O brincar de crianças em idade pré-escolar com perturbação de espectro do autismo
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Publication Date: | 2018 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.21/9529 |
Summary: | As crianças com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) revelam dificuldades no desenvolvimento de competências relacionadas com o brincar, e, principalmente, brincar com os pares. Este estudo pretende caracterizar o modo como as crianças com PEA brincam; e comparar com os seus pares com Desenvolvimento Típico (DT). Neste estudo, de natureza qualitativa, participaram seis crianças entre 3 e 5 anos, três apresentam DT e três têm PEA, duas educadoras e seis mães. Realizaram-se 48 observações das crianças a brincarem no contexto educativo (interior e exterior), com e sem apresentação de um kit de brinquedos, durante as suas rotinas habituais, registando-se em vídeo. Estas observações foram analisadas recorrendo à análise de conteúdo, obtendo-se informações sobre os brinquedos utilizados e as interações estabelecidas. Utilizou-se também a escala Play Observation Scale (POS) para caracterizar as modalidades de brincadeira e comportamentos de não-brincadeira. Para complementar os dados, realizaram-se entrevistas semiestruturadas às mães e educadoras, a fim de conhecer as suas perceções acerca dos comportamentos de brincadeira das crianças. As crianças com PEA utilizaram brinquedos semelhantes aos pares, porém utilizaram-nos com frequência e, por vezes, propósitos distintos. As crianças com DT apresentaram maior frequência de interações com crianças, enquanto as crianças com PEA demonstraram mais interações com adultos. As crianças com PEA revelaram maior frequência de brincadeira solitária, relativamente às crianças com DT, assim como reduzida frequência de brincadeira em grupo. As brincadeiras funcionais, exploratórias e construtivas foram mais frequentes nas crianças com PEA, enquanto as brincadeiras dramáticas foram mais observadas nas crianças com DT. Verificou-se que as crianças com PEA, por vezes, repetem sucessivamente determinadas brincadeiras. Realça-se que as crianças com DT apresentaram mais comportamentos de não-brincadeira, principalmente interações positivas com outros, relativamente às crianças com PEA. Conclui-se que os comportamentos de brincadeira das crianças com PEA e com DT apresentam algumas características distintas. |
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