Le rire dans Notre-Dame de Paris de Hugo
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Publication Date: | 2003 |
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.2/1561 |
Summary: | O riso, fenómeno duplo em Victor Hugo, expressão de um eu romântico dilacerado entre a luz e as trevas é considerado, na sua época, tanto uma manifestação do Bem quanto uma manifestação do Mal. O riso luminoso pode tornar-se riso negro, o riso satânico de que fala nomeadamente Baudelaire. Este fenómeno do riso em Victor Hugo que culminará com o Homem que ri numa monstruosa caricatura do riso associada à dor, está igualmente presente em Notre- -Dame de Paris, romance cuja acção se situa no fim da Idade Média. Observaremos no decurso desta comunicação as manifestações do riso e das suas formas derivadas negativas (risos de escárnio, rictos) e positivos (sorrisos) no romance de Hugo. A missa dos Loucos, evocada desde a primeira página, naquele dia dos Reis de 1482 é o suporte de um riso primitivo devastador que perturba a ordem social. É o riso cruel da multidão em grande alegria que se alimenta de disformidades e monstruosidades no quinto capítulo da primeira parte de Notre Dame de Paris com a eleição de Quasimodo à dignidade de Papa dos loucos. O romance encerra estruturalmente sob uma forma aviltada do riso, o do arcediago Frollo com o seu «riso de demónio, um riso que só é possível quando já não se é homem», assistindo à execução de Esmeralda do alto das torres da catedral. |
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Le rire dans Notre-Dame de Paris de HugoLiteratura francesaIdade MédiaRisoHugo, Victor, 1802-1885O riso, fenómeno duplo em Victor Hugo, expressão de um eu romântico dilacerado entre a luz e as trevas é considerado, na sua época, tanto uma manifestação do Bem quanto uma manifestação do Mal. O riso luminoso pode tornar-se riso negro, o riso satânico de que fala nomeadamente Baudelaire. Este fenómeno do riso em Victor Hugo que culminará com o Homem que ri numa monstruosa caricatura do riso associada à dor, está igualmente presente em Notre- -Dame de Paris, romance cuja acção se situa no fim da Idade Média. Observaremos no decurso desta comunicação as manifestações do riso e das suas formas derivadas negativas (risos de escárnio, rictos) e positivos (sorrisos) no romance de Hugo. A missa dos Loucos, evocada desde a primeira página, naquele dia dos Reis de 1482 é o suporte de um riso primitivo devastador que perturba a ordem social. É o riso cruel da multidão em grande alegria que se alimenta de disformidades e monstruosidades no quinto capítulo da primeira parte de Notre Dame de Paris com a eleição de Quasimodo à dignidade de Papa dos loucos. O romance encerra estruturalmente sob uma forma aviltada do riso, o do arcediago Frollo com o seu «riso de demónio, um riso que só é possível quando já não se é homem», assistindo à execução de Esmeralda do alto das torres da catedral.Universidade AbertaRepositório AbertoGonçalves, Luís Carlos Pimenta2010-08-05T11:10:26Z20032003-01-01T00:00:00Zconference objectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.2/1561fra972-674-431-8info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-02-26T09:58:34Zoai:repositorioaberto.uab.pt:10400.2/1561Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T21:14:05.452349Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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O riso, fenómeno duplo em Victor Hugo, expressão de um eu romântico dilacerado entre a luz e as trevas é considerado, na sua época, tanto uma manifestação do Bem quanto uma manifestação do Mal. O riso luminoso pode tornar-se riso negro, o riso satânico de que fala nomeadamente Baudelaire. Este fenómeno do riso em Victor Hugo que culminará com o Homem que ri numa monstruosa caricatura do riso associada à dor, está igualmente presente em Notre- -Dame de Paris, romance cuja acção se situa no fim da Idade Média. Observaremos no decurso desta comunicação as manifestações do riso e das suas formas derivadas negativas (risos de escárnio, rictos) e positivos (sorrisos) no romance de Hugo. A missa dos Loucos, evocada desde a primeira página, naquele dia dos Reis de 1482 é o suporte de um riso primitivo devastador que perturba a ordem social. É o riso cruel da multidão em grande alegria que se alimenta de disformidades e monstruosidades no quinto capítulo da primeira parte de Notre Dame de Paris com a eleição de Quasimodo à dignidade de Papa dos loucos. O romance encerra estruturalmente sob uma forma aviltada do riso, o do arcediago Frollo com o seu «riso de demónio, um riso que só é possível quando já não se é homem», assistindo à execução de Esmeralda do alto das torres da catedral. |
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