Propagação in vitro de Cipreste-do-Buçaco (Cupressus lusitanica Mill.)
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Publication Date: | 2022 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.26/44962 |
Summary: | O objetivo do presente trabalho foi adaptar procedimentos para o estabelecimento, multiplicação, enraizamento e aclimatização da espécie Cupressus lusitanica Mill. Assim, testaram-se tempos de desinfeção e meios de cultura para o estabelecimento da espécie; avaliou-se a capacidade de multiplicação e alongamento in vitro, recorrendo a diferentes concentrações de sacarose e diferentes citocininas, em meio de cultura semissólido; testou-se a utilização de biorreatores de imersão temporária; e avaliou-se a capacidade rizogénica, tanto in vitro como ex vitro.Desta forma, utilizaram-se plantas existentes na coleção do CBPBI. Fez-se o estabelecimento de rebentos de C. lusitanica, em que se testaram três tempos diferentes de desinfeção (10, 15 e 30 minutos) e duas concentrações diferentes de hipoclorito de sódio (NaClO) (1:3 e 1:4), assim como dois meios de cultura diferentes, MS e DKW. A fase de multiplicação contou com dois ensaios diferentes em meio semissólido e um ensaio em meio líquido, com biorreatores de imersão temporária. Para o meio de cultura semissólido fez-se um ensaio em que se testaram 3 concentrações de sacarose: 10 g/L, 20 g/L e 30 g/L; e o outro, em que foram testadas 3 citocininas (2iP, BAP e KIN) com concentrações diferentes: 0,5 mg/L, 1 mg/L e 2 mg/L. O ensaio de biorreatores pretendeu testar diferentes intervalos de imersão, assim como a duração da imersão. Efetuou-se um ensaio de enraizamento in vitro e outro ex vitro. No ensaio in vitro, foram testadas diferentes concentrações de IBA: 1 mg/L, 3 mg/L e 5 mg/L; e no ensaio ex vitro, testaram-se dois substratos diferentes (jiffys e turfa com perlite) e duas condições dos rebentos: com agulhas na base e com remoção das agulhas na base.Os resultados mostraram que a espécie C. lusitanica apresentou uma taxa de infeção de 0%, nos rebentos que estiveram sujeitos a 10 minutos de desinfeção, com a concentração de NaClO de 1:3, em meio de cultura DKW. Para o parâmetro do comprimento dos rebentos maiores, o melhor resultado apresentou-se nas mesmas condições de teste, com o valor médio de 2,5 cm. No entanto, a taxa de multiplicação foi mais elevada quando os rebentos estiveram sujeitos a 10 minutos em NaClO, com uma concentração de 1:4, em meio MS. Relativamente aos ensaios de multiplicação, verificou-se que os rebentos que estiveram em meio com 20 g/L de sacarose obtiveram uma taxa de multiplicação mais elevada, assim como um maior comprimento. No ensaio de concentração de citocininas, os rebentos que estiveram sujeitos a 1 mg/L de 2iP, foram os que apresentaram maior taxa de multiplicação e rebentos maiores. O ensaio de biorreatores de imersão temporária não obteve resultados fidedignos, devido a falhas técnicas no sistema informático de controlo do programa de imersão. Quanto ao ensaio de enraizamento in vitro, os resultados não foram considerados favoráveis, uma vez que em todas as concentrações a percentagem de enraizamento foi inferior a 10%. O ensaio ex vitro teve como melhores resultados os rebentos que estiveram em jiffys, com a remoção das agulhas, contando com cerca de 73% de plântulas enraizadas. |
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O objetivo do presente trabalho foi adaptar procedimentos para o estabelecimento, multiplicação, enraizamento e aclimatização da espécie Cupressus lusitanica Mill. Assim, testaram-se tempos de desinfeção e meios de cultura para o estabelecimento da espécie; avaliou-se a capacidade de multiplicação e alongamento in vitro, recorrendo a diferentes concentrações de sacarose e diferentes citocininas, em meio de cultura semissólido; testou-se a utilização de biorreatores de imersão temporária; e avaliou-se a capacidade rizogénica, tanto in vitro como ex vitro.Desta forma, utilizaram-se plantas existentes na coleção do CBPBI. Fez-se o estabelecimento de rebentos de C. lusitanica, em que se testaram três tempos diferentes de desinfeção (10, 15 e 30 minutos) e duas concentrações diferentes de hipoclorito de sódio (NaClO) (1:3 e 1:4), assim como dois meios de cultura diferentes, MS e DKW. A fase de multiplicação contou com dois ensaios diferentes em meio semissólido e um ensaio em meio líquido, com biorreatores de imersão temporária. Para o meio de cultura semissólido fez-se um ensaio em que se testaram 3 concentrações de sacarose: 10 g/L, 20 g/L e 30 g/L; e o outro, em que foram testadas 3 citocininas (2iP, BAP e KIN) com concentrações diferentes: 0,5 mg/L, 1 mg/L e 2 mg/L. O ensaio de biorreatores pretendeu testar diferentes intervalos de imersão, assim como a duração da imersão. Efetuou-se um ensaio de enraizamento in vitro e outro ex vitro. No ensaio in vitro, foram testadas diferentes concentrações de IBA: 1 mg/L, 3 mg/L e 5 mg/L; e no ensaio ex vitro, testaram-se dois substratos diferentes (jiffys e turfa com perlite) e duas condições dos rebentos: com agulhas na base e com remoção das agulhas na base.Os resultados mostraram que a espécie C. lusitanica apresentou uma taxa de infeção de 0%, nos rebentos que estiveram sujeitos a 10 minutos de desinfeção, com a concentração de NaClO de 1:3, em meio de cultura DKW. Para o parâmetro do comprimento dos rebentos maiores, o melhor resultado apresentou-se nas mesmas condições de teste, com o valor médio de 2,5 cm. No entanto, a taxa de multiplicação foi mais elevada quando os rebentos estiveram sujeitos a 10 minutos em NaClO, com uma concentração de 1:4, em meio MS. Relativamente aos ensaios de multiplicação, verificou-se que os rebentos que estiveram em meio com 20 g/L de sacarose obtiveram uma taxa de multiplicação mais elevada, assim como um maior comprimento. No ensaio de concentração de citocininas, os rebentos que estiveram sujeitos a 1 mg/L de 2iP, foram os que apresentaram maior taxa de multiplicação e rebentos maiores. O ensaio de biorreatores de imersão temporária não obteve resultados fidedignos, devido a falhas técnicas no sistema informático de controlo do programa de imersão. Quanto ao ensaio de enraizamento in vitro, os resultados não foram considerados favoráveis, uma vez que em todas as concentrações a percentagem de enraizamento foi inferior a 10%. O ensaio ex vitro teve como melhores resultados os rebentos que estiveram em jiffys, com a remoção das agulhas, contando com cerca de 73% de plântulas enraizadas. |
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