Precauções básicas do controlo da infeção: Contributos para a melhoria das práticas em contexto pré-hospitalar

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Main Author: Gomes, José António Pereira
Publication Date: 2021
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.26/39362
Summary: Os cuidados de saúde em ambiente pré-hospitalar devem cumprir as recomendações baseadas em evidência, impondo-se a necessidade de implementar uma prática segura que minimize a transmissão de agentes infeciosos para os doentes ou para o próprio prestador de cuidados. As precauções básicas do controlo da infeção são medidas fundamentais para prevenir a transmissão de agentes potencialmente infeciosos, a aplicar em todas as situações de cuidados de saúde, nomeadamente no pré-hospitalar. O estudo tem como finalidade analisar os aspetos organizacionais do contexto pré-hospitalar e avaliar os conhecimentos dos profissionais de saúde (bombeiros, técnicos de emergência do pré-hospitalar, médicos e enfermeiros) no âmbito das precauções básicas do controlo da infeção e das medidas de isolamento. Trata-se de um estudo do tipo observacional, descritivo, correlacional e transversal, com uma amostra de 317 profissionais, de ambos os sexos e média de idade de 37.9 (DP=7.04), que exercem funções em Portugal Continental. O instrumento de colheita de dados foi construído especificamente para este estudo, com base na revisão da literatura e inclui três domínios: caraterização sociodemográfica e profissional, organização do serviço no âmbito do controlo de infeção, conhecimentos relacionados com as precauções básicas do controlo da infeção e as medidas de isolamento. Os resultados revelaram, a nível organizacional, fatores favoráveis ao controlo de infeção, nomeadamente, estratégias de sensibilização para a higiene das mãos e etiqueta respiratória, assim como disponibilidade de equipamento de proteção individual e de solução antissética de base alcoólica, embora com margem para melhoria na organização dos profissionais dedicados ao controlo de infeção. Em termos formativos a maioria dos participantes teve formação em controlo de infeção nos últimos cinco anos, no entanto, essa formação não se espelha nos conhecimentos demonstrados. Os resultados revelaram que os participantes detêm um conhecimento globalmente suficiente em relação às precauções básicas, com um valor médio de 10,3 (DP=1.88), para um total de 15 questões, traduzindo 68.86% de respostas corretas, contudo, o conhecimento foi insuficiente em relação às medidas de isolamento, com um valor médio de 3.1 (DP=1.96), para um total de oito questões, e uma percentagem de apenas 38,75% de respostas corretas. Foi ainda estudada a associação entre variáveis com resultados estatisticamente pouco significativos. As necessidades formativas identificadas pelos participantes vão ao encontro dos défices de conhecimentos revelados. Os resultados obtidos apontam áreas formativas emergentes no âmbito dos conhecimentos referentes às precauções básicas e às medidas de isolamento, e traduzem a necessidade de implementar um plano de formação abrangente, incluindo todos os grupos profissionais com o intuito de melhorar os conhecimentos e facilitar a sua translação para a prática clínica. Futuramente será oportuno a realização de mais estudos que incluam também auditorias às práticas, para facilitar uma compreensão mais completa das necessidades formativas.
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