Cada um vê mal ou bem, conforme os olhos que tem: A relação entre os traços de personalidade de guardas prisionais, os seus níveis de burnout e as suas atitudes face a indivíduos que cometeram crimes

Bibliographic Details
Main Author: Infante, Inês Pinto Resende
Publication Date: 2024
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.12/10280
Summary: Guardas Prisionais detêm funções extremamente complexas e exigentes que passam por garantir a segurança de toda a população prisional, bem como contribuir eficazmente na ressocialização da população reclusa. O presente estudo tem como finalidade compreender a relação entre os traços de personalidade de Guardas Prisionais, os seus níveis de burnout e as suas atitudes face a delinquentes. Para o efeito, recorreu-se aos instrumentos “Escala de Atitudes em Relação aos Delinquentes” (EARD), ao Inventário Breve de Personalidade (TIPI-P) e à medida de burnout de Shirom-Melamed (MBSM), aplicados a uma amostra de 108 Guardas Prisionais do contexto português. Os resultados do estudo revelaram que apenas o traço da abertura evidenciou uma correlação positiva com a idade. Ao nível da personalidade, os traços da amabilidade, estabilidade emocional e abertura estão significativamente correlacionados de forma negativa com o burnout. A estabilidade emocional está significativamente correlacionada de forma negativa com a dimensão do burnout fadiga física, e a amabilidade, a abertura, a conscienciosidade e a estabilidade emocional estão significativamente correlacionadas negativamente com a fadiga cognitiva. Ainda, os traços da amabilidade, abertura à experiência e estabilidade emocional encontram-se significativamente relacionadas negativamente com a dimensão exaustão emocional. Nenhum dos traços de personalidade evidenciou nenhuma correlação com as atitudes de Guardas Prisionais face aos delinquentes. Este estudo salienta a importância dos traços de personalidade enquanto fatores protetores do desenvolvimento de burnout em Guardas Prisionais, e a necessidade de um conhecimento mais aprofundado dos fatores de risco para o mesmo. Salienta, ainda, a necessidade de formações adequadas para fomentar atitudes mais favoráveis de Guardas Prisionais face à população reclusa, com vista ao sucesso da reabilitação e ressocialização da mesma.
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