Na origem do mau – trato: Estudo exploratório sobre a transmissão intergeracional de tipologias de maus-tratos à criança

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Main Author: Oliveira, Raquel Lara Velez
Publication Date: 2009
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.12/3996
Summary: A forma como os maus-tratos à criança são vistos e abordados tem-se modificado ao longo dos tempos, actualmente são um fenómeno de grande importância e divulgação social, sendo alvo de muitas investigações e de acções de protecção. Após revisão da literatura científica sobre o tema, surgiu o problema de investigação que está na base do desenvolvimento deste trabalho: será que, nos casos em que há transmissão intergeracional dos maus-tratos, ocorre também transmissão da tipologia de agressão? Para o desenvolvimento desta investigação optou-se pela realização de um estudo exploratório, utilizando como instrumento de recolha uma entrevista semi-estruturada, elaborada concretamente para este estudo, e como instrumento de análise a análise de conteúdo. O corpus foi obtido através de entrevistas realizadas a oito participantes, que foram identificados como pais maltratantes e vítimas de maus-tratos na sua própria infância, sendo estas posteriormente transcritas e submetidas a análise de conteúdo. Os resultados apontam para uma possível transmissão intergeracional dos maus-tratos, uma vez que esta ocorreu na maioria dos casos observados (oito de dez casos). Nota-se também uma diferença entre os sujeitos que infligem maus-tratos físicos e os que são negligentes, na medida em que, de uma forma geral, além dos maus-tratos físicos serem transmitidos e a negligência não, ocorrem diferenças entre as características do ambiente familiar, das relações extra-familiares estabelecidas e do autoreconhecimento enquanto agressores. Observou-se, ainda, uma relação entre a desculpabilização do agressor e a auto-culpabilização pelos maus-tratos sofridos, e entre o reconhecimento do agressor como figura de identificação e o auto-reconhecimento como agressor.
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