A hidrodinâmica e o transporte sedimentar no estuário do Rio Mondego

• Autor(a) principal: Duarte, Duarte
• Data de Publicação: 2008
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/813
• topic: Teses; Geologia marinha; Estuários; Sedinentos; Transporte

Esta dissertação teve por principal objectivo o estudo da hidrodinâmica e do transporte sedimentar de fundo no estuário do Mondego, através da caracterização dos processos de mistura, estratificação e da circulação nos principais canais do estuário. Avaliaram-se os impactes das obras de regularização do braço norte. A fisiografia regularizada do braço norte facilitou a circulação dos escoamentos fluviais ao longo do canal principal, e favoreceu a entrada da maré para o interior do estuário em resultado da redução significativa do atrito de fundo deste canal, que por sua vez se traduziu numa entrada de sedimentos marinhos localizados no seu sector distal. A propagação da maré no canal principal foi definida por um domínio da enchente, com um comportamento hipo-síncrono, estacionário com uma pequena componente progressiva. Aquando de maiores caudais do Mondego, passou a definir um domínio de vazante e uma distorção estacionária+progressiva+fluvial. No braço sul apresentou-se praticamente estacionária e foi caracterizada por uma ligeira tendência evolutiva de domínio de vazante e por um comportamento hipso-síncrono. Nos regimes bem misturados e dominados pela maré, a resultante do transporte sedimentar de fundo tendeu a fazer-se para dentro do estuário, enquanto nos quadros muito estratificados processou-se inversamente.