Implicações do "feminino" na ética, a partir do pensamento de Carol Gilligan

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Main Author: Barbas, Ana Maria Marques
Publication Date: 2012
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10174/14951
Summary: A crítica de Carol Gilligan ao modelo de desenvolvimento moral de Kohlberg suscita novas considerações quanto à importância dos paradigmas na investigação e a necessidade de se encontrar uma perspetiva ética que ultrapasse o unilateralismo de género. A desconstrução deste modelo através da inclusão do “feminino” contempla a ideia de reciprocidade a partir da natureza contextual das relações, possibilitando uma visão mais global do desenvolvimento humano e alargando os limites da compreensão ética para além da interpretação intelectual do juízo moral. Ao introduzir a temporalidade e a relação entre pessoas como ingredientes da justiça, permite abarcar na definição de maturidade humana outras perspetivas e critérios que possibilitam a integração das dimensões dos direitos e da responsabilidade, articulando cuidado e justiça na reflexão ética. A sua relevância é, assim, não apenas ética, mas também axiológica, já que refletir sobre uma ética do cuidado é pensar essa “voz diferente” e é também um debate sobre os valores e sobre como deve ser uma ética para todos – uma ética inclusiva que permita a partilha do espaço público e do espaço privado, por mulheres e por homens, numa sociedade onde seja possível viver melhor; ABSTRACT: Carol Gilligan’s criticism to Kohlberg’s development model brings about new concerns related to the relevance of paradigms used in research and the need to define an ethical perspective in order to overcome unilateralism of gender. Deconstructing this approach by including the “feminine” view introduces the idea of reciprocity within the context of human relations. It, thus, provides a more comprehensive approach on human development and expands the boundaries of ethical understanding beyond the intellectual interpretation of moral judgment. Considering temporality and people’s relationships as part of the concept of justice, it allows other views and standards when defining human maturity because it opens up to the domains of rights and responsibility, articulating care and justice in the ethical thought. Its relevance is both ethical and axiological because reflecting upon the ethics of care is to consider that “different voice” and to set an argument about values and an ethics for all, an inclusive one that allows public and private places to be shared by men and women, within a society where we can hope for a better life.
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