Modelo de um curso de liderança militar para Sargentos e Praças da Armada

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Main Author: Silva, Miguel
Publication Date: 1995
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.12/942
Summary: Esta dissertação visa propôr um Modelo de um curso de Liderança Militar para uma Instituição como a Marinha de Guerra Portuguesa, bem como a condução da validação interna e externa do curso. Paralelamente à validação do curso foram efectuados estudos exploratórios de investigação, referentes aos efeitos dos factores situacionais nos estilos de liderança adoptados pelos Sargentos e Praças da Armada. A população em estudo compreende Sargentos Ajudantes da Marinha de Guerra Portuguesa a frequentarem o Curso de Promoção de Sargento Chefe, 1º/2° Sagentos e Cabos da Marinha de Guerra Portuguesa com perspectivas lógicas de frequentarem o Curso de Formação de Sargentos. Em cada estudo da presente dissertação utilizaram-se diversos testes estatísticos, sendo a análise de dados objecto de tratamento pelo SPSS (Statistical Package for Social Science). No estudo referente à validação interna do curso efectuou-se uma análise de variância com o objectivo de verificar a existência de uma relação entre a média e os vários cursos efectuados, conduzindo-se também um teste "t" de Student, com o fim de determinar se as médias de duas amostras não relacionadas diferem. A média dos testes efectuados por cada formando apresenta uma distribuição normal, centrando-se em 14,72 valores, existindo diferenças entre as médias dos vários cursos (p=0.0007<0.05), no entanto tal diferença não se deve ao facto de a média ter sido apreciada por diferentes formadores (t=-1.67, p=0.096>0.05,NS), mas sim, em virtude de diferenças dos vários grupos, nomeadamente no nível de habilitações profissionais dos formandos dos vários cursos. Este curso foi muito bem aceite por todos os que o frequentaram, tendo todos eles, sem excepção, manifestado uma opinião entre o Bom e o Excelente, de acordo com os resultados registados no questionário de opinião, verificando-se também aqui, algumas diferenças significativas entre as frequências de opinião manifestadas. O estudo exploratório de pesquisa do estilo de liderança situacional percepcionado por cada formando enquanto líder, indica-nos a escolha como estilo dominante o estilo S2 (Negociativo) - escolhido por 64% da população -, sobresaindo como estilo dominante/ estilo de apoio os estilos S2/S3 (Negociativo/Participativo) - correspondendo a 54% da população. Os estilos de liderança são eficazmente empregues - cerca de 51% da população, e não existem diferenças significativas entre os vários cursos na frequência de escolha do estilo dominante. Existe uma forte interrelação entre os quatro estilos de liderança, explicável pela flexibilidade necessária que o lider terá de desenvolver, de forma a utilizar cada um dos quatros estilos, de acordo com a situação que se lhe deparar. Em relação ao método utilizado no estudo das atitudes e comportamentos enquanto líderes, optou-se pela condução de uma análise factorial, cuja solução nos forneceu três factores (factor social, factor tarefa, e factor comunicação/confiança), responsáveis por 58,5% da variância explicada. A consistência interna deste estudo indica um Alpha de Cronbach=0.9023, indicando que o estudo tem fidelidade interna. Como resultado dos dados observados, verifica-se que a maioria da população está direccionada para um comportamento de relacionamento, em detrimento de um comportamento para a tarefa. Não existem diferenças significativas entre os vários cursos tendo por base os novos factores determinados. O estudo referente às necessidades e motivações da população em estudo, baseou-se também na condução de uma análise factorial, também ela responsável pelo aparecimento de três factores (factor higiénico, factor afiliativo, e factor vida pessoal), responsáveis por 62,7% da variância acumulada., conseguindo-se um nível de consistência interna - Alpha=0.8791. Assim, a população em estudo deverá ver satisfeita as necessidades higiénicas, nomeadamente as ligadas às condições de trabalho, por forma a poder ser motivada quer através de elementos afiliativos, quer através de factores ligados à vida pessoal. O estudo sobre as capacidades e competências de um lider foi conduzido tendo por base o método da análise factorial por correspondência, bem como a análise de conteúdo de entrevistas gravadas. De entre os resultados saliente-se que: A Chefia Actual da Armada age de uma forma inteligente; a Chefia Ideal da Armada e o subordinado ideal deveriam ser honestos, os melhores chefes, camaradas e subordinados são experientes e tolerantes; o chefe ideal e o próprio entendem-se como leais e humanos. Indica-se como sugestão, o modelo das organizações do Século XXI, bem como os níveis de intervenção a que essas organizações estarão sujeitas.
