Síndroma de apneia obstrutiva do sono como causa de acidentes de viação

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Main Author: Aguiar,M
Publication Date: 2009
Other Authors: Valença,J, Felizardo,M, Caeiro,F, Moreira,S, Staats,R, Almeida,A A Bugalho de
Format: Article
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
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Summary: Vários estudos demonstram que os doentes com síndroma de apneia obstrutiva do sono (SAOS) têm um risco aumentado de acidentes de viação. O objectivo do presente trabalho consistiu em analisar, nestes doentes, se há diferenças nos que referem acidentes e/ /ou quase acidentes e aqueles que o não fazem. Material e métodos: Estudaram-se prospectivamente 163 doentes com SAOS (índice apneia/hipopneia (IAH)>10/h) diagnosticados por polissonografia nocturna (PSG), todos condutores de veículos, 18,4% do quais profissionais. Na altura da entrevista clínica foi inquirido se tinham tido, nos três anos antes acidentes e/ou quase acidentes devido a hipersonia diurna (Grupo II = 74) ou não (Grupo I = 89). Estes dois grupos foram comparados quanto a: idade, índice de massa corporal (IMC), escala de sonolência de Epworth (ESE), PaO2 e PaCO2 diurnas, avaliação da qualidade de vida pelo inquérito Functional Outcomes of Sleep Questionnaire (FOSQ teste) e dados da polissonografia - tempo total de sono (TTS), eficiência do sono, estádios do sono, índice de microdespertares (IMD), índice de apneia/hipopneia (IAH), SaO2 mínima e média, % tempo SaO2<90% (T90), índice de dessaturação (IDS), tempo total em apneia/hipopneia (TTOT) (teste t de Student). Resultados: (Grupo I / Grupo II) idade (anos) - 57,6±11,8 / 54,7±10,9 (ns); sexo masculino - 75%/ /78,4%; ESE - 12,3±5,4 / 17,6±4,3 (p<0,001); IMC (kg/m²) - 36,2±8,1 / 35,6±6,3 (ns); PaO2 (mmHg) - 76,1±11,4 / 78,5±12,6 (ns); PaCO2 (mmHg) - 42,6±5,1 / 42,2±4,7 (ns); FOSQ test - 15,1±3,1/ /12,9±3,4 (p<0,001). Dos dados da PSG só se encontraram diferenças no IAH - 45,0±21,6 / 56,2±29.7 (p=0,01) e no TTOT (minutos) - 98,5±63,7 / 133,3±83,2 (p=0,005). Conclusões: Nesta experiência, os doentes com acidentes e/ou quase acidentes tinham uma SAOS mais grave, nomeadamente com maiores IAH e hipersonia diurna, e menor qualidade de vida.
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