Parentalidade na adolescência: o contributo da culpa e da autocompaixão
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Publication Date: | 2024 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10773/42834 |
Summary: | A parentalidade na adolescência reveste-se de particular importância, sendo uma fase em que pais/mães e filhos/as procuram gerir complexidades e exigências específicas. Tal pode aumentar a sintomatologia psicológica de pais e mães, particularmente quando sentimentos de vergonha e culpa estão associados ao ato de cuidar; pelo contrário a autocompaixão pode mitigar essa sintomatologia. Assim, este estudo investigou a relação entre autocompaixão e os sintomas psicológicos, como a depressão, a ansiedade e o stress, além de explorar se essa relação é mediada pelos níveis de culpa e vergonha dos cuidadores. A amostra incluiu 257 participantes (84.5% mulheres), com idades entre 24 e 65 anos (M = 46.72, DP = 5.72). Os instrumentos utilizados incluíram a Escala da Autocompaixão (SELFCS), a Escala de Vergonha e Culpa no Cuidar (EVECC) e a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21). A análise dos dados foi realizada através de Modelos de Equações Estruturais, examinando dois modelos de mediação. Os resultados do presente estudo indicaram que a autocompaixão mostrou efeitos diretos na vergonha, culpa e sintomatologia psicológica (depressão, ansiedade e stress), além de efeitos indiretos via vergonha na depressão e ansiedade, e via culpa no stress. A dimensão do Mindfulness teve um efeito direto na depressão e ansiedade, a Autocrítica influenciou diretamente todos os indicadores de sintomatologia psicológica e o Isolamento apresentou efeitos diretos na depressão, e indiretos via culpa no stress e via vergonha na depressão e ansiedade. Por fim, a Sobreidentificação teve um efeito direto no stress. Estas evidências sugerem que promover a autocompaixão pode reduzir a sintomatologia psicológica, melhorar o bem-estar parental e criar um ambiente de desenvolvimento mais positivo para os adolescentes. |
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A parentalidade na adolescência reveste-se de particular importância, sendo uma fase em que pais/mães e filhos/as procuram gerir complexidades e exigências específicas. Tal pode aumentar a sintomatologia psicológica de pais e mães, particularmente quando sentimentos de vergonha e culpa estão associados ao ato de cuidar; pelo contrário a autocompaixão pode mitigar essa sintomatologia. Assim, este estudo investigou a relação entre autocompaixão e os sintomas psicológicos, como a depressão, a ansiedade e o stress, além de explorar se essa relação é mediada pelos níveis de culpa e vergonha dos cuidadores. A amostra incluiu 257 participantes (84.5% mulheres), com idades entre 24 e 65 anos (M = 46.72, DP = 5.72). Os instrumentos utilizados incluíram a Escala da Autocompaixão (SELFCS), a Escala de Vergonha e Culpa no Cuidar (EVECC) e a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21). A análise dos dados foi realizada através de Modelos de Equações Estruturais, examinando dois modelos de mediação. Os resultados do presente estudo indicaram que a autocompaixão mostrou efeitos diretos na vergonha, culpa e sintomatologia psicológica (depressão, ansiedade e stress), além de efeitos indiretos via vergonha na depressão e ansiedade, e via culpa no stress. A dimensão do Mindfulness teve um efeito direto na depressão e ansiedade, a Autocrítica influenciou diretamente todos os indicadores de sintomatologia psicológica e o Isolamento apresentou efeitos diretos na depressão, e indiretos via culpa no stress e via vergonha na depressão e ansiedade. Por fim, a Sobreidentificação teve um efeito direto no stress. Estas evidências sugerem que promover a autocompaixão pode reduzir a sintomatologia psicológica, melhorar o bem-estar parental e criar um ambiente de desenvolvimento mais positivo para os adolescentes. |
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