Práticas de enfermagem forense : conhecimentos em estudantes de enfermagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Libório, Rui Pedro Gonçalves
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Nunes, Maria Madalena Jesus Cunha, orient.
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/2193
Resumo: Enquadramento: A ciência da enfermagem forense combina a abordagem clínica à pessoa vítima de violência com a investigação relativa à procura de vestígios dessa situação. O enfermeiro está numa posição única para identificar, avaliar e cuidar das vítimas e para fomentar a preservação, recolha e documentação de vestígios com relevância médico-legal. Desta forma, torna-se imperioso dotar os estudantes de enfermagem, na qualidade de futuros enfermeiros, de conhecimentos sobre os princípios das ciências forenses, de modo a promover a sua aplicação na prática clínica de enfermagem, assegurando o respeito pelos direitos das vítimas e contribuindo para a aplicação da justiça. Objetivos: Avaliar o nível de conhecimentos sobre práticas de enfermagem forense em estudantes de enfermagem; Descrever a relação das variáveis sociodemográficas, académicas e da formação em enfermagem forense com o nível de conhecimentos. Métodos: O estudo transversal, de natureza descritiva foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 190 estudantes do curso de licenciatura em enfermagem, 78.9% do sexo feminino, 49.5% do 3º ano e 50.5% do 4º, com uma média de idades de 22.44 anos. O conteúdo do Questionário de Conhecimentos sobre Práticas de Enfermagem Forense - QCPEF (Cunha & Libório, 2012) foi construído com base na revisão da literatura e sujeito à apreciação de um juiz externo perito na área. Resultados: A maioria dos estudantes pontuou com conhecimentos de nível bom (40%), sobretudo o sexo feminino (42.7%), os de 4º ano (49%), os detentores de formação curricular (55.5%) e aqueles com formação extracurricular (62.7%) na área. O conhecimento de nível insuficiente verificou-se em 36.3% dos estudantes e o suficiente em 23.7%. O ano do curso, a frequência de formação curricular e de formação extracurricular na área influenciam o nível de conhecimentos. Verificou-se défice de conhecimentos sobre: aspetos práticos da preservação de vestígios (uso de sacos de papel); prestação de cuidados aos agressores como um dos focos da enfermagem forense; os traumatismos e o acidente de viação poderem corresponder a casos forenses; a possibilidade de vidros, tintas e fezes constituírem vestígios forenses. A maioria dos inquiridos não experienciou situações de colheita e preservação de vestígios, não contactou com protocolos médico-legais, não realizou trabalhos nem detém formação curricular ou extracurricular na área. Conclusão: As evidências encontradas realçam a necessidade de se investir na formação e sensibilização dos estudantes sobre a importância das práticas de enfermagem forense, sobretudo quanto aos aspetos em que revelaram défice de conhecimentos, capacitando-os para a adoção de boas práticas. Esta pesquisa iniciou o estudo psicométrico do QCPEF, porém, recomenda-se a realização de outras investigações a fim de prosseguir a validação. Palavras-chave: Estudantes de enfermagem; Conhecimentos; Enfermagem Forense.
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