr |
Estudo da comunidade macrofúngica associada a souto (Castanea sativa), pinhal (Pinus pinaster) e carvalhal (Quercus pyrenaica), no Nordeste Transmontano |
title_full_unstemmed |
Estudo da comunidade macrofúngica associada a souto (Castanea sativa), pinhal (Pinus pinaster) e carvalhal (Quercus pyrenaica), no Nordeste Transmontano |
title_sort |
Estudo da comunidade macrofúngica associada a souto (Castanea sativa), pinhal (Pinus pinaster) e carvalhal (Quercus pyrenaica), no Nordeste Transmontano |
author |
Baptista, Paula |
author_facet |
Baptista, Paula Rodrigues, Paula Sousa, Maria João Fernandes, Mariana Martins, Anabela Rodrigues, Ana Paula Dias, Rui Borges, António |
author_role |
author |
author2 |
Rodrigues, Paula Sousa, Maria João Fernandes, Mariana Martins, Anabela Rodrigues, Ana Paula Dias, Rui Borges, António |
author2_role |
author author author author author author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digital do IPB |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Baptista, Paula Rodrigues, Paula Sousa, Maria João Fernandes, Mariana Martins, Anabela Rodrigues, Ana Paula Dias, Rui Borges, António |
dc.subject.por.fl_str_mv |
diversidade macrofúngica Pinus pinaster Quercus pyrenaica Castanea sativa |
topic |
diversidade macrofúngica Pinus pinaster Quercus pyrenaica Castanea sativa |
description |
No Nordeste Transmontano existem sistemas florestais e agro-florestais de grande importância sócio-económica, como o castanheiro (Castanea sativa), o pinheiro (Pinus pinaster) e o carvalho negral (Quercus pyrenaica), que estabelecem associações simbióticas com fungos do solo, resultando a formação de ectomicorrizas. A maioria destes fungos, produz estruturas reprodutoras macroscópicas, os carpóforos, esporóforos ou macrofungos, alguns dos quais com elevada valorização comercial. O trabalho que se apresenta desenvolve-se no âmbito de um Projecto AGRO 689 “Demonstração do papel dos macrofungos na vertente agronómica, económica e ambiental no Nordeste Transmontano. Aplicação à produção de plantas de castanheiro, pinheiro e carvalho”, no qual se pretende demonstrar a biodiversidade da flora micológica que ocorre nestes três habitates (souto, pinhal e carvalhal), por forma a sensibilizar para a importância do uso sustentado de um recurso natural de grande valor social e ambiental.Neste sentido, seleccionou-se um carvalhal, um souto e um pinhal, na área do Parque Natural de Montesinho. Em cada um dos povoamentos estabeleceram-se 3 parcelas, cada uma com área de 100 m2 onde, durante o período de Outono- Inverno de 2004, se procedeu, semanalmente, à colheita de macrofungos. Após transporte, no laboratório, foram separados e identificados até à espécie ou ao género. No Carvalhal foram colhidas 48 espécies de macrofungos pertencentes a 25 géneros, sendo os mais representados Mycena (8 espécies), Inocybe e Cortinarius (7 espécies cada). As espécies que surgiram em maior quantidade (expressa em número de carpóforos encontrados) foram Mycena rosea e Cortinarius helobius. Cerca de 69% do total das espécies colhidas são micorrízicas, sendo as restantes 31% não micorrízicas. No souto foi colhido um menor número de espécies (8), pertencentes a 5 géneros, sendo os mais representados Inocybe (3 espécies) e Tricholoma (2 espécies). As espécies que surgiram em maior quantidade foram Inocybe geophylla, Inocybe flocculosa e Hebeloma crustuliniforme. No souto, surge uma clara dominância dos macrofungos micorrízicos, que perfazem 87% do total de espécies encontradas.No pinhal foram colhidas, ao longo da época de amostragem, somente sete espécies, pertencentes a 4 géneros, sendo o mais representado Mycena, com 4 espécies. As espécies que surgiram em maior quantidade foram Mycena pura e Collybia sp.1. Todas as espécies colhidas neste habitate são saprófitas. Comparando os três habitates, torna-se evidente a maior diversidade de espécies de macrofungos no carvalhal, assim como o maior número de carpóforos. Discute-se a diversidade macrofúngica dos três ecossistemas, tendo em conta as condições climáticas particulares da época em estudo. |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005 2005-01-01T00:00:00Z 2011-07-05T10:44:39Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
conference object |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10198/5744 |
url |
http://hdl.handle.net/10198/5744 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Baptista P.; Rodrigues P.; Sousa M.J.; Fernandes M.; Martins A.; Rodrigues A.P; Dias R.; Borges A. (2005). Estudo da comunidade macrofúngica associada a souto (Castanea sativa), pinhal (Pinus pinaster) e carvalhal (Quercus pyrenaica), no Nordeste Transmontano. In 5º Congresso Florestal Nacional. Viseu |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Politécnico de Viseu |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Politécnico de Viseu |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia instacron:RCAAP |
instname_str |
FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
collection |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia |
repository.mail.fl_str_mv |
info@rcaap.pt |
_version_ |
1833591806858625024 |