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No estudo referente à validação interna do curso efectuou-se uma análise de variância com o objectivo de verificar a existência de uma relação entre a média e os vários cursos efectuados, conduzindo-se também um teste "t" de Student, com o fim de determinar se as médias de duas amostras não relacionadas diferem. A média dos testes efectuados por cada formando apresenta uma distribuição normal, centrando-se em 14,72 valores, existindo diferenças entre as médias dos vários cursos (p=0.0007<0.05), no entanto tal diferença não se deve ao facto de a média ter sido apreciada por diferentes formadores (t=-1.67, p=0.096>0.05,NS), mas sim, em virtude de diferenças dos vários grupos, nomeadamente no nível de habilitações profissionais dos formandos dos vários cursos. Este curso foi muito bem aceite por todos os que o frequentaram, tendo todos eles, sem excepção, manifestado uma opinião entre o Bom e o Excelente, de acordo com os resultados registados no questionário de opinião, verificando-se também aqui, algumas diferenças significativas entre as frequências de opinião manifestadas. O estudo exploratório de pesquisa do estilo de liderança situacional percepcionado por cada formando enquanto líder, indica-nos a escolha como estilo dominante o estilo S2 (Negociativo) - escolhido por 64% da população -, sobresaindo como estilo dominante/ estilo de apoio os estilos S2/S3 (Negociativo/Participativo) - correspondendo a 54% da população. Os estilos de liderança são eficazmente empregues - cerca de 51% da população, e não existem diferenças significativas entre os vários cursos na frequência de escolha do estilo dominante. Existe uma forte interrelação entre os quatro estilos de liderança, explicável pela flexibilidade necessária que o lider terá de desenvolver, de forma a utilizar cada um dos quatros estilos, de acordo com a situação que se lhe deparar. Em relação ao método utilizado no estudo das atitudes e comportamentos enquanto líderes, optou-se pela condução de uma análise factorial, cuja solução nos forneceu três factores (factor social, factor tarefa, e factor comunicação/confiança), responsáveis por 58,5% da variância explicada. A consistência interna deste estudo indica um Alpha de Cronbach=0.9023, indicando que o estudo tem fidelidade interna. Como resultado dos dados observados, verifica-se que a maioria da população está direccionada para um comportamento de relacionamento, em detrimento de um comportamento para a tarefa. Não existem diferenças significativas entre os vários cursos tendo por base os novos factores determinados. O estudo referente às necessidades e motivações da população em estudo, baseou-se também na condução de uma análise factorial, também ela responsável pelo aparecimento de três factores (factor higiénico, factor afiliativo, e factor vida pessoal), responsáveis por 62,7% da variância acumulada., conseguindo-se um nível de consistência interna - Alpha=0.8791. Assim, a população em estudo deverá ver satisfeita as necessidades higiénicas, nomeadamente as ligadas às condições de trabalho, por forma a poder ser motivada quer através de elementos afiliativos, quer através de factores ligados à vida pessoal. O estudo sobre as capacidades e competências de um lider foi conduzido tendo por base o método da análise factorial por correspondência, bem como a análise de conteúdo de entrevistas gravadas. De entre os resultados saliente-se que: A Chefia Actual da Armada age de uma forma inteligente; a Chefia Ideal da Armada e o subordinado ideal deveriam ser honestos, os melhores chefes, camaradas e subordinados são experientes e tolerantes; o chefe ideal e o próprio entendem-se como leais e humanos. Indica-se como sugestão, o modelo das organizações do Século XXI, bem como os níveis de intervenção a que essas organizações estarão sujeitas.Instituto Superior de Psicologia AplicadaJesuíno, Jorge CorreiaRepositório do ISPASilva, Miguel2011-09-30T19:39:58Z19951995-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/942porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-07T15:05:04Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/942Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T01:08:22.282884Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
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