Estudo do interactoma da proteína MOB1 de Toxoplasma gondii usando ferramentas bioinformáticas e tecnologia BioID

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Delgado, I. L.
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Tavares, A., Francisco, S., Santos, D., Zúquete, S., Leitão, A., Soares, Helena, Nolasco, Sofia
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.21/11839
Resumo: O protozoário Toxoplasma gondii é um parasita intracelular obrigatório pertencente ao filo Apicomplexa, único pela sua capacidade de infetar qualquer vertebrado. As cinases MOB integram o módulo nuclear da Hippo (humano) e da mitotic exit network (levedura), vias sinalizadoras reguladoras de citocinese, proliferação celular e apoptose, em eucariotas. Através de BLAST, identificámos uma proteína MOB1 em T. gondii. Combinando as bases de dados STRING e ToxoDB.org e a tecnologia BLAST, identificámos como prováveis interactores da proteína MOB1 em T. gondii: 6 proteínas homólogas de membros nucleares das vias Hippo/MEN (YAP, TAZ, LATS/Dbf2, MST/Cdc15, Tem1, Nud1) e 7 proteínas relacionadas com sinalização celular (cinases e ativadores de GTPase). Esta rede de proteínas constitui uma base de trabalho para a caracterização dos mecanismos reguladores do ciclo celular de T. gondii. Para identificar experimentalmente interactores da MOB1, utilizámos a técnica BioID. Consiste na expressão da proteína de interesse em fusão com BirA que irá biotinilar proteínas na sua proximidade. Construímos duas estirpes transgénicas de T. gondii a sobrexpressar as proteínas de fusão Myc-BirA (controlo) e Myc-MOB1-BirA (teste). Isolámos as proteínas biotiniladas por imunoprecipitação com streptavidina e a sua identificação foi feita por espectrometria de massa. Detetámos 3 proteínas ainda não caracterizadas em T. gondii: 2 proteínas transmembranares e uma proteína com domínios funcionais relacionados com a manutenção estrutural de cromossomas. Apesar destas proteínas não terem sido identificadas pelos métodos bioinformáticos, já foram descritas, em outros organismos, proteínas MOB no centrossoma/corpo polar do fuso, cinetocóros e fuso acromático. Os resultados bioinformáticos indicam que as vias sinalizadoras Hippo/mitotic exit network poderão ser ativas em T. gondii, apoiando o provável papel de MOB1 na replicação de T. gondii. Porém, os resultados experimentais, embora preliminares, sugerem que neste parasita estas proteínas poderão ter papéis ainda não descritos em outros organismos. Estão em curso experiências adicionais para testar estes candidatos a interactores da MOB1.
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