Gugging Swallowing Screen na avaliação clínica da deglutição
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Publication Date: | 2018 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.21/8587 |
Summary: | A disfagia é um problema comum, que afeta uma percentagem significativa de doentes e pode resultar numa alta incidência de complicações por aspiração. O estudo da deglutição e da eventual disfagia é importante do ponto de vista clínico. O rastreio precoce dos distúrbios da deglutição pode evitar grandes riscos ao doente, como o desenvolvimento de pneumonia, diminuir o tempo de internamento hospitalar e os custos associados. A escala Gugging Swallowing Screen (GUSS) é considerada uma ferramenta promissora para avaliação clínica precoce da deglutição, que avalia o potencial risco de aspiração pulmonar. Objetivo: Esta tese tem como finalidade obter um corpo de evidência científica que reúna um conjunto de informações acerca da utilização da Gugging Swallowing Screen (GUSS) em meio hospitalar e, através desta ferramenta avaliar a prevalência da disfagia assim como os fatores de risco que influenciam a deglutição nos doentes internados no serviço de Medicina de Lagos. Metodologia: O tema abordado baseia-se em dois artigos, sendo um deles uma revisão sistemática da literatura e outro um estudo quantitativo, do tipo prospetivo correlacional, realizado num serviço de medicina. Resultados: Quatro estudos primários evidenciam dados relevantes acerca da utilidade da escala GUSS no âmbito hospitalar. A mesma foi testada numa amostra de 174 indivíduos, dos quais 52,87% não apresentaram disfagia, 14,37% apresentaram disfagia ligeira, 17,24% disfagia moderada e 15,52% disfagia grave. Fatores como sexo, doença oncológica, quadro respiratório, uso de medicamentos, tipo de medicamentos e frequência da medicação não apresentam correlação estatisticamente significativa. Idade, história prévia de disfagia, doença neurológica, doença neuromuscular e comprometimento motor apresentam uma correlação estatisticamente significativa negativa fraca. O nível de consciência apresenta uma correlação estatisticamente negativa e moderada. E a cooperação apresenta uma correlação estatisticamente positiva e moderada. Conclusão: A introdução de novas ferramentas na avaliação clínica da deglutição para despiste de disfagia proporciona uma oportunidade substancial para definir estratégias de melhoria contínua, de forma a reduzir o risco de danos aos doentes internados. Para tal, são necessários mais estudos com a aplicação da mesma ferramenta noutros serviços e hospitais. |
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Gugging Swallowing Screen na avaliação clínica da deglutiçãoDeglutiçãoDistúrbio da deglutiçãoDisfagiaEscala Gugging Swallowing ScreenDeglutitionDeglutition disorderDysphagiaGugging Swallowing Screen ScaleA disfagia é um problema comum, que afeta uma percentagem significativa de doentes e pode resultar numa alta incidência de complicações por aspiração. O estudo da deglutição e da eventual disfagia é importante do ponto de vista clínico. O rastreio precoce dos distúrbios da deglutição pode evitar grandes riscos ao doente, como o desenvolvimento de pneumonia, diminuir o tempo de internamento hospitalar e os custos associados. A escala Gugging Swallowing Screen (GUSS) é considerada uma ferramenta promissora para avaliação clínica precoce da deglutição, que avalia o potencial risco de aspiração pulmonar. Objetivo: Esta tese tem como finalidade obter um corpo de evidência científica que reúna um conjunto de informações acerca da utilização da Gugging Swallowing Screen (GUSS) em meio hospitalar e, através desta ferramenta avaliar a prevalência da disfagia assim como os fatores de risco que influenciam a deglutição nos doentes internados no serviço de Medicina de Lagos. Metodologia: O tema abordado baseia-se em dois artigos, sendo um deles uma revisão sistemática da literatura e outro um estudo quantitativo, do tipo prospetivo correlacional, realizado num serviço de medicina. Resultados: Quatro estudos primários evidenciam dados relevantes acerca da utilidade da escala GUSS no âmbito hospitalar. A mesma foi testada numa amostra de 174 indivíduos, dos quais 52,87% não apresentaram disfagia, 14,37% apresentaram disfagia ligeira, 17,24% disfagia moderada e 15,52% disfagia grave. Fatores como sexo, doença oncológica, quadro respiratório, uso de medicamentos, tipo de medicamentos e frequência da medicação não apresentam correlação estatisticamente significativa. Idade, história prévia de disfagia, doença neurológica, doença neuromuscular e comprometimento motor apresentam uma correlação estatisticamente significativa negativa fraca. O nível de consciência apresenta uma correlação estatisticamente negativa e moderada. E a cooperação apresenta uma correlação estatisticamente positiva e moderada. Conclusão: A introdução de novas ferramentas na avaliação clínica da deglutição para despiste de disfagia proporciona uma oportunidade substancial para definir estratégias de melhoria contínua, de forma a reduzir o risco de danos aos doentes internados. Para tal, são necessários mais estudos com a aplicação da mesma ferramenta noutros serviços e hospitais.Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de LisboaEiras, MargaridaRCIPLVentura, Inês Margarida Reis2018-06-07T14:42:56Z20182018-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.21/8587urn:tid:201917513porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-02-12T11:03:03Zoai:repositorio.ipl.pt:10400.21/8587Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T20:10:00.088883Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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A disfagia é um problema comum, que afeta uma percentagem significativa de doentes e pode resultar numa alta incidência de complicações por aspiração. O estudo da deglutição e da eventual disfagia é importante do ponto de vista clínico. O rastreio precoce dos distúrbios da deglutição pode evitar grandes riscos ao doente, como o desenvolvimento de pneumonia, diminuir o tempo de internamento hospitalar e os custos associados. A escala Gugging Swallowing Screen (GUSS) é considerada uma ferramenta promissora para avaliação clínica precoce da deglutição, que avalia o potencial risco de aspiração pulmonar. Objetivo: Esta tese tem como finalidade obter um corpo de evidência científica que reúna um conjunto de informações acerca da utilização da Gugging Swallowing Screen (GUSS) em meio hospitalar e, através desta ferramenta avaliar a prevalência da disfagia assim como os fatores de risco que influenciam a deglutição nos doentes internados no serviço de Medicina de Lagos. Metodologia: O tema abordado baseia-se em dois artigos, sendo um deles uma revisão sistemática da literatura e outro um estudo quantitativo, do tipo prospetivo correlacional, realizado num serviço de medicina. Resultados: Quatro estudos primários evidenciam dados relevantes acerca da utilidade da escala GUSS no âmbito hospitalar. A mesma foi testada numa amostra de 174 indivíduos, dos quais 52,87% não apresentaram disfagia, 14,37% apresentaram disfagia ligeira, 17,24% disfagia moderada e 15,52% disfagia grave. Fatores como sexo, doença oncológica, quadro respiratório, uso de medicamentos, tipo de medicamentos e frequência da medicação não apresentam correlação estatisticamente significativa. Idade, história prévia de disfagia, doença neurológica, doença neuromuscular e comprometimento motor apresentam uma correlação estatisticamente significativa negativa fraca. O nível de consciência apresenta uma correlação estatisticamente negativa e moderada. E a cooperação apresenta uma correlação estatisticamente positiva e moderada. Conclusão: A introdução de novas ferramentas na avaliação clínica da deglutição para despiste de disfagia proporciona uma oportunidade substancial para definir estratégias de melhoria contínua, de forma a reduzir o risco de danos aos doentes internados. Para tal, são necessários mais estudos com a aplicação da mesma ferramenta noutros serviços e hospitais. |
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