Liderança em enfermagem: Contributos para a segurança cirúrgica no bloco operatório
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/50049 |
Resumo: | A liderança em enfermagem encontra-se entre os elementos mais sensíveis para o sucesso das organizações de saúde. Os enfermeiros gestores assumem um papel determinante na gestão dos serviços de saúde e na promoção de ambientes saudáveis e seguros, tanto para profissionais como para cidadãos. Os blocos operatórios são, particularmente, um contexto onde a segurança do doente é uma dimensão crucial e intimamente ligada com os modelos de gestão e liderança. Ancorado nestes pressupostos, desenvolveu-se um estudo, integrado no projeto de investigação “Qualidade e Segurança nos Cuidados de Saúde (QSCare)”, ESEP/CINTESIS@RISE, que pretendeu: caracterizar os papéis de liderança, analisar a associação entre os papéis de liderança identificados e as caraterísticas sociodemográficas e profissionais, caracterizar a segurança cirúrgica no bloco operatório, analisar a associação entre a segurança cirúrgica no bloco operatório e as caraterísticas sociodemográficas e profissionais e analisar a associação entre a segurança cirúrgica no bloco operatório e os papéis de liderança. Estudo quantitativo, correlacional e transversal, numa amostra de conveniência de 88 enfermeiros do contexto perioperatório, de um hospital da região Norte de Portugal. Aplicou-se um instrumento de recolha de dados, via online, para caracterização sociodemográfica e profissional, o Questionário de Liderança de Quinn (Parreira et al., 2006) e o Questionário de Segurança do Doente no Bloco Operatório - itens relativos à Área “Segurança Cirúrgica” (Mota, 2021). Dos principais resultados, relativamente aos papéis de liderança, evidenciou-se o papel “Diretor” com a média mais elevada e o “Inovador” com a média mais baixa. Os papéis de “Facilitador” e “Inovador” associaram-se à "Categoria profissional” e ao "Local onde exerce funções” respetivamente. Quanto à “Liderança total” esta foi percecionada moderadamente positiva, com valor médio superior a 4, em todos os papéis. No que concerne à Segurança Cirúrgica, o valor médio mais elevado identificou-se no item “A Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica (LVSC) é aplicada, pela equipa cirúrgica, aos doentes submetidos a procedimentos cirúrgicos incluindo aqueles com anestesia local” e o mais baixo no item “Os resultados das auditorias à utilização da LVSC são analisados em equipa”. A dimensão “Boas práticas” variou em função do “Título profissional”, “Local de trabalho”, “Categoria profissional” e “Duplo emprego”. Já a dimensão “Auditoria" variou em função das “Habilitações literárias”, “Título profissional” e “Categoria profissional”. No que toca à “Segurança cirúrgica total” pelo menos metade da amostra apresentou perceção de segurança de 3,81. Os resultados corroboram os autores que defendem que os enfermeiros em contexto perioperatório têm um nível moderado de perceção do exercício da liderança, apontando para a necessidade de promover o desenvolvimento de diferentes papéis de liderança exercidos por enfermeiros gestores. Fica demonstrado que existe predomínio dos papéis de “Diretor”, “Produtor” e ”Mentor” com foco na produtividade, no controlo e orientados para resultados. No que toca à “Segurança Cirúrgica,” os resultados estão alinhados com estudos anteriores revelando a importância do preenchimento da LVSC e da partilha das auditorias com a equipa. Em conclusão, as caraterísticas de liderança e da segurança cirúrgica identificadas, na amostra de enfermeiros perioperatórios estudada, revelam que existe espaço para a reflexão e para o desenvolvimento de competências neste contexto. O investimento nestas dimensões contribuirá, certamente, para a melhoria contínua da qualidade e da segurança dos cuidados prestados. |
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