Efeito do método de extração no perfil fenólico e na atividade antioxidante de extratos de casca de marmelo
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Publication Date: | 2022 |
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Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10198/27700 |
Summary: | O marmelo é o fruto de uma pequena árvore decídua (Cydonia oblonga Mill.) nativa do Cáucaso e cultivada em vários países, incluindo Portugal. Devido ao seu sabor amargo e adstringente, o marmelo é geralmente processado em produtos alimentares açucarados, tais como a marmelada, um doce típico português. Durante a confeção deste alimento, a casca deste fruto é frequentemente descartada como subproduto. Apesar disso, estudos anteriores apontaram que a casca do marmelo possui compostos bioativos com efeitos promotores de saúde, bem como propriedades bioativas [1]. Assim, este trabalho teve como objetivo comparar o perfil fenólico e a atividade antioxidante in vitro de extratos de casca de marmelo obtidos por maceração dinâmica hidroetanólica (1 h + 1 h de extração) e decocção (5 min de fervura + 5 min de repouso). Para isso, o rendimento de extração foi avaliado gravimetricamente e os compostos fenólicos detetados nos extratos foram caracterizados por HPLC-DAD-ESI/MSn [2]; a atividade antioxidante in vitro foi avaliada através do ensaio de inibição da formação de substâncias reativas aos ácido tiobarbitúrico (TBARS) e da hemólise oxidativa [2]. A análise cromatográfica permitiu identificar três classes de compostos fenólicos, nomeadamente ácidos fenólicos, flavonóis e flavan-3-óis. O conteúdo de compostos fenólicos foi de 4,70 mg/g no extrato hidroetanólico e de 4,27 mg/g no extrato aquoso. O extrato hidroetanólico foi mais eficaz em inibir a peroxidação lipídica e a hemólise oxidativa do que o extrato preparado por decocção, o que concordou com os maiores teores de flavan-3-óis. Embora os métodos de extração testados tenham empregue diferentes solventes, tempos de processamento e temperaturas, a maceração dinâmica hidroetanólica foi mais adequada para obter extratos com maiores teores de polifenóis e maior atividade antioxidante. Assim, os resultados evidenciaram que o método de extração afeta a extração de compostos fenólicos e, consequentemente, a atividade antioxidante. Desta forma, a casca do marmelo poderá ser reinserida na cadeia de valor através da sua reutilização em ingredientes naturais antioxidantes para alimentos e bebidas. |
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Efeito do método de extração no perfil fenólico e na atividade antioxidante de extratos de casca de marmeloMarmeloPerfil fenólicoResearch Subject Categories::TECHNOLOGY::Chemical engineering::Food technologyO marmelo é o fruto de uma pequena árvore decídua (Cydonia oblonga Mill.) nativa do Cáucaso e cultivada em vários países, incluindo Portugal. Devido ao seu sabor amargo e adstringente, o marmelo é geralmente processado em produtos alimentares açucarados, tais como a marmelada, um doce típico português. Durante a confeção deste alimento, a casca deste fruto é frequentemente descartada como subproduto. Apesar disso, estudos anteriores apontaram que a casca do marmelo possui compostos bioativos com efeitos promotores de saúde, bem como propriedades bioativas [1]. Assim, este trabalho teve como objetivo comparar o perfil fenólico e a atividade antioxidante in vitro de extratos de casca de marmelo obtidos por maceração dinâmica hidroetanólica (1 h + 1 h de extração) e decocção (5 min de fervura + 5 min de repouso). Para isso, o rendimento de extração foi avaliado gravimetricamente e os compostos fenólicos detetados nos extratos foram caracterizados por HPLC-DAD-ESI/MSn [2]; a atividade antioxidante in vitro foi avaliada através do ensaio de inibição da formação de substâncias reativas aos ácido tiobarbitúrico (TBARS) e da hemólise oxidativa [2]. A análise cromatográfica permitiu identificar três classes de compostos fenólicos, nomeadamente ácidos fenólicos, flavonóis e flavan-3-óis. O conteúdo de compostos fenólicos foi de 4,70 mg/g no extrato hidroetanólico e de 4,27 mg/g no extrato aquoso. O extrato hidroetanólico foi mais eficaz em inibir a peroxidação lipídica e a hemólise oxidativa do que o extrato preparado por decocção, o que concordou com os maiores teores de flavan-3-óis. Embora os métodos de extração testados tenham empregue diferentes solventes, tempos de processamento e temperaturas, a maceração dinâmica hidroetanólica foi mais adequada para obter extratos com maiores teores de polifenóis e maior atividade antioxidante. Assim, os resultados evidenciaram que o método de extração afeta a extração de compostos fenólicos e, consequentemente, a atividade antioxidante. Desta forma, a casca do marmelo poderá ser reinserida na cadeia de valor através da sua reutilização em ingredientes naturais antioxidantes para alimentos e bebidas.Os autores agradecem à Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT, Portugal) pelo apoio financeiro através dos fundos nacionais FCT/MCTES ao CIMO (UIDB/00690/2020 e UIDP/00690/2020) e SusTEC (LA/P/0007/2021) e à FCT pelos contratos de J. Pinela (CEECIND/01011/2018), M.I. Dias (CEEC Institucional) e L. Barros (CEEC Institucional) e pela bolsa de doutoramento de M. Añibarro-Ortega (2020.06297.BD). A. Pereira agradece a sua bolsa de investigação ao projeto POSEUR.Universidade de Santiago de CompostelaBiblioteca Digital do IPBPereira, AlexisOthman, SouhaAñibarro-Ortega, MikelDias, Maria InêsPinela, JoséBarros, Lillian2023-03-14T12:21:17Z20222022-01-01T00:00:00Zconference objectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/27700porPereira, Alexis; Othman, Souha; Añibarro-Ortega, Mikel; Dias, Maria Inês; Pinela, José; Barros, Lillian (2022). Efeito do método de extração no perfil fenólico e na atividade antioxidante de extratos de casca de marmelo. In XXVI Encontro Galego-Portugues de Química: Book of Abstracts. Santiago de Compostela978-84-09-45895-0info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-02-25T12:18:38Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/27700Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T11:46:08.810704Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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O marmelo é o fruto de uma pequena árvore decídua (Cydonia oblonga Mill.) nativa do Cáucaso e cultivada em vários países, incluindo Portugal. Devido ao seu sabor amargo e adstringente, o marmelo é geralmente processado em produtos alimentares açucarados, tais como a marmelada, um doce típico português. Durante a confeção deste alimento, a casca deste fruto é frequentemente descartada como subproduto. Apesar disso, estudos anteriores apontaram que a casca do marmelo possui compostos bioativos com efeitos promotores de saúde, bem como propriedades bioativas [1]. Assim, este trabalho teve como objetivo comparar o perfil fenólico e a atividade antioxidante in vitro de extratos de casca de marmelo obtidos por maceração dinâmica hidroetanólica (1 h + 1 h de extração) e decocção (5 min de fervura + 5 min de repouso). Para isso, o rendimento de extração foi avaliado gravimetricamente e os compostos fenólicos detetados nos extratos foram caracterizados por HPLC-DAD-ESI/MSn [2]; a atividade antioxidante in vitro foi avaliada através do ensaio de inibição da formação de substâncias reativas aos ácido tiobarbitúrico (TBARS) e da hemólise oxidativa [2]. A análise cromatográfica permitiu identificar três classes de compostos fenólicos, nomeadamente ácidos fenólicos, flavonóis e flavan-3-óis. O conteúdo de compostos fenólicos foi de 4,70 mg/g no extrato hidroetanólico e de 4,27 mg/g no extrato aquoso. O extrato hidroetanólico foi mais eficaz em inibir a peroxidação lipídica e a hemólise oxidativa do que o extrato preparado por decocção, o que concordou com os maiores teores de flavan-3-óis. Embora os métodos de extração testados tenham empregue diferentes solventes, tempos de processamento e temperaturas, a maceração dinâmica hidroetanólica foi mais adequada para obter extratos com maiores teores de polifenóis e maior atividade antioxidante. Assim, os resultados evidenciaram que o método de extração afeta a extração de compostos fenólicos e, consequentemente, a atividade antioxidante. Desta forma, a casca do marmelo poderá ser reinserida na cadeia de valor através da sua reutilização em ingredientes naturais antioxidantes para alimentos e bebidas. |
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